Lis ✨
O dia passou rápido e logo e finalmente chegou a hora de largar, é a hora mais esperada por mim. Peguei minha bolsa e fui em direção a porta.
- Já tá indo? - Ouvir a voz do Felipe e logo olhei pra trás vendo ele em pé com as suas coisas na mão.
- Tô sim, por que? - Ele deu de ombros se aproximando e ficando bem próximo de mim, mas sem me tocar.
- Vi que você chegou, mas não em seu carro - Novamente ele falou mexendo em algo no celular e intercalando a atenção.
- Anda me vigiando Felipe? - Ele riu levantando só o olhar pra mim. - Fazer a linha psicopata não combina com você.
- Eu sinceramente não preciso perder meu tempo vigiando ninguém. - Ele guardou o celular no bolso da calça e me encarou novamente. - Não veio no seu carro?
- Como você é curioso, eu hein! - Resmunguei baixinho, mas ele ouviu. - E não, não vim no meu carro, tava na casa do meu pai e ele resolveu me dar carona.
- Hum, veio com o papai pro trabalho. - Ele me irritou e eu fiz careta imitando ele. - Não vai querer carona?
- Bom, pedir eu não iria, mas já que você ofereceu eu não vou negar não. - Eu sair na sua frente e nem quis ouvir ele me chamando de orgulhosa, já sabia demais disso.
Descemos e fomos direto pra garagem, entrei no banco de passageiro e ele no de motorista, ele deu ré e saiu com o carro, falou com algumas pessoas no meio do caminho até a saída da empresa e depois pegou caminho pra BR.
- Tá com fome? - Ele Perguntou e logo olhei pra ele concordando. - Sei nem pra que pergunto se sei que você é esfomeada.
- Cara, não vem me irritar que hoje quero tá na paz, sem estresse. - Cruzei as pernas e ele riu descendo o olhar pras minhas coxas. - Dá pra você prestar atenção no trânsito?
- Pra que essa coisa toda Lilica? Já vi isso tudo ae! - Ele riu e eu novamente revirei os olhos apoiando meu braço na janela. - Pensou sobre a proposta da Barbara?
- Sinceramente, tô pensando em não ir. - Fiz uma careta e ele me olhou com o olhar duvidoso.
- Ué, por que não? - Cocei a cabeça já pensando em como deveria ser, não curto muita mídia não.
- Sou tímida pra negócio com muita gente, com câmeras pra mim. Mídia não é muito minha praia não.
- Pra fotos você é super tímida, agora pra sentar em certos lugares você vai sem pensar duas vezes, né malandra? - Ele levou a mão até minha coxa e eu acabei dando uma gargalhada.
- Cara, quisso? Não sou assim, para. - Falei tentando controlar pra não ri, mas era difícil com as caras que ele fazia.
- Inclusive, queria terminar o trabalho de mais cedo, que começamos e nem finalizarmos direito. - Ele tinha que se aproveitar do momento.
- Você não perde uma oportunidade, né? - Ele negou. - Hoje nem dá, tô cansada e mal dormir ontem. - Fiz meu cuzinho doce só pra não perder o costume, mas bem que eu queria passar a noite aquecendo as pernas.
- Nem vem Lis, hoje a noite tá bem favorável pra gente curtir, se você ficar com esse doce, não dá não. - Ele disse sério passando a marcha.
- Não é doce, só é complicado pra mim tudo isso. - Apontei pra gente. - Não tô acostumada com toda essa atenção que você tá me dando.
- Relaxa loirinha, a noite tá apenas começando. - Ele disse assim que estacionou o carro, desceu e nem me deu chance de falar.
Ele travou o carro e fomos em direção a uma carrocinha de cachorro-quente na orla, que era bem famosinha, ficamos esperando na mini fila que tinha alí, até chegar a nossa vez, fizemos o pedido e caminhamos até o banco de concreto que tinha alí na orla, sentamos e começamos a comer.
- Nossa, isso aqui era tudo que eu precisava. - Falei me lambuzando real, ouvi a risada dele e olhei pro seu rosto, vendo ele zuar comigo toda melada.
- Voltou aos cincos, princesa? - Ele falou limpando o canto da boca de um jeito que ficou legal a visão da onde eu estava.
- Talvez tenha voltado sim - Falei limpando a mão e depois olhei pra ele dando uma mordida no cachorro quente. - Aff, não tem nada melhor do que rolê assim.
- Assim como? - Ele me olhou sem entender.
- Simples. - Abrir um sorriso sem mostrar os dentes e ele concordou com a cabeça, pois, tava mastigando.
- Desde que comecei falar com você, você demonstrou ser simples. - Ele falou terminando e jogando o saquinho no cantinho do seu lado. - Loira, gata, tem um papo maneiro e ainda simples. Assim fode o psicológico do cara.
- Lá vem ele com a lábia dele. - Paguei de doida revirando os olhos.
- Pior que dessa vez nem é. - Assim que ele falou, olhei para seu rosto tentando pensar em algo rápido para responder. Porém não conseguir formar nada na mente e ele percebeu. - As vezes queria entender o por que de você não acreditar nas minhas palavras.
- Ué, você vive brincando com tudo, as vezes é difícil saber o que é verdade. - Falei o óbvio e ele riu fazendo um barulho com boca.
- Por que tão desconfiada? - Ele virou ficando com uma perna de cada lado e de frente pra mim encarando meu rosto.
- Não é desconfiada, só não me emociono com qualquer tipo de lábia. - Terminei jogando o saquinho fora e fazendo um coque no meu cabelo.
- Porém você tem que diferenciar, por que nem sempre tô brincando ou só lançando uma lábia. Apesar de você me pintar como cachorrão, eu me emociono logo . - Ele disse olhando pro lado e eu acabei rindo.
- Você se emociona rápido? Aham. - Falei irônica e logo sentir seus olhos sobre mim.
- Caralho, você é difícil de acreditar nas coisas hein. - Ele bufou me encarando.
- Eu já conheci gente igual você, legal, simpático, amigável, bonito, boa pinta, bom papo e no fim tomei no meio do meu cú. Isso não é desconfiança, isso é saber que nem tudo que vão me dizer é para me abrir um sorriso e acreditar. Tem coisas que aprendemos a não aceitar novamente pro resto da vida.
Falei olhando pra baixo e depois olhei para os seus olhos que estavam bem atento sobre mim, assim que terminei fiquei encarando seus olhos vendo ele não escapar pro lado nenhum segundo.
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Meu oposto (Amor)
FanfictionDois mundos totalmente diferente se encontram. Duas pessoas com perspectiva de vida diferente, será que realmente os opostos se atraem ou é apenas mais uma dessas frases clichês? PLÁGIO É CRIME!!!