Capítulo 55

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Noemi

Terminei de amamentar Vitória e sorri arrumando ela em pé e dando tapinhas fracos em suas costas, tentando faze-la arrotar.
Estamos há 3 dias em São Paulo, tão perto do Felipe e ao mesmo tempo tão longe, sinto como se nunca mais fosse ver ele, como se a culpa fosse toda minha, e na verdade é...
Se eu não tivesse saido de casa, se não tivesse me afastado, talvez estaríamos com ele e Vitória teria conhecido o pai.
Quando Vitória arrota, arrumo ela e acaricio suas bochechas que já estão gordinhas, me fazendo ficar cada vez mais apaixonada pela minha pequena Vitória Marina, então a porta abre relevando Jorge, ele fecha a porta e se vira para mim, com um ódio visível em seu olhar.

- Coloca a menina na cama...

- Por que?

- Coloca a menina na cama! AGORA!

Balanço a cabeça assentindo e coloco Vitória deitada na cama, de lado e coloco um travesseiro em suas costas, quando me viro, Jorge me dá um tapa no rosto, fazendo com que eu caia na cama, por pouco, não cai em cima da Vitória, que iniciou um choro desesperado.
Coloco minha mão em meu rosto, e olho para Jorge, com lágrimas rolando por minhas bochechas e sinto meu rosto arder.

- Eu era um médico famoso! Requisitado! E agora? Agora a polícia está atrás de mim! POR SUA CULPA!

Não consigo responder, quero pegar minha filha, que chora desesperada, mas tenho medo, tenho medo dele fazer algo com ela.

- Me denunciaram por sequestro! POR sequestro, Noemi e agora a polícia está atrás de mim. Está atrás da gente!

- Deixa a gente ir embora... - digo com minha voz embargada, me levantando. - Eu peço para retirarem a queixa, e você pode ir embora. Deixa, deixa a gente ir embora...

Jorge me olha, com o ódio ainda visível, então, ele pega em meu braço, apertando com tanta força que parece ele vai arrancar meu braço fora, em seguida ele me joga no chão, e fecho meus olhos quando percebo que vou receber um chute, quando o chute deke entra em contato com minha barriga, me encolho chorando e ouvindo o chorinho de Vitória.

- Vocês nunca! Vocês nunca vai embora! NUNCA!

- Para, Jorge! Para! Por favor... Por favor!

- Eu tô com raiva - ele ajoelha pegando meu cabelo. - Eu to com raiva de você. Raiva! - Jorge aperta meu cabelo. - Eu vou dar um castigo em você... - Ele me solta e levanta, caminhando te a cama e pegando Vitória em seus braços, ele beija a testa da minha filha, que chora, tento me levantar, mas a dor em minha barriga me impede de levantar.

- Vitória... Não, Jorge! Não... por favor! Me dá ela! Não... Não leva... Não leva ela! Por favor! Por favor...

Me arrasto pelo chão tentando chegar até ele, quando consigo, seguro sua calça, e deito minha cabeça no sapato dele, implorando para Jorge deixar minha filha comigo.

- Por favor... Ela é só um bebê... ela é só um bebê, Jorge... Por favor!

- Me solta!

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