Capítulo 18

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Lis ✨

Sentei no sofá e fiquei mexendo no insta enquanto o Felipe não chegava com a toalha. Respirei fundo pensando no que aconteceu, não que eu esteja arrependida, mas isso não era pra ter acontecido.

Mas enfim, falar essas coisas com certeza não vai voltar atrás e apagar tudo. Escutei a passada do Felipe e olhei pra sua direção, vendo ele vim com uma toalha branca nas mãos e já com outro samba canção.

- Aqui loira - Dei um sorrisinho simpático e peguei a toalha me enrolando - O banheiro é no meio do corredor, do lado esquerdo - Concordei com a cabeça e sair indo até a porta que ele falou.

Liguei o chuveiro e sentir a água fria cair em meu corpo, fiquei um bom tempo sentindo algumas partes do meu corpo arder por conta da água, molhei o cabelo e já sabia que amanhã iria está uma vassoura de tão seco, mas como amanhã era sábado dava muito bem pra ir pra casa sem pressa e agonia por que não tinha faculdade.

Sair do banheiro e encontrei o Felipe na cozinha mexendo no celular e bebendo algo em uma garrafa, assim que ele me viu ele fechou a geladeira e colocou a garrafa no balcão.

- Deixei uma roupa minha alí pra você - ele apontou pro sofá e eu vi ter uma camisa preta grande - E a parte de baixo eu nunca usei - Eu sorrir e fui até o sofá pegando a roupa e voltando pro banheiro pra me vestir, depois de pronta fui novamente até a cozinha e sentei no banquinho que tinha atrás do balcão - Tá com fome?

- Bastante - alisei minha barriga por cima da roupa - Tem algo pra fazer? - Ele olhou pra trás olhando pra algum lugar da cozinha que eu não pude vê qual era.

- Ter tem, mas não sei se você vai querer - Ele riu e coçou a nuca - Tem coisas pra fazer sanduíche - Eu ri em vê a cara de dúvida dele me olhando.

- Onde estão as coisas? - Ele foi até o armário começou pegar as coisas e depois voltou até o balcão colocando tudo a minha frente.

Levantei e contornei o balcão ficando ao seu lado, depois peguei o pão e comecei passar a manteiga e fazer as coisas, tava numa fome danada.

- Vai querer um? - Perguntei olhando pra ele a minha frente sentado e mexendo no celular, ele levantou a cabeça e me olhou meio confuso.

- Você oferecendo um favor, milagre! - Revirei os olhos e ele deu uma gargalhada da minha cara.

- Tá bom, também não ofereço mais porra nenhuma - falei voltando a minha atenção ao meu pão, ele falou e tentou segurar o riso, mas logo começou ri novamente.

- Cê é muito marreta cara, namoral - Dei de ombros - Além de debochada - Fiz cara de deboche levantando minha sombrancelha olhando pra ele - Querer eu quero, vai fazer pra mim?

- Agora mais não, levanta e vem fazer por que a marrenta está cansada - Ele riu e contornou o balcão vindo parar ao meu lado, na verdade ele parou bem atrás de mim, mas eu foquei em terminar logo meu pão.

Sentir uma mão na minha cintura e logo em seguida uma carícia que me fez ficar parada só sentindo a mão do Felipe na minha cintura. Ele ficou mais perto de mim e ainda com a mão na minha cintura, o mesmo pegou o pão em cima do balcão e começou passar a manteiga, mas não saía de jeito nenhum de trás de mim, e Isso já estava me agoniando

- Você quer parar? - falei um pouco baixo e achei até que ele não escutou, mas ele só pegou o pão com uma mão e levou até a boca dando uma mordida, depois saiu de trás de mim voltando pro seu lugar a minha frente.

- Parar com o que? - Ele se fez de cínico e eu respirei fundo dando uma mordida no meu pão - Sério que você vai agir toda estranha comigo depois de tudo que aconteceu?

- Eu estou normal ué, se você acha que vou ficar agarrada no seu pé igual chiclete só por causa de uma transa, você está errado - Ela mordeu mais um pedaço da sua comida e fez aquela cara de deboche.

- Você vive sempre na defensiva ou é só comigo? - Ela contornou o balcão e sentou de frente pra mim.

- Eu não vivo na defensiva com ninguém, você que acha coisa demais - Eu murmurei um "Hum" e neguei com a cabeça - Você fuma? - Ela perguntou e eu olhei sem entender, ela percebeu meu olhar confuso e apontou pra o cinzeiro no cantinho em cima da balcão.

- Sim - Ela me olhou e pareceu surpresa.

- Nossa, eu não imaginava que você fumava, não demostra nem um pouco na empresa - Concordei e dei uma risada apoiando o braço no balcão.

- Sim, lá é um dos únicos lugares que eu não posso, sou proibido pelo meu pai - Ela Murmurou um "Ah" e coçou a cabeça me encarando - Ficou um vestido em você - Falei olhando minha camisa nela que ficou um pouco grande e ela baixou a cabeça olhando o seu corpo.

- Bem confortável pra dormir, tô pensando até em ficar pra mim - Neguei levantando e indo até a pia colocando as coisas que sujamos lá.

- Ficar pra você? - Ela Concordou - Você já deu uma das coisas que você mais gosta pra alguém? - Ela pareceu pensar me encarando.

- Não, por que? - Eu apontei pra minha camisa nela e ela ainda não entendeu.

- Essa é a camisa que mais gosto, então sem essa de "Ficar pra mim" - Fiz voz fina e aspas com as mãos fazendo ela dar uma gargalhada.

- Eu não acredito que você me deu sua camisa predileta pra mim usar - Concordei com a cabeça olhando pra ela rindo - Tudo isso pra quando eu for embora amanhã você ficar sentindo meu cheiro - Ela gargalhou quando fiz careta.

- Eu não preciso fazer isso na minha camisa, sendo que posso ter seu cheiro no meu lençol - Engoli seco, por essa eu com certeza não esperava, mas não podemos demostrar.

- Você tá afiado hoje, né? - Ele concordou sem desviar os olhos do meu - Pena que essa eu já ouvi demais - Ele deu uma gargalhada e veio até mim, ele sem pedir permissão se enfiou no meio das minhas pernas e colocou um mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

- O que você acha de poupar a energia do quarto de hóspedes e vim dormir comigo? - Demorei um pouco pra responder e fiquei encarando sua boca que com certeza chamava bastante atenção por ser rosinha - Hum? - Ele me tirou dos meus pensamentos e veio se chegando e cheirando meu pescoço.

- Felipe - Chamei ele querendo que ele parasse com aquilo, por que ele sabia provocar muito bem - Não acho que isso seria uma boa ideia - Falei sentindo alguns beijos dele no meu pescoço?

- Por que não? Tem medo da gente não dormir ocupados com outra coisa? - Sentir sua mão na minha coxa e logo em seguida um apertinho - Não precisa ficar constrangida, já te vi de um jeito gostoso pra caralho - Ok, ele tem uma lábia do caralho, essa pegada então, porra.

- Não Felipe, não podemos - Criei forças e sair de perto dele ficando na sua frente um pouco afastada - Só estou ficando na sua casa essa noite por que já está muito tarde, mas amanhã eu vou embora cedinho e isso tudo que aconteceu foi só um deslize - Ele abriu um sorriso malicioso nos lábios e levantou as mãos em rendição - Boa noite Felipe!

- Boa noite loira - Não esperei mais nada pra ir pro quarto de hóspedes.

Tudo bem que não seria nada demais uma conchinha a essa hora da noite, mas não podemos deixar qualquer oportunidade que a gente estiver só pra se pegar. Além do mais, ele é meu chefe!

Não demorei nada a capotar, estava com a mente cansada demais em relação ao trabalho e com o corpo morto em relação ao... Bom, deixa baixo.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora