Capítulo 68

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Lis ✨

A aula foi aquilo tédio de sempre, mas necessário para minha profissão. Chegamos na empresa a tarde, eu e o Felipe falamos com todos da recepção e já pegamos o elevador pra subir pra sala dele.

- E essa festa da faculdade, tá afim de ir? - Fiz careta negando com a cabeça e ele riu me abraçando enquanto o elevador subia. - Não via você debochar assim faz tempo.

- Eu não ia fazer aquilo, mas nosso santo não bateu de primeira, desde o dia que ela pisou dentro daquela facul. - Ele riu. - Ela fez aquela cena patética e me conhecendo bem eu não poderia deixar passar a oportunidade.

- Essa é a minha garota. - Ele segurou meu queixo e me deu vários selinhos, antes de se transformar num beijo. - Gostosa.

- Para amor, aqui tem câmera. - Reclamei quando ele deu uma tapinha de leve na minha bunda.

O elevador abriu e o Lipe cruzou nossas mãos me puxando pra sair dali. Eu e o Felipe já estávamos ficando a um mês e confesso que ainda é estranho sentir vários olharem curiosos para nós dentro do trabalho. Entramos na sala dele e já formos com a mão na massa, a tarde passa rápido e é muito trabalho pra pouco tempo.

O dia correu como sempre, e já era noite quando a Elle me mandou mensagem dizendo que já tinha pegado o Ravi na escola e já estava na minha casa. Esperei o Felipe terminar sua conversa virtual com um advogado de Minas, e assim que ele acabou, pegamos o caminho pra casa, mas antes parei numa farmácia e comprei três testes pra Elle fazer lá em casa.

- Já imaginou que estamos com chance de ser tios? - O Felipe perguntou rindo que nem besta, as vezes ele parece uma criança.

- E você fica feliz? Mesmo sabendo que nossos irmãos são mais novos que nós? - Ele concordou animado. - Só pode tá brincando.

- Lis, relaxa cara. Aprende ver o lado bom nisso, essa criança pode ajudar ela a colocar a cabeça no lugar. - Ele alisou minha coxa e olhando rápido pra mim. - Você tem que aprender que não vai conseguir dá conta de todos os problemas que acontecem na vida da sua família. - Bufei olhando pra janela. - E eu sei que você concorda, você só não quer da o braço a torcer.

- Saí daí, concordo com nada. - Ele riu zoando comigo.

E o caminho fomos assim, na zoeira e foi bom pra me esquecer um pouco esses problemas que vem acontecendo. O lado melhor de tá com o felps é isso, ele nunca me deixa enganada da escolha que tô fazendo em relação a ele.

Cheguei no apartamento e o Ravi já veio logo me abraçar, ele me beijou toda e depois correu pro Felipe.

- Titio Lipe. - Ele abraçou o pescoço do felps, depois que ele pegou o meu irmão no braço.

- Também tava com saudades meu moleque. - Ele riu quando o Lipe fez cócegas na barriga dele. - Eae gata. - O Felipe acenou pra Elle que deu apenas um breve sorriso. - Amor, vou deixar vocês a vontade aí, vou lá pro quarto. - Concordei com a cabeça e ele me deu um selinho e depois deu tchau pra Elle.

Me aproximei da Elle e assim que sentei ao seu lado, ela veio me abraçar e começou chorar um pouco desesperada.

- Oh meu amor, não chora. - Abracei ela forte e ela ficou um tempinho assim comigo.

- Eu sou muito burra Lis, como que eu dou um mole desse? - Eu dei uma risada silenciosa com a preocupação dela e logo alisei seus cabelos.

- Olha, eu não vou dizer que tô super feliz agora com essa notícia, até por que tô preocupada com o fato de você ser nova demais e não saber nem cuidar de você direito. - Ela se afastou um pouco e encarei seus olhos avermelhados. - Mas, olhando pelo lado certo, você procurou isso no momento, você deu vacilo demais e a consequência foi essa. - Ela desviou o olhar pro chão e focou sua atenção alí.

- Eu quero te pedir desculpas, mesmo você não tendo obrigação de me ajudar ou de perdoar... - Interrompi ela.

- Não fala isso, mesmo eu tendo motivos pra não querer olhar na sua cara, eu não vou fazer isso, certo? - Ela concordou. - Eu amo você Ellinha e nunca vou virar as costas pra você, mesmo você me fazendo raiva. - A gente riu juntas e ela me abraçou novamente, beijei sua cabeça e fiquei assim por um tempo.

- Obrigada Lilica. - Ela sorriu e já estava mais calma.

- Não precisa agradecer. - Ela riu. - Trouxe mais três testes pra ter a certeza que vou ser tia. - Peguei a sacola da farmácia e joguei pra ela que fez careta.

- Você quer ter a certeza que vou me lascar na vida, né? - Eu gargalhei e ela levantou indo até o lavabo do corredor.

Ela entrou lá e demorou uns trinta minutos, assim que ela saiu, ela já veio com os três testes estendido no ar, e como já esperado os três deram positivos.

- É, oficialmente promovida a titia. - Ela falei pegando os teste e encarando eles. - Parabéns cabeça de vento.

- Af, perdi total respeito agora com você. - Ela murmurou e eu rir.

- Agora vamos ao que interessa, é do Nando? - Ela concordou e eu até respirei aliviada. - Pelo menos o pai da cria não é um mala, ufa. - Coloquei a mão no coração respirando e ela riu.

- É, só falta contar pra ele e para os nossos pais. - Ela disse batendo os dedos uns nos outros. - Não tô preparada pra esse momento.

- É, mas vai falar mesmo sem tá preparada, na hora de fazer você tava super preparada né? - Brinquei com ela e ela riu dando língua. - Pra não prolongar mais, liga pro Nando e chama ele aqui pra vocês conversarem e amanhã você e ele conta a mãe e o pai. - Sugeri e ela parou pra pensar.

- O pai vai me matar, e a mãe é capaz de nem querer ver minha cara. - Eu ri do jeito que ela falou e dei um tapinha na bunda dela.

- Agora não há nada o que se fazer, só esperar nascer pra criar. - Falei óbvia e ela concordou bufando. - Bom, vou tomar um banho e comer algo, aproveita e liga pro Fernando pra ele vim aqui.

- É, vou fazer isso... E obrigada mais uma vez. Amo você. - Ela novamente e abraçou e eu beijei sua testa.

- Amo você também. - Sorrimos juntas e logo me levantei indo pra o quarto e encontrando os dois bagunceiros lá.

- Eae, minha vida. - O Lipe falou assim que me viu. - É certeza? - Concordei com a cabeça e o Felipe já ficou animado. - E é do meu irmão? - Concordei novamente e logo ele veio me abraçar todo feliz.

- Parece mais que o pai é você. - Ele riu com meu comentário. - Seu irmão tá vindo aí pra eles conversarem.

- Ele ainda não sabe? - Neguei. - Hum, mas vai lá tomar um banho, você parece cansada. - Ele passou a mão pelo meu ombro e beijou o topo da minha cabeça.

- Estou morta. - Me afastei indo até o banheiro e fechando a porta. Dia exaustivo, talvez?!

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora