Capítulo 53

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Noemi

Estou sentada no sofá, segurando minha filha com toda a segurança, sentindo um medo enorme de Jorge fazer alguma coisa com ela.
Jorge está segurando uma arma, está sentado em uma cadeira, Teresa e Tainá estão abraçadas no canto da sala, e estão assustadas.

- Deixe elas irem embora, Jorge...

Ele olha para Teresa e para Tainá, sorri e depois volta sua atenção para mim, também sorrindo.

- Quando ia me contar que tivemos uma filha?

- Você sabe que ela não é sua filha... Você não pode ser pai!

- CALA A BOCA!!

Me assusto, e Vitória também se assusta, iniciando um chorinho agudo e sentido, balanço ela tentando ela.

- Calma, meu amor... calma... Shii... - volto a olhar para Jorge. - O seu problema é comigo Jorge, deixe elas irem embora.

- Elas só vão embora quando a gente sair daqui?

- Como?

- Achou mesmo que eu iria deixar barato tudo que aconteceu na fazenda? A humilhação que me fez passar na frente da Bárbara? Eu te avisei, Noemi, eu te avisei que se Bárbara me deixasse, eu não iria deixar barato! Eu avisei você e você não ouviu... Eu nunca fui para Nova York, estou te observando desde que pegou o avião e veio pra cá. Mas como eu sou um homem calmo, fiquei esperando essa criança nascer e agora, está na hora de colocar o plano em prática.

- Que plano?

Minha voz embarga.

- Vamos nos casar novamente e nós 3, eu, você e nossa filha vamos para o Mexico!

- Jorge, por...

- Cala a boca!

Sinto algumas lágrimas se formarem em meus olhos, respiro fundo percebendo que mais uma vez, estou nas mãos do Jorge, mais uma vez.
A porta abre revelando Hugo e Gabriel, quando percebe que entrou gente, Jorge levanta apontando a arma para os dois, os mandando ficar perto de Tainá e Teresa.
Olha o que eu fiz? Estou colocando a vida de uma família em perigo, tudo por um orgulho idiota, do que adiantou? Do que adiantou sair da cidade, com medo do Jorge fazer algo, com raiva do Felipe e no final, estar nas mãos do Jorge novamente, não só eu, mas minha Vitória também.
O celular de Jorge começa a tocar, ele levanta e atende, limpo minhas lágrimas e arrumo Vitória em meus braços. Quando Jorge termina de falar, ele se vira abrindo um sorriso largo e que me deixa com calafrios de medo.

- Meu amor, vamos embora!

Levanto.


- Jorge, por favor, eu, eu vou com você, mas deixa ela, deixa minha filha com eles... por favor! Ela, ela não tem culpa, ela é só um bebê... por favor!

Jorge caminha até mim, devagar, dou dois passos para trás, mas ele segura meu braços, apertando de uma forma que machuca.

- Jorge...

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