Capítulo 17

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Noemi

- Vamos agendar sua cesária e quando tiver tudo certo, a pequena Olívia chegará ao mundo!

- Obrigada, doutora! Não vejo a hora de ter minha Olívia em meus braços!

- Eu imagino! Mas não vai demorar.

- A senhora pensa em ser mãe? Vejo a senhora ajudando tantas mulheres a ter seus bebês, fico imaginando quando a senhora estiver grávida.

Sorrio.

- Infelizmente eu não posso ser mãe. Bom, gerar um bebê dentro de mim não é possível.

A Sra. Rubens fica sem jeito, seu sorriso se desfaz.

- Desculpe! Eu não sabia. Perdão!

- Não! Fica tranquila - dou uma gargalhada. - Isso não quer dizer que em algum um dia eu não adote um bebê.

- Claro! A senhora é uma mulher incrível e tenho certeza que qualquer criança terá uma sorte enorme em te ter como mãe.

- Obrigada!

Sorrimos.

- Bom, eu vou indo!

- Nós nos vemos no grande dia!

- Até lá!

Sra. Rubens abre um sorriso largo e então sai do consultório fechando a porta e me deixando sozinha.
Coloco algumas informações dessa consulta em seu cadastro do hospital e quando faço menção de bloquear o computador para almoçar, a porta abre revelando Íris.

- Doutora, tem uma senhora aqui fora. Ela insiste em entrar e falar com você.

- Pede pra ela entrar... - digo com a testa franzida.

- Como quiser.

Íris sai da sala e logo retorna, então, logo atrás dela está minha tia Manuela, respiro fundo percebendo que ignorar as ligações dela não adiantou muito.

- Íris, vou entrar em horário de almoço. Não deixe ninguém entrar, ok?

- Como quiser! Com licença!

Íris sorri com educação e em seguida sai do consultório fechando a porta, deixando minha tia e eu a sós.

- Senta - digo e logo tia Manuela senta em uma das cadeiras em frente à minha mesa. Também me sento. - Eu...

- Por que não atende minhas ligações? O que houve, Noemi? Por que saiu de casa daquela forma? Te liguei ontem o dia todo.

- Ontem eu estava em um almoço na casa da Valentina. Não pude atender.

- E no sábado depois que foi embora? E ontem de noite? E hoje pela manhã? - Ela respira fundo. - O que está acontecendo, querida?

Não respondo, apenas olho para ela, tentando me controlar e não contar que o Jorge marido da filha dela, é o mesmo Jorge que destruiu a minha vida por muito, muito tempo.

- Você saiu de casa daquela forma... O Jorge chegou e você saiu de uma forma desconcertante. Noemi, por favor, me conta o que aconteceu?

- É complicado, tia - falo.

- Então me conta. Eu posso ajudar a descomplicar.

Olhando para ela, percebo que não posso me calar, talvez eu contando quem o Jorge é possa salvar a vida da Bárbara e do pequeno Josué.
Então, aceitando, respiro fundo e começo:

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