Capítulo 46

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Noemi

Escutei a campainha tocando, respirei fundo e após amarrar meu cabelo em um rabo de cavalo, levantei e caminhei até a porta, assim que abri, fito Felipe, sinto uma vontade imensa de pular nos braços dele e de beija-lo, dizendo que vamos ter um filho, mas meu orgulho e a raiva por ter sido usada falam mais alto, então mesmo ele abrindo um sorriso largo e cheio de esperança, não retribuo, apenas dou espaço e peço para ele entrar.
Assim que ele passa por mim, fecho a porta e me viro, olho para as caixas de cerveja, que continuam no mesmo lugar, e ele também olha.

- Eu vou levar...

- Obrigada!

Passo por ele e sento no sofá, logo Felipe senta no sofá ao meu lado, aperto meus lábios me controlando, amo tanto esse homem, mas a raiva e a mágoa que sinto nesse momento falam mais alto do que qualquer outro sentimento.

- Quando me mandou mensagem, fiquei tão feliz... Isso quer dizer que quer conversar, quer ten...

- Não - o interrompo. - Eu não quero tentar nada, Felipe. Não quero conversar sobre o que aconteceu e não quero uma reconciliação.

- Então por que me chamou? Quer que eu leve as ca...

- Por que tenho uma coisa importante pra te dizer - digo o interrompendo. Me viro para ele. - Felipe, eu estou grávida. Estou grávida do nosso bebê.

Por mais que eu segure, acabo sorrindo.

- Você... Vamos... Você... Espera - ele levanta tampando a boca, depois volta a olhar para mim. - Noemi, vamos ter um bebê?

- Sim, Felipe... Você vai ser papai!

- Ah, meu Deus! Meu Deus! Papai?

Balanço a cabeça assentindo, sorrio, mas o desfaço rapidamente mantendo minha pose de valente.

- Eu descobri ontem... Fiz uma ultrassom e eu estou de mais ou menos 9 semanas de gestação.

Felipe fica quieto, apenas me olhando e vejo algumas lágrimas rolando por suas bochechas.

- Ao que parece, está tudo bem, mas amanhã vou dar início ao pré natal com um dos obstetras do hospital...

- Um filho?

- Sim!

Felipe abre um sorrisão, seguro o meu sorriso, então Felipe ajoelha, próximo a mim e pergunta:

- Posso?

Olho para minha barriga, depois volto a olhar para Felipe, e balanço a cabeça assentindo.
Encosto no sofá, e logo Felipe coloca sua mão em minha barriga, sinto meu corpo estremecer, um estremecer de amor ao sentir o toque dele, no mesmo instante um bolo se formar em minha garganta e meus olhos se enchem de lágrimas.

- Oi, bebê... Oi, meu filho! Eu sou seu pai, sou o seu papai!

Aproveito para sorri quando ele está olhando para minha barriga.

- Eu te amo, filho! Te amo muito! E eu amo a mamãe também, mas o papai fez algumas besteiras e agora, vamos mudar...

- Chega...

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