Capítulo 22

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Lis ✨

Olhei pro Felipe e fiquei esperando alguma ação dele pra ele ir até uma mesa, ele deu uma olhada geral e depois saiu indo na frente, seguir ele e chegamos numa mesa no canto esquerdo do bar, debaixo de uma janela enorme.

Sentamos um de frente pro outro e o Felipe já começou tirar a gravata e enrolar guardando a mesma no bolso.

- Já sabe o que pedir? - Ele chamou minha atenção pra ele e eu tirei minha vista da vista de fora da janela.

- Hoje não tô muito afim de estourar - Ele riu e apoiou os antebraço na mesa.

- Enquanto eu tô afim de beber até o PT chegar - Olhei pra ele e arregalei um pouco os olhos fazendo ele dar uma risadinha - O que foi?

- Nada ué, só acho que você não tem lá cara de quem ama beber até dar PT - Ele deu uma risada alta e me olhou dando de ombros por alguns segundos.

- Bom saber que consigo manter essa aparência dentro daquela empresa - Meu celular vibrou em cima da mesa e tela acendeu mostrando que era notificação do insta - Você tem filho? - Levantei meu olhar pro Felipe e vi que ele falava em relação a foto do Ravi que estava como papel de parede do meu celular.

- Filho não - Dei uma risada olhando pra foto e depois olhando pra ele novamente - Esse aqui é o Ravi, meu irmão - ele murmurou um "aah" e sorriu sem mostrar os dentes.

- Parece bastante com você - Ele disse e eu joguei meu cabelo pro lado pra me convencer e imitar ele.

- Com certeza parece, a beleza é igual - Ele revirou os olhos e negou com a cabeça - Pode elogiar eu deixo.

- Garota, você só não é mais convencida por que é uma só - neguei com a cabeça e ele ficou me encarando sem entender.

- Primeiro que o convencido é você, quem mais se acha é você, então nem vem - Ele riu e ficou calado - Mas e você tem mais irmãos além do Fernando? - ele negou e começou a mexer em um guardanapo que estava em cima da mesa.

- Não tenho não, graças a Deus é só eu e aquele moleque - Ele riu ainda mexendo no papel.

- Mas você não queria ter pelo menos uma irmã mulher? - Ele concordou e me olhou.

- Já passou pela minha cabeça, mas a minha mãe infelizmente não teve tanta sorte sorte na gravidez do Fernando - Deu um tempo - Mas me conta, o que tu tás achando da área de direito, na prática?

- Eu juro que imaginei ser mais fácil - dei uma risada e ele acabou rindo também - Mas tô gostando, achando o máximo o pouco que eu tô praticando - Eu ri e ele ficou me encarando com um meio sorriso nos lábios - O que foi? - Ele negou com a cabeça - Tá me encarando do nada uai.

- Não pode mais te encarar? - Dei de ombros e ele riu - O que e bonito é pra ser olhar - Juro que não esperava o Felipe me elogiando assim do nada, tenho certeza que minhas bochechas corou um pouco.

- Nossa, tudo isso só pra ter um remember da noite passada? - Ele riu e tirou a vista de mim olhando pro lado.

- Você deve achar que sou o maior comedor de xota daquela faculdade, por que não é possível - Ele falou e deu uma risada me fazendo ficar um pouco sem graça pelo que ele disse.

- Não disse nada, você que tá dizendo - Fiz sinal de rendição levantando as mãos - Mas com certeza você não fica pra trás no quesito galinha - Ele me olhou e arregalou um pouco os olhos.

- Bom, eu não vou mentir e dizer que sou santo, por que santo ninguém é - concordei com a cabeça - Mas eu não curto pegar qualquer mulher - Fiz uma cara de dúvida mas fiquei na minha - Já fui galinha pra caralho no passado, até por que antes dos vinte anos eu era um puta de um zé ninguém - Murmurei um "hum" baixinho.

- E hoje você é alguém na vida? - Ele concordou.

- Hoje sou focado na faculdade e no trabalho, mas já dei trabalho pra caralho aos meus pais - Ele voltou o olhar pra mim e ficou me encarando por alguns segundos - Mas me conta algo legal de você que eu ainda não sei - Olhei pra ele e dei uma risada nervosa.

- Eu detesto pensar em fatos sobre mim, nunca sei o que dizer - Ele negou com a cabeça e com o dedo indicador.

- Ah para né, todo mundo tem algum fato - Ele fez aspas - Legal e interessante - Olhei pra mesa e cocei minha cabeça tentando pensar em algo rápido pra dizer a ele

- Meu programa favorito é sentar em um bar ou boteco e beber bastante cerva - Falei rindo e ele deu uma risada alta e fiquei sem entender.

- Por isso o motivo de você aceitar de vim, pensei que você ia negar - Fiz cara de óbvia e ele ficou me encarando com um sorrisinho nos lábios - Falando em cerva, tamo precisando começar nossos trabalhos né? - concordei - Amigo - O Felipe falou um pouco alto pro garçom e o mesmo veio até nós - Trás uma cerveja pra mim por favor e pra moça trás um shot de tequila - Olhei sem entender mas não falei nada, assim que o garçom anotou tudo e saiu, olhei pro Felipe levantando a sobrancelha.

- Tequila pra mim? - Ele concordou - Tô nem afim de ficar bêbada hoje, até por que com álcool no sangue eu não presto nenhum pouco - Ele riu e deu de ombros.

- E é isso que eu quero vê - Revirei os olhos pra ele - Relaxa a xoxota- Eu não aguentei e comecei a ri do que ele disse.

- Você não vale nada - Ele concordou - Tô com essa moral assim?

- A gente dá corda, se enrola quem quer - Ele disse encostando na cadeira e eu lhe mostrei o dedo médio pra ele.

Queria nem beber e ainda mais com a companhia dele, eu bêbada não sou muito a Lis quietinha, e se o Felipe não é  muito bom do juizo sóbrio, bêbado quero nem vê.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora