NATALIE NARRANDO...
Não estava confortável com aquela situação. Não queria que a Priscilla voltasse a participar de nenhum missão, mas haviam crianças envolvidas então concordei com a condição de que eu ficaria em São Paulo com a Laura e a Rosa iria junto com a gente. Era diferente vê-la fora dos terninhos e dos saltos super altos, maquiagens e cabelos perfeitos de uma engenheira renomada e poderosa como ela. Ela estava toda de preto, de boné, de cabelo preso, óculos e com duas armas. O apartamento dela era bem bonitinho e ela encheu a despensa de comida, deixou dinheiro para mim e para Rosa, cuidou de arrumar o quarto de hospedes para a Rosa e o outro quarto para Laura. Era estranho ter que trata-la como Paula para evitar qualquer problema já que no prédio ela era conhecida como Paula. Fizemos amor quando ela voltou da delegacia já era tarde da noite, ela me surpreendeu falando dos óvulos congelados e fertilizado. Era onde nossa família teria continuidade. Eu já estava fazendo tratamento escondido dela, queria que desse certo primeiro antes de contar pra ela. Já estávamos cuidando de tudo para o nosso casamento, vendo vestidos, o local seria a casa de Angra mesmo, tanto para a cerimônia quanto para a festa, o buffet já tinha sido escolhido e a data seria dia 20 de dezembro e ficaríamos lá para o natal e nossa lua de mel seria a partir do dia 29 de dezembro num cruzeiro para o Caribe. Acordei as 8 da manhã com a Laura chorando. A peguei troquei a fralda dela a Pri já tinha saído, ela sairia de madrugada. Vi que tinha um bilhete dela em cima da mesa de cabeceira no quarto, mas ainda não tinha lido, fui atender a Laura primeiro. A Rosa colocava a mesa do café, dei a mamadeira da Laura e pão de queijo que ela gosta muito, ela via desenho no sofá, tomei café com a Rosa e fui tomar banho. Sai me troquei e peguei o bilhete que acho que na tentativa dela de me deixar um bilhete me deixou quase uma carta.
Amor...
Não queria acordar você, está num soninho tão bom. Precisava sair cedo, mas queria ficar agarradinha com você. Quero dizer que eu te amo mais que tudo. Você e meus filhos são tudo na minha vida. Nada pra mim importa mais que ver vocês felizes e ao meu lado. Não vejo a hora de te ter oficialmente como minha esposa e logo termos nosso bebezinho juntas. Quero que saiba que a cada dia eu te amo mais, te admiro mais e amo suas loucuras que me fazem rir. Dou risada sempre que me lembro que você apanhou de um bode kkkkkkk (não fica brava, porque foi engraçado amor). Eu amo seu cheiro, seu gosto, seu jeitinho doce, seus surtos no meio da noite com as coisas mais aleatórias possíveis. Quero você assim, para sempre e ao meu lado, até ficarmos velhinhas, gagás e fedorentas kkkkkk. Você já é uma mãe incrível pra Laura e ela ama a mamãe que ela tem, e eu amo mais ainda essa mamãe linda que você vem se tornando a cada dia que passa. Aconteça o que acontecer eu vou te amar para sempre. Quero que seja feliz sempre. Nos vemos mais tarde minha pequena... E mais uma vez, eu te amo muito.
Com amor... P.P.
Estava apreensiva, angustiada, alguma coisa estava errada. Quando deu 10 da manhã o telefone da casa tocou, meu coração disparou. Rosa atendeu e veio com o telefone na mão dizendo que era o detetive Alessandro. Ela tava mais branca que tudo e aquilo já me deixou claro que algo ruim estava acontecendo. Quando eu ouvi que ele disse eu cai de joelhos. Desliguei o telefone e tremia muito já chorando.
Eu: ROSA... – gritei.
Rosa: O que foi? O que aconteceu? – já veio assustada.
Eu: A Pri... Ela... Ela tá em estado grave ela foi alvejada...
Rosa: Oh meu Deus...
Eu: Eu vou pra lá, ela tá no Albert Einstein. Vou tentar falar com a Nathalia pra ela falar com a mãe da Pri. Fica com a Laura por favor.
Rosa: Ta, me da noticias quando puder.
Eu: Tá – me troquei peguei minha bolsa e fui para o hospital. Cheguei lá tremendo, fui direcionada para uma sala de espera e estava cheia de detetives, todos de preto aguardando noticias da Priscilla. – Oi... Eu sou Natalie Smith noiva da detetive Felix.
Joice: Oi... Eu sou Joice, esse é o Alessandro que te ligou.
Eu: Alguma notícia dela? – deixei cair uma lágrima.
Alessandro: Ela está em cirurgia, uma das balas passou por debaixo do braço dela e atingiu o peito dela, estão fazendo a remoção dela. Mas a mais grave foi... – suspirou a da cabeça.
Eu: Meu Deus... – fui caindo e a Joice me segurou. Me sentaram num dos sofás, me deram água. – Quantos? Quantos tiros ela levou?
Alessandro: Senhora, acho que não é necessário...
Eu: Não era necessário minha mulher estar nessa missão e ela veio. Agora ela está lá dentro com uma bala no peito e uma na cabeça, isso que eu sei, lutando pra viver enquanto eu estou aqui fora e não posso fazer nada. A filha dela está em casa agora, e ela tem 1 ano e já perdeu uma mãe. O filho dela tem 4 anos e não faz ideia que a mãe está entre a vida e a morte nesse momento. A gente está de casamento marcado pra dezembro então, responda a merda da minha pergunta logo, eu não sou um cristal e não tenho que ser preservada de nada – eu tava no auge do meu estresse e irritação além de estar com muita raiva disso tudo.
Alessandro: Ela levou um tiro na barriga, mas pegou no colete, levou dois nas pernas, um no braço, esse que atravessou embaixo do braço dela até o peito e um na cabeça.
Eu: A pessoa que atirou?
Alessandro: Era o chefe da inteligência. Ele estava ligado ao sequestro junto com o comandante Medeiros em busca de dinheiro. Os filhos do Medeiros estavam num hotel para parecerem que foram sequestrados e do sargento estavam em cativeiro e a detetive Felix tratou de tirá-los com segurança de lá. O Chefe Tavares da inteligência desconfiou de tudo e apareceu lá com alguns homens e depois de troca de ofensas o chefe Tavares atirou na chefe Felix e pegou no colete dela a fez cair e começou uma troca de tiros entre os homens dele e a gente.
Eu: Pelo menos acabaram com quem atirou nela?
Alessandro: Sim... Ela mesmo fez isso. Atiraram juntos, mas o tiro que ela deu nele foi fatal e o dele nela a deixou assim. o calibre da arma dela era bem mais alto que a dele.
Eu: Que queime no inferno. – me encostei no sofá. Depois de meia hora peguei meu celular e liguei pra Nathalia.
Diorio: Oi Nat tudo bem?
Eu: Oi Nathy. Não.
Diorio: O que foi?
Eu: Resumindo, a Priscilla veio para São Paulo, missão especial da inteligência que ela foi praticamente obrigada a participar pelo imbecil do sargento, agora ela está na cirurgia lutando para viver. Tiro na cabeça, no peito, nas pernas e no braço. – voltei a chorar – Eu estou perdendo a minha mulher. Faz alguma coisa, eu não posso perder a Priscilla, eu não consigo sem ela, por favor. – solucei.
Diorio: Meu Deus... Meu Deus... – ela tava em choque.
Eu: Eu não falei com a mãe dela, não podia falar isso por telefone.
Diorio: Fez bem Natalie. Eu vou fazer uma mala comprar uma passagem e vou para São Paulo, que hospital estão?
Eu: Albert Einstein unidade Morumbi.
Diorio: Vou até a casa da mãe dela falar com ela. A Laurinha tá com quem?
Eu: Com a Rosa, a Rosa veio comigo pra São Paulo estamos no apartamento da Pri.
Diorio: Ok... Me mantém informada e se acalma ok?
Eu:Ta... –desliguei, falei com meus pais e com a Clara que ficou desesperada. Depois de 5horas de espera, já eram pouco mais de 15 horas os médicos vieram exaustosfalar com a gente.
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NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊ
FanficA Rivalidade pode virar amor??? Priscilla Pugliese, 30 anos engenheira civil e Natalie Kate Smith 31 anos engenheira civil. Ódio a primeira vista desde o colégio, concorrentes na carreira e em um grande contrato, até que um grave acidente acontece...