Capítulo 60

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Noemi

Bebi um gole do meu copo de água e sentei no sofá tentando encontrar o sono que me fugiu.
Vitória tem sentido cólicas e mais cólicas, o que me deixa com dó e me faz ficar de olho nela a noite toda.
Felipe está de plantão, e enquanto isso ficamos em casa, escondidas e com a polícia vigiando o apartamento, mas mesmo assim, não me sinto segura, nao me sinto nem um pouco segura.

- Querida? Está acordada?

- Oi, dona Carolina... - sorrio. - Consegui fazer a Vi dormir, mas o meu sono fugiu. Ela tem sentido tanta cólica.

Minha sogra senta ao meu lado.

- Pedi para Valentina vir ver ela, examinar ela... Já passou da hora de um pediatra ver ela.

- Sim, você tem razão.

Sorrio e bebo um gole da água.

- Minha mãe dizia que a coloca de um bebê só se cura com muito carinho, colinho, aconchego e muito, mais muito amor! Ela dizia: Carol, se seu filho tiver cólicas, dê colo e muito carinho. Deite ele de bruços e embale o pequeno em seus braços.

Sorrio.

- As vezes eu queria ter minha mãe comigo... Não me lembro dela. Mas por tudo que na soube dela, sei que seria uma mãe maravilhosa.

- Eu tenho certeza que ela está, querida... Cuidando de vocês.

Sorrimos.

- Mas por que não conta pra sua tia que já está aqui na cidade? Tenho certeza que ter alguém da família vai te confortar mais...

- Tenho medo do Jorge estar vigiando ela...

- Podemos apenas ligar e contar, o que acha? Ligamos, contamos, você conversa com ela por telefone e diz que quando tudo acabar, vocês se encontram.... o que acha?

- Assim que ficar mais tarde, eu ligo pra ela - sorrio. - Obrigada, dona Carolina.

- Eu tenho você como uma filha, Noemi... Você me deu duas alegrias gigantes. A minha netinha e a felicidade do meu filho.

- E eu tenho a senhora como uma mãe. Bom, uma das muitas que tenho - falo rindo e me lembrando da vovó e da dona Eduarda.

- Ah, querida!

Nos abraçamos.
Dona Carolina é um doce de sogra, um doce de avó, um doce de mãe e por fim, um doce de mulher.
Tem me ajudado tanto nessas dias, tem me mimado e mimado a Vitória e sempre que pode, cuida da netinha para eu conseguir descansar um pouco.
Sei que para muitas mulheres esses momentos são compartilhados com a mãe, mas quando não temos, e  encontramos alguém que faz esse papel tão bem, há uma paz interior enorme.
Mesmo com o medo rondando, dona Carolina consegue acalmar qualquer tempestade.



Abri meus olhos devagar sentindo meu corpo inteiro nas nuvens por um descanso grande que consegui ter.
Franzo a testa levantando, olho para o moisés e vejo que Vitória não está lá, então penso em dona Carolina, que com certeza pegou a nega para deixar eu descansar.
Caminho até o banheiro e lava meu rosto, assim que saio, pego meu celular e vejo que já são mais de 9 horas da manhã, Felipe já era pra ter chegado faz tempo.
Abro a porta saindo quarto, começo a chamar por dona Carolina, mas me interrompo quando vejo uma cena completamente, imensamente perfeita.
Felipe deitado no sofá, e em seu peito, de barriga para baixo, nossa pewuena Vitória, também dormindo, tranquila.

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