Meu oposto (Amor)

Capítulo 11

Felipe 👽

Aula hoje tava chata pra cacete, não que seja legal, mas tem dias que tão até suportáveis. Assim que acabou, peguei minhas coisas e fui saíndo com o Davi e o Caio pro estacionamento.

- Quer dizer que o Lipe agora tá solto na pista? - Eu neguei com a cabeça olhando pro Caio.

- Nunca estive preso, só dei um tempo pô - O Davi e o Caio deu uma gargalhada e eu acabei rindo também.

- Meu filho tá esperto - Fiz cara de óbvio pro Davi - Bora lá pro meu apê mais tarde, beber e jogar um FIFA?

- Só bora caraí - O caio falou e os dois olharam pra mim esperando minha resposta.

- O pai tá lotado de trabalho, hoje chega uma estagiária nova pra me ajudar e eu tenho que passar as coisas pra ela - Eles se olharam e depois me olharam - O que?

- Quando você quer você dá um jeito, vem arrumar desculpa não porra - O Davi disse e eu dei de ombros.

- Porra de desculpas, isso se chama responsabilidade, vocês não sabem o que por que não trabalha - Eles ficaram rindo e me zoando.

Depois de muita resenha, eles vazaram e o Fernando chegou pra gente ir pro trampo. Hoje o dia tava cheio de coisa e ainda tinha que apresentar a empresa pra estagiária nova e passar os trabalhos pra ela fazer.

Fui o caminho todo conversando com o Fernando sobre coisas aleatórias, chegamos na empresa e já fui logo recebido pelo meu pai que me acompanhou até minha sala, dizendo que queria bater um lero rápido comigo.

- Bom Felipe, você sabe que eu não sou de fazer arrodeios, e já vou logo ao assunto - Concordei me sentando na cadeira e olhando pra ele - Hoje a estagiária chega e com imensa paciência eu vim aqui te pedir pra você ter cuidado nas suas ações, essa menina é filha de um grande amigo meu.

- Sim senhor pai, pode deixar. Não vou ser imaturo novamente aquele ponto - Ele respirou aliviado e eu ri - Mas também não vou aliviar, se tá vindo pra trabalhar, vai trabalhar - Ele deu os ombros.

- O resto você sabe o que fazer, só era isso mesmo - Concordei e ele logo levantou indo até a saída.

Liguei o computador e já fui logo vê os novos emails, revisei alguns processos novos e fiquei olhando uns papéis que já estava na minha mesa assim que eu cheguei.

Acabou que as horas se passaram rápido, logo ouvi o telefone tocar, esperei mais alguns toques e logo em seguida atendi.

☎️

Xxx: Bom dia senhor Felipe, aqui é a recepcionista. A estagiária chegou, posso mandar entrar?

- Bom dia. Pode mandar sim!

Xxx: Certo!

☎️

Peguei alguns papéis que estavam espalhado pela mesa e juntei colocando no canto da mesa, só pra não ficar uma bagaceira assim logo de cara. Esperei mais alguns minutos, até escutar três batidas na porta.

Bom, assim que abrir tomei logo um susto, não só eu como ela também, era visível a cara de confusa dela. Dei até uma risada meia nervosa pela situação.

- O que cê tá fazendo aqui? - Falamos juntos o que me fez ri mais um pouco.

- Qual a graça? - A Lis perguntou seria e eu neguei danfo passagem pra ela entrar, quando ela entrou fechei a porta e fui até minha cadeira.

- Bom, primeiramente bom dia né - Falei irônico e ela revirou os olhos sentando a minha frente - Sério que você é a estagiária que eu estou esperando?

- Provavelmente sim, né! - Ela falou e deu uma olhadinha pro lado, dando uma geral na sala com o olhar.

- Então vamos lá - Abrir uma pasta que tinha escrito algumas coisas só pra fazer meio que uma entrevista com ela - Já trabalhou assim antes? - Ela concordou.

Fiquei fazendo algumas perguntas pra ela, e conhecendo melhor o jeito que ela tinha pra direito. Conversamos mais um pouco e depois dei uma andada com ela pela empresa, só pra ela saber onde fica cada coisa e saber ir nos lugares quando precisar.

- Grande essa empresa, né - Ela falou se olhando pelo espelho do elevador - Dá até um bugue na mente.

- Rápido você se acostuma pô, já já tá batendo isso tudo aqui - Ela calou e ficou arrumando o cabelo - Quando meu pai falou da estagiária, não sabia que se referia a você - Ela me olhou e deu uma risadinha negando com a cabeça, acho que a primeira vez que ela deu um sorriso.

- Eu também não sabia que o filho do amigo do meu pai era você - baixei a cabeça e cocei a nuca.

- A vida e suas coincidências - Falei olhando ainda meus pés - Bom, além de colegas de sala ainda somos colegas de trabalho, né? - cocei a barba e ela concordou.

- Só colegas de sala tava ótimo - Ela sussurrou baixinho e só pra ela, mas deu pra ouvir e eu acabei rindo baixinho, a porta abriu e ela saiu na frente.

Entramos na minha sala e eu mostrei o lugar que ela ia ficar, que era uma mesa de frente pra mim, atrás de uma meia parede. Ela sentou e já tirou suas coisas, dei algumas pastas a ela e voltei pro meu lugar.

Confesso esperava encontrar ela atrás da minha porta, foi realmente algo confuso. O resto da tarde foi tranquilo e calmo, a gente trabalhou calados e só trocamos algumas palavras quando ela tinha dúvida de algo.