Dois mundos totalmente diferente se encontram. Duas pessoas com perspectiva de vida diferente, será que realmente os opostos se atraem ou é apenas mais uma dessas frases clichês?
PLÁGIO É CRIME!!!
Assim que cheguei em casa, fui diretamente tomar uma ducha e aliviar o calor que estava, o Rio como sempre um inferno de quente. Sair do banho com a toalha amarrada na cintura e fui diretamente pro mini closet que tem no meu quarto, peguei o terno e a camisa social e deixei estendida em cima da cama.
Peguei meu celular em cima da cama e já coloquei pra dar uma carga enquanto ia me arrumando. Como hoje seria só reunião, decidir não colocar gravata, só o terno e a camisa social mesmo.
Como sou rápido me arrumando, fiquei pronto em instantes. Peguei a chave, fechei tudo e desci pra garagem, liguei o carro e vazei indo pro local combinado.
Liguei o som e fui ouvindo um l7 só pra animar, enquanto falava com a lôra pelo celular, logo ela me deu um esporro por está dirigindo e falando com ela no celular. Pense numa mulher abusada.
Cheguei rapidinho, desci e já fui entrando no prédio de um dos doutores amigo do meu pai, subir até o andar e já vi todos lá, falei com todos e fui até o meu pai, sentando ao seu lado.
- Pensei que não iriam vim. - Olhei pra ele já esperando ele falar pelo atraso de cinco minutos. - Um pouco atrasado.
- Sério isso? E ainda mais por cinco minutos? Fala sério. - bufei já sem muita paciência.
- Claro, você sabe como sou rígido com horário. - Fingir nem escutar e continuei olhando pra frente, prestando atenção no Paulo.
O meu pai é um cara fora de sério, admiro demais o cara que ele é e vem se tornando a cada dia. Mas o cara é rígido demais, principalmente com pequenas coisas. Um dos motivos da minha saída cedo de casa, foi isso.
A reunião nem era de coisas com tantas urgências assim, mas trabalhar com gente mais velha da nisso, gosta de marcar reunião ou até coisas sem necessidade. Já tava quase levantando e indo pra casa, quando o meu celular vibrou no bolso da calça, peguei o mesmo e vi ser notificação na conversa da Lis.
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Ceta de Mel 🍯❤️:
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Desculpa, mas eu não sou de rejeitar oportunidades, rs.
Eu: Porra, assim tu fodiiiii tudo. Ceta de mel 🍯❤️: Hahahaha, aí ai. Eu: Me espera que eu tô indo aí agora. Ceta de mel 🍯❤️: Vem nada, tá em reunião pode não. Eu: E quem consegue prestar atenção em reunião com uma foto dessa na mente. Eu: Filha da puta, atiça demais caralho. Eu: Tu vai ter que resolver o problema que tu causou. Ceta de Mel 🍯❤️: E que problema é esse? Eu: Minha calça marcada. Eu: Já já eu chego. Ceta de Mel 🍯❤️: Não, eu já tirei e tô pronta pra dormir. Eu: Foda-se, veste de novo. Ceta de Mel 🍯❤️: Vou nada, e outra você tá em reunião. Eu: Tô mais não, já sair. Ceta de Mel 🍯❤️: Você nem é doido. Eu: Já já eu chego, tô avisando.
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- Dá pra você guardar esse celular, você nunca toma jeito. - Meu pai falou baixo pra mim.
- Tenho que ir pai, desculpa aí. - Ele me olhou sem entender e eu já ia me levantar, mas ele tocou no meu braço e puxou.
- Você não é nem louco. - Ele falou um pouco rígido e eu bufei.
- Cara, essa reunião foi desnecessária, nada do que foi dito aqui vai se fazer agora. Perdi apenas tempo. - Levantei sem esperar resposta e sair, desci e já entrei no carro pegando caminho pra casa da Lis.
Cheguei na casa dela e já fui entrando, como o porteiro já me conhecia, falei com ele e já subir, assim que bati ela abriu, ela que tava só com a roupa de dormir e com a feição um pouco diferente do normal.
- É, você veio. - Ela abriu um sorrisinho de lado e eu concordei entrando, ela fechou a porta atrás de mim e foi até o sofá se sentando.
- Tá tudo bem? - Fui até ela no sofá e sentei bem pertinho dela, puxei ela pela cintura e beijei sua testa. - O que foi que tá com essa carinha, minha princesa?
- Nada não. - Ela riu tentando disfarçar. - E como foi lá? O que era essa reunião?
- Bom, perdi meu tempo. - Ela riu passando a mão no meu cabelo. - Era sobre coisas que nem vai se resolver agora, meu pai que é muito agoniado e quer resolver tudo num momento só.
- Sr. Ferreira é demaisss, como sempre muito certinho né? - Concordei deitando a cabeça no pescoço dela e ficando alí sentindo o cheiro dela e o carinho dela na minha cabeça. - Que gatão.
- É né, o pai sabe se arrumar. - Me convenci e ela riu, continue com o rosto ali e ficamos em silêncio.
Eu pensei até em comentar sobre a foto dela, mas eu sabia e sentia que não tava tudo bem e a Lis como sempre durona não gosta de demostrar fraqueza. Fiquei enrolando alí pra tentar tirar algo dela.
- Tem certeza que tá tudo bem? - Perguntei quando escorreguei um pouco a cabeça e fiquei com a cabeça no peito dela e acabei sentindo o coração dela um pouco acelerado.
- Tá sim, meu bem! - Ela falou e eu olhei pra ele que tava com cara de choro.
- Lis, não mente pra mim. Eu te conheço já, mesmo que seja pouco, mas eu conheço. - Ela riu colocando o cabelo atrás da orelha e disfarçando.
- Relaxa. - Neguei.
- Você tá caladinha demais e com cara de choro, acha mesmo que vou relaxar? - Ela me encarou e do nada vi suas lágrimas rolarem no seu rosto.
- Af, eu não gosto de demostrar fraqueza na frente de ninguém, muito menos chorar. - Eu puxei ela pro meu colo e ela ficou no meu colo, com a perna de cada lado na minha cintura e abraçada comigo.
- Todo mundo tem fases difíceis para enfrentar, eu sei que você é forte e gosta sempre de manter isso. Mas é normal nem todos os dias tá bem. Conversa comigo gata, só quero ajudar. Não gosto de vê minha lôra assim, cara. - Alisei suas costas enquanto ela chorava. - Hum? Me diz o que houve?
- Minha mãe tá doente, felps. - Assim que ela terminou de falar, ela começou chorar mais e me abraçar forte.
