Capítulo 34

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Noemi

- Ah graças a Deus, amiga!

Digo após abraçar Valentina, ela e Pedro ganharam a guarda da Cecília depois que Catarina, mais uma vez, disse que não queria a criança.
Cecília é muito amada por todos, inclusive pelos pais, os verdadeiros pais, e com certeza, se aquela juíza tirasse ela deles, a vida dela não seria mais a mesma.

- Eu queria tanto estar lá com vocês, mas o plantão me sugou...

- Fica tranquila, Mi... Acredite, você não ia querer ouvir tudo que aquela garota disse. Dou graças a Deus por Cecília não entender nada ainda...

- Vocês pretende contar a ela? Toda essa situação? - nos sentamos no sofá do meu consultório.

- Por enquanto não... Talvez mudamos de ideia, mas por enquanto, ela não vai saber. Eu sei o que é ser abandonada, ficar sem amor, sem carinho, sem afeto. E isso, eu não quero que minha filha sinta.

Sorrio e pego a mão dela.

- Bom, nós vamos fazer um jantar lá em casa, quando acabar o plantão, vai  pra lá. Você e o meu cunhado Felipe.

- Com toda certeza vamos!


- E como vocês estão?

- Bem! Muito bem por sinal. Felipe me faz bem e por mais que eu ainda fique bem insegura, quando estou com ele é como se nada existisse.

- Ele te ama, da pra ver isso nos olhos dele. E eu tenho certeza que ele nunca vai te machucar, como Jorge fez.

Balanço a cabeça assentindo.

- As vezes eu me pego olhando para ele e escuto a voz do Jorge me dizendo que eu nunca encontraria alguém que me suportaria... Que me amaria... acho que ainda tenho uma insegurança por causa dessas palavras.

- Esqueça essas palavras! O Jorge era um doente, e agora, você merece tudo isso que está acontecendo. Toda a felicidade, todo carinho, todo o amor. Merece mais do que qualquer pessoa!

Sorrimos.

- E já vou avisando que se houver casamento, eu sou a madrinha!

- Sem sombra de dúvidas!

Rimos.

- Vem cá, você viu minha mãe? Não a encontro há horas. Disse que vinha pra cá ficar com o Daniel, mas ninguém a viu...

- Eu não a vi... Ontem, ela esteve aqui e pareceu bem agitada.

- Será que aconteceu algo?

Faço menção de dizer algo, então me interrompo quando escutamos duas batidas na porta e logo a mesma abre revelando Íris, ela sorri sem jeito.

- Desculpa interromper, é que a Sra. Rubia chegou para a consulta.

- Tá bom! Eu já vou atender ela. Obrigada, Íris!

- De nada, doutora!

Ela sorri e sai, fechando a porta.

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