Capítulo 6

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Felipe 👽

Dei risada quando ela arrancou o carro e saiu que nem bala pegava, olhei pro Fernando que me olhava sem entender nada, também não fazia questão explicar. Entramos no carro e partimos.

- Minas loucas - Concordei rindo ainda lembrando da cara que ela fez quando soltei uma indireta - Tá bem de amigas o senhor.

- Amigas o que, conheci hoje - Falei mudando a cara pra um pouco sério - Cê sabe que são poucos os que chamo de amigos e que confio.

- Tô ligado - Ele pegou o celular em cima da bolsa e começou mexer - Gatinha aquela morena, como é o nome dela mesmo?

- Apaixonou na moreninha mané? - Ele riu mostrando o dedo - Elle se não me engano.

- Apaixonar não que nós não se apaixona, achei interessante - A gente riu com o comentário dele.

- Tá esperto - Ele fez cara de óbvio.

- Mas aquela amiga dela tem cara de ser durona pra caraí - Eu dei de ombros.

- Não conheço muito, falei com elas hoje - Passei a macha - Tem cara de ser, mas deve ser mó de boa - Comentei duvidoso - Agora jeito de orgulhosa ela tem

- As marrentas são as mais interessantes - Eu ri e olhei pra ele incrédulo - O que foi caraí?

- Cê tá danadinho pra porra viu - Ele riu pagando de doido - Fico só lhe observando.

- Então continue assim, observando e aprendendo - Dei uma tapinha na nuca dele e comecei a ri.

- Te orienta que cê é novinho demais no ramo ainda - Ele fez sinal de rendição pagando de doido.

Mudamos de assunto e logo chegamos na empresa do meu pai. Descemos e já entramos, falamos com todos da recepção e já fui pra minha sala pegar no batente.

Ajudo meus pais na empresa desde os 19 anos, só como secretario ou algo do tipo. Porém nunca me interessei, sempre fui muito foda-se pras coisas. Nunca quis saber por que sempre fui "Filhinho de papai" e sempre tive as coisas ao meu alcance, independente de valor e do que era.

Comecei ter mais responsabilidade nas minhas coisas, por conta da Carol, que sempre me mostrou que nada é aos meus pés por causa de dinheiro.

Fernando é meu maninho mais novo, o meu moleque que me dá gás pra qualquer coisa nessa vida, brigar é o que a gente mais faz. Porém também batemos uns papos maneiros de vez quando.

Alguém bateu na porta e eu mandei entrar, logo meu pai colocou a cabeça na brecha da porta e eu ri com a cara que ele me fez. Meu velho como sempre brincalhão em qualquer lugar.

- Diz filhote - Ele veio até minha mesa e apertou minha mão - Milagre te ver tão sério, e de cara nesses processos.

- Qualquer oportunidade que o senhor tiver pra me soltar uma gracinha, o senhor vai aproveitar né?! - Ele riu e sentou na cadeira de frente pra mim.

- Jamais meu filho - Ele riu - Só não tô acostumado com esse interesse todo - Revirei os olhos e ele levantou as mãos em rendição - Bom, trouxe mais trabalho pra você, aproveitar que você agora tá focado.

- Já tô ficando doido com tanto processos pra resolver - Ele riu e concordou.

- Imagina seu velho aqui, que tá atolado até o último fio de cabelo? - Ele colocou a pasta em cima da minha mesa, peguei a mesma e comecei ler só por cima - Você precisa de uma mãozinha aqui, não acha?

- De novo com esse assunto? - Ele Concordou e dobrou a perna me olhando - Tá Pai, eu concordo com o senhor, mas... - Ele me cortou.

- Mas eu sei que você não gosta de ajuda, você acha que sempre vai dá conta de tudo - Bufei impaciente com o assunto e ele viu, pois coçou a barba também - Mas acontece que você não é flash, ou nenhum desses super heróis que consegue fazer várias coisas de uma vez só - Dei de ombros e continuei prestando atenção na pasta ou melhor, tentando - Você é sim muito esforçado. Porém tem detalhes pequenos e importante que você não tá conseguindo auxiliar - Ele me encarou por alguns minutos fazendo eu levantar a minha cabeça e encarar ele.

- Tá Pai, cê sabe o que faz - Coloquei a pasta fechada novamente em cima da mesa - Só não chama qualquer uma - Ele Concordou.

- Não vou, prometo chamar uma que suporte e não caia no seus encantos - Ele falou e eu dei uma gargalhada.

- Pai, vai dizer que seu filho não é bonito? - Ele concordou - Então?!

- Beleza nunca foi e jamais será desculpas, pra ser cafajeste - Eu não aguentei e rir mais ainda - Sinceramente eu não sei como a Carolina ainda tá com você.

- Fica tranquilo meu pai, sou assim por que aprendi com o melhor, que se chama Ferreira Soares - Ele negou me encarando feio.

- Respeita teu pai, tô velho mas não doido - Ele falou fingindo ter ficado irritado - Seu caba - Ele levantou e fez toque comigo novamente - Tenho que ir, que a vida não tá ganha - Concordei.

- Vá lá meu velho - Ele riu e eu já sabia que vinha graça.

- Velho que ainda faz muito sucesso - Neguei e levantei acompanhado ele até a porta.

- Deixa só minha mãe ouvir isso - Ele negou.

- Prefiro deixar entre nós - Ele saiu e eu voltei pra minha mesa rindo. Esse meu pai não existe.

A tarde passou rápido e logo chegou o comecinho da noite, eu com certeza queria muito tomar um banho e hibernar, mas como sei que a Carol não iria deixar, meu desejo só ficou em pensamentos mesmo.

Depois de deixar minha sala, desci pra recepção e encontrei minha mãe conversando com meu pai e alguns advogados, pelo visto estavam num papo mó bom, só pelas risadas deu pra vê. Assim que minha mãe me viu, veio logo na minha direção.

- Meu filho, só assim pra eu te vê - Eu ri e abracei a mesma, que deu vários beijos na minha bochecha.

- Quanto exagero dona Marina - Ela negou e ajeitou minha gravata, costume antigo.

- Faz quanto tempo que você não vai lá na casa dos seus pais? - Fingir pensar um pouco - Não sabe, tá vendo?

- Ah mãe, mas a senhora sabe que tá corrido demais pra mim, hoje o pai já chegou com mais papelada pra me resolver - Ela concordou e deu um risinho - O que foi mãe?

- Tô feliz por vê você tão focado no trabalho e agora na faculdade - Ela me abraçou de lado e foi assim comigo até onde as pessoas estavam.

- Seu filho tá crescendo né? - Ela concordou e me deu um beijo no braço - Muito babona mesmo.

- Claro, mal te vejo - Eu ri e ela também, falei com todos e fiquei só ouvindo o que eles tinham a dizer enquanto tava ali ainda.

Não demorou muito pra eu ir embora, me despedir dos meus pais e fui pro carro. Cheguei em casa e a Carol já tava lá, tinha feito uma janta básica e a gente comeu, tomamos banho e caímos na cama pra terminar a série, mas peguei no sono rapidinho.

♥♥♥♥
Carolina Barcellos, 23 anos.
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Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora