Capítulo 56

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Lis ✨

Assim que cheguei na cozinha vi o Felipe terminando de tomar o seu café e mexer no seu celular, fui até o balcão e peguei uma xícara e colocando meu café, sentei ao seu lado no banquinho e peguei meu celular pra vê as notificações.

- Tem algo pra fazer hoje? - Olhei pra ele negando. - Marquei pra hoje o retoque da minha tatu do braço, bora comigo? - bebi meu café colocando o celular em cima do balcão.

- Lá no Matias? - Ele concordou. - Esses dias tava pensando em fazer uma também, mas não tenho nada de criativo na mente.

- Pensou no local já? - Concordei rindo. - Onde?

- Uma frase em baixo do peito. - Falei desviando o olhar do dele. - O que acha?

- Ficaria uma boa, mas no peito? - Neguei.

- Em baixo do peito. - Corrigir ele e ele deu de ombros.

- Dá na mesma - Ele fez um barulhinho com a boca. - Acha melhor em outro lugar não? Tipo braço, coxa, ombro, cintura?

- Ué, por que não pode ser em baixo do peito? - Ele coçou a cabeça abaixando o olhar e logo me deu vontade de ri da cara dele.

- Cara, você tá pensando em fazer isso no Matias? - Concordei. - Ah não.

- O que? - Fiz minha cara de cínica.

- O cara deu em cima de você em tudo e você quer fazer um tatu desse jeito com ele? - Concordei rindo e ele fechou já a cara.

- Não vai dá em nada, o Matias já deve tá em outras. - Ele me olhou sério e eu não aguentei rindo.

- Ele tá em outras sim, mas basta tu dá condição pra ele que ele dispensa as outras. - Eu gargalhei alto e logo ele me olhou sem entender.

- Tá com ciúmes da galega aqui, lindo? - Ele mostrou o dedo médio tomando o resto do café. - Mano, eu juro que você é muito engraçado com ciúmes.

- Não tô com ciúmes. - Eu gargalhei ainda mais e ele revirou os olhos pegando no celular novamente.

- Eu nasci pra te vê assim. - Eu ri ainda mais e ele nem me olhou. - Quer dizer que na sua opinião não posso fazer essa tatu?

- Poder você pode, eu não vou determinar nada pra você, nem tem cabimento isso. Mas com o Matias é sacanagem. - Eu levantei e fui até ele me enfiando no meio das suas pernas e ele segurou na minha cintura arrumando meu cabelo.

- Tá bom ciumentinho, eu vejo outra pra fazer com ele, mas aguarda por que quando cê menos esperar, você vai vê a tatu aqui. - Apontei pro local no meu corpo e ele logo mordeu o lábio inferior apertando um pouquinho minha cintura e cheirando meu pescoço.

- Vai ficar uma gostosa. - Ele sussurrou baixinho me dando beijo no pescoço, mas logo me afastei pra ele não se animar de novo.

Ele logo me apressou pra me arrumar e disse que já já era pra tá lá no Matias, troquei de roupa colocando um vestido levinho e mais arrumadinho pra sair de casa, fiz um coque fofo soltando algumas mechas e coloquei uma mule de oncinha, pegamos nossas coisas e descemos pra garagem.

Como eu amo uma folga, a oportunidade que tiver de não dirigir eu me jogo, então a maioria das vezes é o Lipe que dirige.

Sobre o nosso rolo sério, cada dia estamos nos conhecendo melhor, sendo mais parceiro e tal. Como faz uma semana que decidimos isso, poucas pessoas sabem, na verdade só nossos amigos mesmo, nem família e nem nada, provavelmente o Matias também não sabe da gente, então é provável dele soltar alguma gracinha pra cima de mim, como todas as vezes.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora