Capítulo 21

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Felipe 👽


Passei o resto da tarde realmente focado no trabalho e mal conversei com a Lis, não por causa do que ela falou, mas sim por que eu realmente queria adiantar algumas coisas que já estava atrasadas.

O que a Lis me falou foi algo meio que incerto, pois, o fato de criar sentimentos pode acontecer, mas eu não sou de pensar nas consequências do amanhã, eu faço e foda-se.

Gostei da nossa transa, a loira sabe fazer o bagulho bem feito, e cara, me amarrei na provocadinha que ela dar quando me olha, mas se a nega não quer nem no sigilo eu não vou ficar insistindo, não quero perder a amizade que criamos nesse pouco tempo.

A noite chegou rápido hoje e só soube disso quando olhei a hora no celular, tava realmente disposto a terminar alguns trabalhos atrasado.

A porta da sala abriu e logo levantei a vista vendo ser a Lis entrando na sala e indo até sua mesa, impossível foi não reparar no corpão que ela tem, principalmente naquela saia apertadinha. Antes dela chegar na sua mesa ela virou de costas e veio até minha mesa colocando alguns papéis em cima da mesma.

- Aqui está tudo que conseguir da pesquisa de ontem - Tirei minha vista do computador e levei até o papel pegando o mesmo e abrindo dando uma revisada - Sério que vai me evitar pelo que disse mais cedo? - Ouvi a voz dela novamente e subir minha vista pra ela.

- Eu não estou te evitando, apenas estava focado em acabar alguns serviços atrasado - Ela Murmurou um "hum" e deu as costas indo até sua mesa.

Comecei a rir da sua cara de marrenta e ela me olhou sem entender nada, mas cada vez mais ela ficava bicuda e me fazendo rir mais.

- O que foi? - Ela perguntou e eu olhei pra ela e apoiei meus braços na mesa.

- Você que uma hora diz algo e depois diz outra coisa - Ela me olhou sem entender - Você disse mais cedo que não devemos ficar, nem no sigilo e pra evitar, agora acha que tô te evitando.

- Você é todo complicado sabe, aff - Ela bufou e eu rir ainda mais - Tem palhaço aqui? Não sabia.

- Calma marretinha, tá de TPM hoje? - Ela não respondeu e eu levantei indo até ela, me apoie na sua mesa de frente pra ela, e só assim ela parou o que tava fazendo e me olhou.

- O que agora? - Dei de ombros e ela ficou me encarando e esperando falar.

- O que acha da gente sair daqui e ir beber umas duas brejas? - Ela ficou calada e só me encarando por alguns segundos.

- Tudo bem, já já vamos largar e vamos pra um bar - por um momento olhei até sem acreditar que ela concordou, mas por outro até agradeci que não vou precisar insistir muito.

- Tudo bem, vou organizar minhas coisas e nós vamos - Ela assentiu e voltei pra minha mesa pra começar a organizar tudo e finalmente só voltar segunda pra essa empresa.

Depois de deixamos a sala do jeito que encontramos mais cedo, entramos no elevador e descemos calados, falei com todos da recepção e depois fui com a Lis até a garagem.

- O que acha da gente ir no mesmo carro? - Ela negou com a cabeça e deu uma risadinha.

- Sem necessidade se os dois estão de  carro - Abrir a porta traseira do meu carro e joguei meu terno lá, depois voltei minha atenção pra ela.

- Podemos ir no meu carro, te deixo em casa e depois você pega seu carro - Ela como sempre ficou fazendo charme e negando - Cara, deixa de charme.

- Dá pra você né respeitar, não sou de fazer isso - Comecei imitar ela sem emitir som - Para com isso.

- Lis, deixa de resenha e entra logo no carro por favor, depois resolvemos quando vou pegar seu carro - Ela revirou os olhos e finalmente entrou no banco passageiro do meu carro.

Contornei o carro e entrei no banco de motorista, tirei o carro da vaga e fui na direção da saída da garagem.

- Cara, eu não sabia que pra te convencer de algo é necessário insistir tanto - Ela bufou e me olhou fazendo careta.

- Já vai começar? - Eu comecei a ri e olhei rápido pra ela - As vezes é bom um pouquinho de doce.

- Docê só se for no cu, né? Por que você é mó chata - Ela me mostrou o dedo médio e eu gargalhei ainda mais passando marcha.

- Você reclama agora, mas ama a companhia da chata aqui né? Tanto é que me chamou pra beber e tudo - Ela cruzou os braços e sentir o olhar dela sobre mim, esperando uma resposta.

- Não adoro sua companhia, só te chamei por que desmarcaram comigo pô, aí não podia perder essa oportunidade de uma folga após o trampo - Assim que falei sentir logo um "clima" pequeno no ar. Óbvio que não tinha marcado nada, mas não podia perder a oportunidade de provocar ela.

- Ae Felipe? - Concordei mantendo a cara de durão, mas tava afim de dar risada da cara dela - É bom saber disso, agora vou colocar pra foder na conta.

- Nossa, que isso vingativa - Parei num sinal e olhei pra ela que tava me encarando.

- Viu nada ainda - Eu Murmurei um "Hum" e ela deu uma risadinha bem gostosinha de se ouvir até.

- Mostra mais então - Ela me olhou ainda sorrindo e só pra provocar deu aquela mordidinha no lábio inferior, puta que pariu.

- A noite é uma criança Felipe - Concordei com a cabeça e acabamos rindo juntos, passei marcha e voltei minha atenção pro trânsito.

Não demorou pra gente chegar no bar, descemos, travei o carro e fomos na direção da entrada do bar. Vamos vê o que a noite reservou pra nós.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora