Capítulo 86

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Felipe 👽

Travei o carro e já fui em direção a mesa em que os cara tavam. Assim que cheguei perto, fiz toque com todo mundo e me sentei no único lugar vago, ao lado do Matias e do Pedro.

- O que deu lá na tia casa, pra mulher liberar? - O Breno soltou uma piadinha e dei apenas uma risada.

- Eu casei filho, não tô preso não. - Os meninos fizeram barulho rindo e concordando.

- Mas eae Lipe, como vai a vida meu amigo? - Um dos meninos perguntou e a gente começou a conversar.

E já de começo pediriam cerveja, vodka misturada com energético e os caralho a quatro, como eu sei que amanhã a ressaca ia tá fudida, preferir começar de leve, quem sabe mais tarde eu tome algo mais forte.

Fiquei zoando com eles, e ouvindo um som ao vivo, coisa que depois da Lis eu deixei um pouco de lado, não por que ela pedia ou me impedia de sair, mas foi no automático mesmo.

- Mas quem tá solteiro e sem mulher fixa? - o Pedro perguntou do meu lado, acho que dos oitos caras que tinha aqui, cinco levantou a mão, os outros três namoravam, me incluindo é claro. - Já viram a mesa da esquerda? - Assim que ele comentou, a maioria disfarçadamente, olhou pro lado esquerdo vendo que se encontrava uma mesa com algumas meninas, e algumas delas olhavam pra cá.

- Porra, cada morena do caralho. - Dei uma risada com Neto falando. - Uma pena que meu parceiro aqui casou. - Ele apontou pra mim e geral riu. - Se ele tivesse solteiro, seria uma estrago eu e ele naquela mesa ali. - Como ele já estava bêbado, a galera só zoava do moleque.

Dei até uma risada da forma que ele falou, mas antigamente eu e ele do bonde todo, era quem mais pegava mulher, e eu até me gabava por isso, mas olhando hoje, com certeza eu não faria novamente.

O resto da noite foi aquilo, bebi, zoei e fiquei ouvindo os meninos falarem de buceta a noite toda, tudo emocionado e solteiro é o que dá. Levantei pra ir ao banheiro e fui andando na direção do bar, passei pela mesa das meninas que o Pedro se referiu e percebi algum olhar me seguir, assim que levantei o olhar, vi uma morena de cabelo curto me encarando, o rosto dela me parecia familiar, mas nem tentei adivinhar quem era, do jeito que minha mulher é surtada, é capaz de ter um radar em mim pra ela saber tudo.

Fui no banheiro e esperei numa fila do caralho e quase desistir, mas conseguir entrar, dei aquele mijão maneiro, lavei a mão e sair indo até o bar pra pedir uma água, sede da porra bateu agora.

- O que deseja pedir, senhor? - O barman perguntou e quase não deu pra ouvir por causa da música.

- Uma água, por favor!. - Falei e ele concordou indo até a geladeira pegando uma água e me entregando, paguei e fiquei sentado por alí mesmo ouvindo um pagodinho e rindo de um casal bêbado tentando dançar.

Estava bem tranquilo bebendo minha água e apoiado no balcão, até ouvir uma voz feminina e que não era nem um pouco estranha pra mim.

- Felipe? Quanto tempo. - Virei olhando pra dona da voz e era aquela morena da mesa do lado. Assim que reconheci quem era, fiquei até sem entender o por que esse reencontro agora.

- Carolina? - Falei um pouco surpreso por vê ela depois de tanto tempo e ainda por cima, morena. - Cê tá diferente. - Comentei e ela riu passando a mão no cabelo.

- Acredito ser a cor do cabelo. - Concordei com a cabeça. - Mas eae, como você está? - Ela perguntou sentando no banco a minha frente. - Sumiu do mapa depois que terminamos, pensei até que tivesse se mudado daqui.

- Que nada pô, só tô focando muito no trabalho e na faculdade. - Ela abriu um sorrisinho sem mostrar os dentes.

- Olha, falando assim nem parece o Felipe que eu conheci a dois anos atrás. - Rimos juntos e concordei com ela.

- As coisas mudam. - Ela murmurou um "sim" rindo. - Mas e você? Como vai as coisas?

- Acabei a faculdade de publicidade, e tô abrindo um negócio pra mim agora, uma loja de acessórios femininos. - Fiquei até um pouco surpreso pelo fato dela conseguir algo, antigamente dependia de várias pessoas por luxo.

- Olha que bom, finalmente ficando independente. - zoei ela e ela riu.

- Palhaço como sempre. - Dei de ombros negando. - Mas eae, namorando, solteiro, pegando meio mundo ainda? Como que anda a vida amorosa?.

- Pegando meio mundo? Me respeita caralho. - Ela riu concordando. - O pai aqui sempre foi desejado demais, uma pena, né?! - Falei me convencendo. - Mas agora aquietei, tô comprometido e tá tudo na suavidade. - falei e dei o último gole na garrafa.

- Arrumou alguém que te suporte, finalmente. - Ela comentou e eu concordei. - Bom né!

- E você, fazendo muito macho sofrer por você ainda? - Ela mostrou o dedo médio negando. - Ué, então virou gado. - Ela me deu um tapa rindo e eu já fiquei na atividade, nem dei essa intimidade pra me dar tapa.

- Gado o seu cú. - Ela riu. - Tô de boa de macho agora, vocês só dão trabalho. - Neguei.

- Vocês que dão, bando de doida confundindo a nossa cabeça. - Ela riu mostrando o dedo médio novamente.

Depois de bater um assunto maneirinho com a Carol, e vê que ela tá bem e tal, apesar do nosso namoro não ter sido o mais saudável, mas eu tinha um carinho maneiro por ela, ela me ajudou numa fase em que realmente precisei muito, mas nada além disso, até por que eu tenho minha lôra doida.

Voltei pra mesa e fiquei mais alguns minutos, quando olhei no relógio já era onze e meia, isso por que falei que voltava cedo. Dei a minha parte do dinheiro pra ajudar a pagar e me despedir de geral indo pro carro.

Assim que cheguei em casa, estava tudo em silêncio, quando entrei no quarto a Lis já estava dormindo e tudo estava escuro, tentei não fazer muito barulho e já fui direto tomar um banho, assim que voltei, deitei na cama sem mexer muito pra ela não acordar. Peguei no sono Rapidão.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora