Capítulo 39

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Logo chegou o primeiro dia de aula do Lucas, eu fiquei de encontrar com ele e a Clara na porta da escola. Cheguei estacionei e os vi parados na calçada. Olhei para o outro lado da rua e atrás de uma árvore estava Fernando. – Abusado – falei ainda dentro do carro. Deixei minha bolsa no banco de trás, peguei minha arma e coloquei na cintura. Fechei um botão to meu terninho para ninguém ver, coloquei óculos escuros e fui encontra-los. – Oi filho – fui até ele e abaixei. – Animado pra escola nova?

Lucas: Sim mamãe. A Camilinha tá estudando aqui também – colocou as mãos no rosto.

Eu: Quem é Camilinha? – olhei pra ele e olhei pra Clara que ria.

Lucas: É a minha namorada – falou no meu ouvido. Ok, eu não estava preparada pra isso.

Eu: Você não acha que tá muito novo pra namorar não? Você tem 3 anos filho.

Lucas: 3 anos e 9 meses que a mamãe falou. Eu já sou um homão.

Eu: Ok homão, depois a gente fala sobre isso vamos entrar – olhei de novo e o cara ainda tava lá. Entramos na escola fomos conhecer a professora e os amiguinhos dele e logo saímos. A Clara ia busca-lo. Eu entrei no meu carro e fiquei ali um tempo, as crianças brincavam num parquinho ali de fora antes de entrarem na sala e ele continuava lá. Sai do carro fui até a obra que tava tendo no anexo da escola – Oi, você pode me emprestar uma pá? – me olharam sem entender nada. – Juro que devolvo rapidinho. Preciso tirar um entulho que não tiraram da minha porta e eu não tenho uma.

XX: Tá – um dos pedreiros me deu uma pá e eu coloquei no porta malas do carro. Quando o sinal tocou e as crianças entraram ele ia embora.

Eu: Aonde pensa que vai? – ele parou e quando virou eu estava com a arma na cabeça dele.

Fernando: Você tá ficando louca? A gente tá numa praça pública.

Eu: Eu sei... Mas não tem ninguém vendo. Vamos dar um passeio anda...

Fernando: O...Onde você quer ir?

Eu: Não faz perguntas e entra no carro – me encostei nele para esconder a arma e fomos para o terreno baldio não muito longe dali, mas deserto o suficiente para ninguém ver ou ouvir nada. – Desce do carro. – descemos.

Fernando: O que a gente tá fazendo aqui?

Eu: Eu faço as perguntas aqui. O que você estava fazendo na porta do colégio do MEU filho?

Fernando: Eu... Eu...

Eu: Duvidou aquele dia né? Eu sabia que você ia duvidar. Por que não foi ao cemitério pra conferir? Mas não... Audacioso demais, foi atrás do meu filho. Como sabia onde é a escola dele?

Fernando: Eu estava no supermercado ali perto e vi aquela mulher com ele, eu vi o uniforme e vi que era perto.

Eu: Aquela mulher é a mãe dele, que o gerou. Você tem uma dificuldade né de entender as coisas.

Fernando: Eu tive uma esperança, só isso... – abri o porta malas e peguei uma pá. – Pra que isso?

Eu: O que ia fazer com meu filho?

Fernando: Nada, eu não sou louco. Eu jamais machucaria uma criança.

Eu: E estava escondido atrás de uma árvore o vigiando feito um psicopata a toa mesmo? Toma – joguei nele.

Fernando: Pra que isso?

Eu: Começa a cavar.

Fernando: O que vai fazer?

Eu: Eu? Nada. Você vai cavar sua cova. Anda logo que eu não tenho o dia todo tenho duas reuniões ainda hoje.

Fernando: Você não pode me matar só por isso, eu já disse que não ia fazer nada - ele tava desesperado.

Eu: CAVA ESSA PORRA DESSA COVA AGORA OU VOU DEIXAR VOCÊ AQUI PARA OS URUBUS COMEREM VOCÊ... – gritei. Ele começou a cavar, falando coisas aleatórias. Ficamos ali cerca de uma hora. – Já ta bom assim. Ajoelha...

Fernando: Por favor, eu sumo, eu não apareço nunca mais.

Eu: Suas ultimas palavras – encostei a arma na cabeça dele.

Fernando: Eu não ia fazer nada... – apertei o gatilho.

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Eiiiitaaaaaaa!!!!!! Será que a Priscilla atirou mesmo? 

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora