Capítulo 42

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Lis ✨

M

eu despertador logo cedo foi o Ravi se mexendo pra caramba na cama, olhei pra ele que tava sentado catucando alguma coisa no lençol, enquanto eu estava afim de hibernar e não acordar mais.

- Já acordou nenê? - Ele me olhou e sorriu vindo pra cima de mim.

- Quelo comer - Olhei pra ele séria negando com a cabeça, como uma criança de quatro anos pode comer tanto? Senhor!

- Mas Ravi, isso é hora de dormir - Ele negou - É sim vida.

- Não Lili, lembra que você disse que íamos passear? - Olhei pra ele fingindo não lembrar.

- Eu disse? - Ele concordou - Quando isso que não lembro - Ele logo cruzou os braços fechando a cara.

- Você falou Lili - Eu não aguentei e comecei a ri puxando ele pra dar cheiro no meu nenê.

- É claro que a gente vai seu lindo - Ele começou pular na cama e eu até deixei por está de bom humor.

- Ebaaaa - Ele gritou rindo, esse aí anima qualquer um.

- Então vamos nos arrumar pra gente ir? - Ele Concordou todo feliz querendo descer da cama.

Levantei mas tava afim de ficar deitadinha descansando. Comecei logo pelo banho pra tirar a preguiça, dei um no Ravi também e já fiz tudo de uma vez.

Depois de trocar ele e de trocar de roupa, fui pra cozinha e preparei o leitinho dele e tomei só um café já que pela manhã não sinto tanta fome. Decidir de última hora ir no mercado fazer alguns compras, já que aqui em casa estava só o resto dos restos.

Peguei o Ravi, desci e fui a caminho do supermercado. Quando cheguei estacionei o carro e peguei na mãozinha do Ravi, peguei um carrinho e fui em busca do que eu iria levar.

- Ravi, não pode mexer aí - Fui até ele e peguei sua mão puxando o mesmo que estava na prateleira do leite, pegando um monte de uma vez.

- Ah, mas você pegou e por que eu não posso pegar também? - Eu ri da ingenuidade dele e puxei ele, tentando distrair o mesmo.

Parece que hoje o mercado tava parecendo um formigueiro, tinha bastante gente e o meu medo maior seria perder o Ravi. Por que se isso acontecesse, minha mãe iria mandar eu parir outro.

- Ravi, já falei que não é pra mexer - peguei na mão dele novamente que estava catucando numas garrafas de suco - Se quebrar, eu e você vamos ter que ficar presos aqui pra sempre.

- É? - Concordei com a cabeça quando ele me olhou meio assustado - Então não pode mexer? - Neguei - Tá bom.

E foi o santo remédio para eu terminar de pegar o que eu queria, quando cheguei na fila o Ravi começou se estressar por conta da demora e eu já tava afim de desistir das compras e vim outro dia.

- Ravi, olha aí - Apontei pra qualquer coisa colorida que vi na frente, só pra tentar distrair o menino - Olha que lin...

- Lis? - Ouvi uma voz que não me era estranha, olhei para trás e dei de cara com o Matias na fila, atrás de mim.

- Ah... Oi Matias - Dei um sorrisinho simpático - Você por aqui?

- Pois é, vida de adulto - Rimos juntos e eu olhei pro Ravi que estava calado prestando atenção no Matias - Ele é seu?...

- Esse é meu irmão Ravi - Ele deu um sorrisinho e um aceno de mão pro Ravi que ficou sério, pois, não tinha intimidade com ele - Dá oi amor, pro amigo da mana.

- Oi - Ele literalmente só deu o "oi"

- Eae cara, que lindão que você é! - o Matias chegou perto dele e tentou fazer um toque com ele, que logo se animou e sorriu fazendo o toque - Qual sua idade?

- Quatro anos - Ele fez os quatros dedos mostrando pro Matias - E você? - Eu olhei pro Ravi e acabei rindo, não achei que ele ia perguntar isso.

- Tenho vinte e quatro - Ele riu e eu olhei pro Ravi que fez cara de espanto.

- Isso tudo? - Ele perguntou colocando a mão na boca - Na escolinha eu aprendi que esse número é muito grande - O Matias concordou novamente, rindo com a empolgação dele na conversa.

E graças a Deus o Matias ter aparecido, por que se não fosse ele, eu com certeza não iria nunca acabar aquelas compras. Depois de tudo pago, peguei as coisas e o Matias disse que ia me ajudar até o carro.

- Bom, valeu mesmo cara - Ele baixou a cabeça e depois me olhou rindo fraco - Se não fosse você hoje, eu com certeza não teria dado conta.

- Nada, que isso. Seu irmão é muito gente boa - Eu ri olhando pro Ravi dentro do carro sentado na cadeirinha olhando pra gente com o olhar curioso.

- Fico te devendo uma - falei abrindo a porta do carro.

- Você fica me devendo uma visita lá no Studio de tatu - Olhei pra ele segurando o riso - Nem adianta me olhar assim. Se não for já vai perder minha amizade.

- Olha que chantagista - Ele gargalhou indo até seu carro que por coincidência, estava estacionado ao lado do meu - Assim você coloca pressão.

- É bom, só assim pra você fazer aquela tatu maneira - Concordei - Bom, vou nessa loira, até mais.

- Até! - Acenei pra ele que fez o mesmo entrando em seu carro.

Entrei no banco de motorista e liguei o carro saindo dali, pegando o caminho pra casa.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora