Meu oposto (Amor)

Capítulo 2

Felipe Soares, 22 anos
• Direito •

Cheguei no banheiro e já puxei alguns papéis pra tentar limpar minha roupa do banho de cerveja que tomei quando esbarrei em uma mina aleatória da festa.

Essas minas avoadas que vivem em Nárnia fica querendo tirar o cara como otário colocando a culpa no mano, sair logo de perto pra não prolongar a mini discussão.

Tentei limpar o máximo que conseguir, dei aquele mijão, lavei as mãos e sair do banheiro refazendo o caminho todo de volta até os manos. Assim que fui me aproximando vi logo um grupão de homem ao redor do som, fui me chegando devagar pra tentar entender o que tava acontecendo, mas era só esses emocionados de xota vendo quatro negas dançar.

Me encostei no murinho um pouco afastado da multidão, onde tava o Caio e o meu irmão Fernando. Dá onde eu estava é claro que dava pra vê bem o bondinho dançando, mas não fiquei reparando muito pra Carol não ficar apertando a mente mais tarde.

- Alí é o verdadeiro significado de quarteto fantástico - O Fernando falou se referindo as minas.

- Difícil é escolher a melhor, meu parceiro - O caio falou e eu puxei a carteira de cigarro do bolso tirando um e acendendo.

- Tá pagando de durão hoje Lipe? - Neguei puxando um e soltando no ar.

- Tô não mano, só não tô afim de pegar ninguém - Comentei e ele riu bebendo mais um pouco da garrafa - Falei algo engraçado?

- Não porra, só tô estranhando hoje cê não tá pegando ninguém, justamente hoje que a Carol não veio - Soltei o ar e fiquei calado olhando geral.

- Fica sussa meu mano - Falei depois de um tempo - Teu mano hoje tá afim de ficar na dele - Falei e ele riu dando de ombros voltando a olhar as meninas.

A briga com a Carol ontem me fez pensar o quanto fui filho da puta esses últimos dias com ela. Conheci a mina, gostei, joguei o papo e ela agarrou. Pedido de namoro nem teve, só nos juntamos e do nada paramos de ficar com as demais pessoas de fora, papo só meu e dela. Mas depois de 2 anos no relacionamento, parece que o que era amor foi esfriando da minha parte, parei mais de sair com ela e a visão que tinha dela como minha mulher, com o tempo começou mudar.

Antes tinha só olho pra ela, fui fiel mesmo e pá. Mas ultimamente peguei algumas minas, levei pra casa, sair e depois me cheguei nela pra ficar como se nada tivesse acontecido.

Entendo que nada justifica traição, se traiu é por que teve vontade e atração por outra, não tem isso de influencia. Mas caralho, a mina de uns tempos pra cá tá sendo sufocante de tanto ciúmes, dei motivo e ela perdoou, sei que a confiança não é a mesma, mas custa nada desapegar um pouco.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo meu celular tocando, peguei do bolso e vi o nome "Ruiva💗" Brilhar na tela, desliguei mais uma vez e bufei olhando a vista maneira que tinha alí.

- Tudo certo? - Concordei com a cabeça quando escutei novamente a voz do meu irmão - Não parece.

- Só a Carolina me ligando - Ele riu e coçou a barba olhando pra frente.

- Cê sabe que vacilou mano, aceita que a mina também não é obrigada a receber um pá de chifres, perdoar e ainda ter a mesma confiança - Falei nada e continuei olhando pra um ponto fixo - Se não tá dando mais, senta e conversa - Concordei ainda sem olhar pra ele.

- Mas vamos parar de falar do meu relacionamento né?! O irmão mais velho aqui sou eu caralho, cê ainda é meu pirraia - Ele mandou dedo e eu puxei sua cabeça dando um abraço rápido.

- Porra de pirraia, 20 anos na cara já mané - Eu ri da cara que ele tentou fazer de sério, segurando o riso.

Mudamos de assunto quando os manos chegaram comentando das nega dançando ainda, fiquei só rindo dos caras.

Quando deu 3h da manhã já fui logo me saíndo, mais tarde teria aula e meu primeiro dia na faculdade não poderia ser com atraso.

♥♥♥♥
Fernando Soares, 20 anos
• Engenharia civil •

Davi Fernandes, 23 anos.
• Direito •

Caio Oliveira, 24 anos.
• Educação Física•