Capítulo 51

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Noemi

As dores começaram a aumentar a cada segundo mais, parecia que a qualquer momento o meus ossos iriam se quebrar.
A luz acabou, assim que percebi que minha bolsa havia estourado, chamei Teresa e agora ela está aqui, me ajudando a lidar com as contrações enquanto o mundo cai lá fora.
Não consigo falar com Felipe pelo celular, Tainá disse que o sinal caiu e é por isso que a ligação não completa.

- Calma, querida... respira...

Apoio minhas mãos na parede da sala e uma contração dolorosa vem com forma, faço uma respiração controlada, mas acabo gritando por causa da dor.
Hugo entra em casa e parece assustado, respiro fundo quando a contração acaba, então Teresa e Tainá me ajudam a sentar no sofá.

- Eu não tenho boas notícias...

- O que aconteceu?

Pergunto com minha voz embargada.

- É que... É que caiu, caiu árvores na estrada. Não vamos conseguir levar você para o hospital, Noemi...

- O que?

M

ais uma contração dolorosa vem com força, fecho meus olhos e posso ouvir Teresa dizendo:

- Hugo, como fala assim! Na frente da menina.

- Desculpa, mulher!

- Aiiiiiiiiiiii

- Respira, querida! Respira...

- Eu vou chamar uns peão e vamos tentar tirar as árvores do caminho.

- Não, Hugo! Olha a chuva que está caindo!

- Mulher, é melhor do que ficar aqui vendo a coitadinha sofrer!

Hugo manda um beijo para a esposa e sai, então Tainá entra na sala segurando um copo de água.

- Aqui, Noemi...

- Não quero, não quero!

- Guarda, filha... Ela está nervosa.

Tainá balança a cabeça assentindo e coloca o copo na mesinha de centro.

- Eu quero o Lipe, Teresa - falo com minha voz embargando. - Eu quero o Lipe!

- Calma!

- Eu sou muito burra - tento levantar, Teresa me ajuda, e começo andar me soltando a mão dela. - Eu sou burra! Eu, eu sou uma idiota! Uma idiota!

- Calma, filha! Não faz assim...

- Olha essa chuva? Não temos luz! E agora? E agora?

Ando de um lado para o outro com lágrimas rolando por minhas bochechas, quando mais uma contração vem, apoio na parede sentindo a dor que trará minha Vitória ao mundo.
Quando um trovão forte vem, percebo que não há nada a fazer, o caminho está bloqueado, não tenho como sair daqui e não tem como Felipe chegar.

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