Capítulo 52

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Lis ✨

O dia passou rápido e logo e finalmente chegou a hora de largar, é a hora mais esperada por mim. Peguei minha bolsa e fui em direção a porta.

- Já tá indo? - Ouvir a voz do Felipe e logo olhei pra trás vendo ele em pé com as suas coisas na mão.

- Tô sim, por que? - Ele deu de ombros se aproximando e ficando bem próximo de mim, mas sem me tocar.

- Vi que você chegou, mas não em seu carro - Novamente ele falou mexendo em algo no celular e intercalando a atenção.

- Anda me vigiando Felipe? - Ele riu levantando só o olhar pra mim. - Fazer a linha psicopata não combina com você.

- Eu sinceramente não preciso perder meu tempo vigiando ninguém. - Ele guardou o celular no bolso da calça e me encarou novamente. - Não veio no seu carro?

- Como você é curioso, eu hein! - Resmunguei baixinho, mas ele ouviu. - E não, não vim no meu carro, tava na casa do meu pai e ele resolveu me dar carona.

- Hum, veio com o papai pro trabalho. - Ele me irritou e eu fiz careta imitando ele. - Não vai querer carona?

- Bom, pedir eu não iria, mas já que você ofereceu eu não vou negar não. - Eu sair na sua frente e nem quis ouvir ele me chamando de orgulhosa, já sabia demais disso.

Descemos e fomos direto pra garagem, entrei no banco de passageiro e ele no de motorista, ele deu ré e saiu com o carro, falou com algumas pessoas no meio do caminho até a saída da empresa e depois pegou caminho pra BR.

- Tá com fome? - Ele Perguntou e logo olhei pra ele concordando. - Sei nem pra que pergunto se sei que você é esfomeada.

- Cara, não vem me irritar que hoje quero tá na paz, sem estresse. - Cruzei as pernas e ele riu descendo o olhar pras minhas coxas. - Dá pra você prestar atenção no trânsito?

- Pra que essa coisa toda Lilica? Já vi isso tudo ae! - Ele riu e eu novamente revirei os olhos apoiando meu braço na janela. - Pensou sobre a proposta da Barbara?

- Sinceramente, tô pensando em não ir. - Fiz uma careta e ele me olhou com o olhar duvidoso.

- Ué, por que não? - Cocei a cabeça já pensando em como deveria ser, não curto muita mídia não.

- Sou tímida pra negócio com muita gente, com câmeras pra mim. Mídia não é muito minha praia não.

- Pra fotos você é super tímida, agora pra sentar em certos lugares você vai sem pensar duas vezes, né malandra? - Ele levou a mão até minha coxa e eu acabei dando uma gargalhada.

- Cara, quisso? Não sou assim, para. - Falei tentando controlar pra não ri, mas era difícil com as caras que ele fazia.

- Inclusive, queria terminar o trabalho de mais cedo, que começamos e nem finalizarmos direito. - Ele tinha que se aproveitar do momento.

- Você não perde uma oportunidade, né? - Ele negou. - Hoje nem dá, tô cansada e mal dormir ontem. - Fiz meu cuzinho doce só pra não perder o costume, mas bem que eu queria passar a noite aquecendo as pernas.

- Nem vem Lis, hoje a noite tá bem favorável pra gente curtir, se você ficar com esse doce, não dá não. - Ele disse sério passando a marcha.

- Não é doce, só é complicado pra mim tudo isso. - Apontei pra gente. - Não tô acostumada com toda essa atenção que você tá me dando.

- Relaxa loirinha, a noite tá apenas começando. - Ele disse assim que estacionou o carro, desceu e nem me deu chance de falar.

Ele travou o carro e fomos em direção a uma carrocinha de cachorro-quente na orla, que era bem famosinha, ficamos esperando na mini fila que tinha alí, até chegar a nossa vez, fizemos o pedido e caminhamos até o banco de concreto que tinha alí na orla, sentamos e começamos a comer.

- Nossa, isso aqui era tudo que eu precisava. - Falei me lambuzando real, ouvi a risada dele e olhei pro seu rosto, vendo ele zuar comigo toda melada.

- Voltou aos cincos, princesa? - Ele falou limpando o canto da boca de um jeito que ficou legal a visão da onde eu estava.

- Talvez tenha voltado sim - Falei limpando a mão e depois olhei pra ele dando uma mordida no cachorro quente. - Aff, não tem nada melhor do que rolê assim.

- Assim como? - Ele me olhou sem entender.

- Simples. - Abrir um sorriso sem mostrar os dentes e ele concordou com a cabeça, pois, tava mastigando.

- Desde que comecei falar com você, você demonstrou ser simples. - Ele falou terminando e jogando o saquinho no cantinho do seu lado. - Loira, gata, tem um papo maneiro e ainda simples. Assim fode o psicológico do cara.

- Lá vem ele com a lábia dele. - Paguei de doida revirando os olhos.

- Pior que dessa vez nem é. - Assim que ele falou, olhei para seu rosto tentando pensar em algo rápido para responder. Porém não conseguir formar nada na mente e ele percebeu. - As vezes queria entender o por que de você não acreditar nas minhas palavras.

- Ué, você vive brincando com tudo, as vezes é difícil saber o que é verdade. - Falei o óbvio e ele riu fazendo um barulho com boca.

- Por que tão desconfiada? - Ele virou ficando com uma perna de cada lado e de frente pra mim encarando meu rosto.

- Não é desconfiada, só não me emociono com qualquer tipo de lábia. - Terminei jogando o saquinho fora e fazendo um coque no meu cabelo.

- Porém você tem que diferenciar, por que nem sempre tô brincando ou só lançando uma lábia. Apesar de você me pintar como cachorrão, eu me emociono logo . - Ele disse olhando pro lado e eu acabei rindo.

- Você se emociona rápido? Aham. - Falei irônica e logo sentir seus olhos sobre mim.

- Caralho, você é difícil de acreditar nas coisas hein. - Ele bufou me encarando.

- Eu já conheci gente igual você, legal, simpático, amigável, bonito, boa pinta, bom papo e no fim tomei no meio do meu cú. Isso não é desconfiança, isso é saber que nem tudo que vão me dizer é para me abrir um sorriso e acreditar. Tem coisas que aprendemos a não aceitar novamente pro resto da vida.

Falei olhando pra baixo e depois olhei para os seus olhos que estavam bem atento sobre mim, assim que terminei fiquei encarando seus olhos vendo ele não escapar pro lado nenhum segundo.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora