Capítulo 61

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Lia 💖

Assim que ouvir a médica dar o meu diagnóstico, meu mundo com certeza caiu, eu não poderia imaginar que seria um câncer e de mama.

Assim que cheguei em casa e contei ao Ryan, ele mesmo abalado, não demostrou fraqueza, ele me colocou pra cima e sempre com palavras positivas e que até me animou um certo momento.

A Elle chorou logo e já passou a tarde toda deitada em mim meia tristonha, pra baixo e mal quis comer. Eu que tô doente e ela que não quer comer, atá.

Como o Ravi não entendia muito sobre isso, a gente só decidiu contar que eu estava dodói e que ia precisar de bastante amor e carinho dele, e ele como é uma criança de muita luz e paz, logo veio me encher de carinho e beijos.

Estava deitada no sofá assistindo qualquer coisa que tivesse na tv e logo o interfone toca, fui atender e era a Lis. Minha filha desde que soube não parou de ligar e estava toda preocupadinha. Ela subiu e assim que eu abrir a porta, ela já veio logo me abraçar forte. A Lis mesmo grande continua com a mesma essência de criança.

- Que saudades mamis. - Dei um beijo na testa dela e fechei a porta atrás dela. - Como a senhora está???

- Ótima graças a Deus e você gatinha? - fui até a cozinha e desliguei o fogo do feijão.

- Tô bem mãe, só muito preocupada com a senhora. - Eu dei uma risada e fui até ela na mesa, sentando perto dela.

- Atá né? Como se eu precisasse disso tudo. Eu já falei que tô bem, só vou ter que me cuidar mais agora. - A Lis fez careta pra mim.

- Como sempre durona, né dona Lia? - A gente riu juntas. - Nossa mãe, eu te admiro muito sabia? Mesmo tendo que enfrentar essa barra agora, você continua com o mais belo sorriso no rosto e dando forças a todos. - Meu sorriso já tava de canto a canto, eu as vezes duvido que minha princesinha cresceu já.

- Eu que fico bastante feliz em saber que ensinei a você ser esse tipo de mulher foda. Forte e muito sensata. - Ela se gabou jogando os cabelos. - As vezes duvido que você cresceu.

- Mas eu sou a pequenininha ainda, mãe. Você que não percebe. - Ela fez bico e eu logo puxei a mesma pra um abraço forte.

- Obrigada por todo carinho e toda atenção. Te amo filhota. - falei agarrada com ela.

- Te amo mânhee! - Ela me chamou pelo apelido de pequena.

A tarde foi resumida em fofoca, a Lis como sempre quase nunca aparece e quando aparece é cheia de novidades. Ela já me contou que tá de lance e eu já fiquei curiosa pra saber. Achei até engraçado o fato dela contar cada detalhe sobre ele, bastante apaixonada pelo visto.

O Ryan chegou cedo hoje e logo se juntou a nossa conversa, a Elle também chegou da casa da minha mãe e já veio fofocar também.

- Eita saudades que você faz dentro de casa, filha. - O Ryan disse a Lis e ela riu. - A Elle já já também abandona os pais, vai ficar só o meu moleque, mas basta crescer pra logo picar a mula daqui.

- Pai, o tempo passa mas o drama só faz piorar né? - A Lis perguntou e todos riram. - Eu vivo aqui, nem da tempo de sentir saudades.

- Vai nessa, ele vive falando até hoje por que você foi embora. - Falei apoiando a mão no queixo.

Depois de horas conversando todo mundo reunido,  a Lis disse que já ia embora, o Ravi viu e já fez o show pra querer ir junto com a irmã.

- Deixa eu ir só hoje, mana. - A Lis riu pegando ele e conversando com ele que fez bico.

- Hoje não dá filho, você sabe que sua irmã é ocupada e não para em casa. - O Ryan disse puxando ele e colocando ele sentado na sua perna.

- Nunca pode, né? - Ele falou cruzando os braços e fazendo bico novamente, todo mundo riu.

- A mana leva você sexta, pode ser? - Assim que ela falou, ele já sorriu animado. - Então tá combinado.

- Tá bom Lili. - Ele beijou ela e logo ela se despediu de todos saíndo do apartamento.

- Meu amor, já tomou o remédio hoje? - O Ryan perguntou me olhando e eu neguei correndo pra cozinha pegando o remédio e tomando. - Amor, você sabe que não pode esquecer.

- Desculpa vida, é que é tudo novo pra mim ainda. - Falei sentando ao seu lado e logo ele passou a mão pelo meu ombro beijando a lateral da minha cabeça.

- Não tem que pedir desculpas tá? É assim mesmo, mas já já isso tudo passa. - Ele falou me abraçando forte e eu pude respirar aliviada e agradecida por saber que fiz a melhor escolha da vida.

- Obrigada pretinho, obrigada por sempre ser esse ser de luz na minha vida. - Agradeci sorrindo boba e logo ele riu beijando as costas da minha mão.

- Quando eu te prometi que a gente ia durar pra vida toda, eu não estava brincando. - Ele riu. - Na saúde ou na doença, lembra?

- Até que a morte nos separe! - Falamos juntos e sorrimos ao terminar a frase.

Minha melhor escolha!

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora