Meu oposto (Amor)

Capítulo 88

Lis ✨

Acordei sentindo novamente uma cólica forte e dessa vez bem mais, sentir um peso nas minhas pernas e abrir os olhos vendo o Felipe agarrado nas minhas pernas, tentei me virar sem acordar ele, mas era impossível por que ele era pesado, catuquei ele agoniada com a dor e ele nem tchum.

- Amor, eu quero levantar. - Falei pra ele que nem ligou. - Felipe, é sério. - Assim que falei mais alto, ele abriu os olhos me soltando um pouco.

- O que houve? - Ele levantou e aos poucos foi se sentando.

- Tô agoniada sentindo muita cólica, nunca sentir assim antes. - Ele já me olhou preocupado e levantou indo até a cozinha, e voltou com um copo de água e um remédio. - Toma.

Peguei o remédio e tomei, bebi a água toda e dei o copo a ele. Enquanto ele foi pra cozinha, levantei e fiquei andando na sala pra vê se passava, já estava impaciente de tá sentada.

- Quer a bolsa quente? - Ele perguntou e eu neguei andando de um lado para o outro. - Tenta deitar aqui e mantenha calma e paciência, amor.

- Eu tô agoniada de tá sentada. - Falei por fim e continuei minha caminhada na sala.

Fiquei assim alguns logos minutos até diminuir, assim que passou mais, eu sentei e ele me puxou pra deitar no peito dele, e assim eu fiquei até voltar a dor novamente.

- De novo? - Ele perguntou e eu concordei. - Bora pra um hospital Lis, já tô ficando preocupado com você. - neguei e ele deu de ombros levantando. - Nem adianta negar, a gente vai pro hospital, desde manhã você tá agoniada com essa dor e não passa.

- Amor... - Ele me interrompeu.

- A gente vai, vou pegar uma roupa pra você e colocar uma camisa. - Ele saiu e nem me deixou terminar.

Depois de alguns minutos ele voltou já pronto e com um vestido soltinho, ele me ajudou colocar, pegou minha bolsa que já tinha tudo, por que aonde eu ia, meus documentos iam juntos.

Ele me ajudou descer, e entrar no carro. No caminho eu ainda sentir bastante dor, mas até dava pra suportar.

Assim que chegamos no hospital, descemos do carro e entramos na recepção, o Felipe fez minha ficha e ficou esperando até me chamarem. Levou exatamente vinte minutos até minha ficha anunciar no telão, levantamos e entramos na sala 07.

Felipe 👽

A médica fez algumas perguntas a Lis e ela respondeu todas, mas mesmo assim ainda sentia uma dorzinha na ponta da barriga, já estava preparado pra ouvir a médica dizer que a Lis estava com apêndice ou algo assim.

- Olha Lis, Vou te encaminhar pra sala de exames e você vai ter que provavelmente passar a madrugada aqui, até descobrirmos o que ao certo tá te causando essa dor, certo? - A Lis concordou. - Então, vou levar sua ficha pra lá e você vai pro outro corredor e espera sua vez, vamos fazer o exame de sangue e uma ultrassom.

- Tudo bem. - A Lis respondeu baixo, a mulher explicou mais algumas coisas que eu não entendi bem, e depois da consulta, saímos e formos pro corredor que ela falou.

Sentei em uma das cadeiras e puxei a Lis pra outra, deitei ela no meu ombro e fiquei conversando com ela, pra fazer ela esquecer um pouco mais a agonia e a dor.

- Não vai avisar aos seus pais? - A Lis negou. - Mas você tem que dizer, pelo menos quando descobrir o que você tem, certo? - Ela concordou rindo fraco.

- Se essa dor chegar perto de uma contração pra ter filho, eu não quero nunca sentir de novo. - Ela falou apavorada e eu dei risada. -  É Sério, dói muito.

- Muito dramática, você aguenta essa dor todo mês e agora mete essa, ah para né? - Ela riu dando de ombros. - Tudo desculpas pra não engravidar, mas eu vou meter um moleque dentro de você, cê vai vê só.

- Amor, fala baixo. - Ela falou olhando pra algumas pessoas que me olharam na hora, e eu rir.

Não demorou muito pra enfermeira chamar ela, e assim a gente entrou e a mulher tirou o sangue dela e a Lis só faltou morrer quando viu o tamanho da agulha, muito dramática.

- Calma Lis, não vai doer. - Ela riu nervosa e segurou minha mão soando frio um pouco.

A mulher fez o procedimento todo, depois pediu pra gente ir a sala ao lado, e assim a gente fez. A Lis entrou na sala de ultrassom e deitou na maca, a enfermeira veio e sem muita demora fez o procedimento lá. Eu só enxergava borrão na tela, é até tedioso encarar aquilo.

- Eae moça, alguma coisa pra nos dizer? - Perguntei a ela que riu.

- Calma Lipe, deixa ela terminar de ver alí. - A Lis respondeu me fazendo bufar.

- Tudo bem, não tem muita coisa pra vê, já tá tudo bem e tudo certo, deixa só o exame de sangue sair e provavelmente vai confirmar que tá tudo bem. - Ela respondeu e eu não entendi ao certo, sentir dor é tá bem?

- Mas a cólica significa algo ou que só é realmente da período menstrual? - A Lis perguntou e a mulher nos olhou com uma cara de "?".

- Período menstrual? - Ela perguntou e a Lis balançou a cabeça. - Mas você não está menstruada.

- Como assim? - A Lis se apoiou na maca e sentou olhando pra ela sem entender, e eu fiz o mesmo.

- Você tá grávida Lis! - Ok, por essa eu realmente não esperava.