Capítulo 31

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Felipe 👽

Hoje eu sinceramente tava tranquilo, afim de ficar na minha, bebendo e resenhando com a galera. Mesmo sem tá muito na vibe, ainda fiquei com a lara, uma menina da área de economia.

Vi o momento que a Lis foi dançar junto da Malu, e fiquei de longe só na minha bebendo, é claro que dei algumas olhadas na loira, não só eu, todos os caras  que estava na mesa comigo, a nega sabia dançar demais.

Quando a Lis levantou e disse que ia pegar algo pra beber, pensei até em ir atrás dela, mas o Matias resolveu fazer as honras. Então deixei quieto e fiquei na minha.

- Ouu - Ouvi a voz do Fernando e dei um olhada rápida pra ele - Seu corpo tá aqui, mas a cabeça lá né? - Desviei o olhar e olhei rápido pro canto que a Lis estava junto do Matias.

- Eu não sou comprometido com ela não hein caralho - Dei um gole na cerva e cruzei as pernas ficando mais jogadão na cadeira.

- O engraçado é que você não consegue disfarçar que queria um remember - Olhei novamente pro meu irmão, namoral o cara não cansa de encher.

- Que nada mano, ela é só uma amiga - Dei um sorrisinho pra ele - Ficamos duas vezes só, isso não quer dizer que sinto algo por ela.

- Mas quer dizer que se ela quisesse hoje vocês já tinham ficado, né?! - Dei de ombros ficando na minha - Vai jogar? - Olhei pra ele sem entender.

- Jogar o que? - Ele apontou pra onde a galera tá a se reunindo pra jogar "Verdade ou consequência" a famosa brincadeira que no fim da b.o - Não, valeu.

Ele deu de ombros e levantou seguindo uma galera até o outro lado. Geral se sentou no chão formando um círculo, algumas pessoas decidiram ficar de fora e ficaram de longe olhando, outras mais de perto.

Vi só o vulto dos cabelos loiro de alguém passando pra dentro da casa, paguei de doido e decidir ir atrás mesmo, danesse.

Dei uma golada longa na lata de cerveja secando a mesma e deixando ela em cima da mesa, levantei e fui atrás entrando na casa. De início não vi ela na sala, mas entrei mais um pouco e a vi tirando foto no espelho do corredor.

- Tá feia demais já - Segurei o riso quando ela deu um pulinho de susto e depois me olhou e mostrou o dedo médio quando comecei a ri da cara dela.

- Feio é seu cú, palhaço - Simpática como sempre, tudo numa boa.

- Queria entender o motivo dessa sua simpatia só ser comigo - Acabou que nem ela se aguentou e deu um sorrisinho.

- Sou simpática com geral, com você sou recíproca, se é deboche, irônia que cê fala comigo, vou no mesmo ritmo - Ela fez um coque no cabelo e eu me aproximei dela, me encostando na parede e olhando pra ela.

- Você é recíproca? - Ela concordou - E se eu te desse um beijo, você devolveria? - Paguei de doido mesmo e já cheguei mais perto pegando na cintura dela.

- Depende uai - Ela com certeza não estava 100% sóbria, por que se não tava cheia de mimi.

- Ié? - Ela concordou - Depende do que?

- Depende se eu gostasse do beijo - Abaixei um pouco a cabeça e dei uma risadinha ainda segurando sua cintura.

Olhei pra ela novamente e aproximei meu rosto do dela, encarando um pouco seus olhos esverdeados e sua boca rosadinha, suas bochechas um pouco coradas por conta do álcool.

- O que foi? - Ela perguntou ainda me encarando - Nunca me viu não? - Ela riu e soltou uma gracinha.

- Não posso mais te olhar? - Ela fez um barulhinho com a boca e colocou seus braços ao redor do meus pescoço.

Ela ia responder, mas como não tava muito afim da resposta, puxei seu corpo pra mim e grudei nossos lábios. Levei uma mão até sua nuca e a outra deixei na sua cintura fazendo uma carícia.

Até estranhei um pouco nosso beijo, dessa vez não foi aquele beijo cheio de vontade, com várias mãos bobas e já entrando em qualquer quarto pra transar.

Foi um beijo mais calmo, bem de boa e ela nem parecia ser ela, pois, tava tão de boa com a situação. Quando nos faltou ar, ela parou o beijo e depois me deu alguns selinhos, terminando o beijo.

- Me leva pra casa? - Ela falou bem próxima ao meu rosto e eu abrir um sorrisinho sem fazer barulho.

- Ah sua danada, por isso você não hesitou em me beijar, né? - Ela negou segurando o riso - Mandada.

- Que nada, deixa de besteira - Ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, ainda abraçada comigo - Mas é que eu tô cansada pra caralho, amanhã já tem faculdade e trabalho.

- É né, infelizmente - Ela fez bico e eu acabei dando alguns selinhos, quem visse a gente assim, ia dizer que somos um casal, mas somos apenas amigos de trabalhos - Já que quer ir, vamos lá galega - Ela logo abriu um sorrisinho quando chamei ela pelo apelido.

- Galega é? - Concordei com a cabeça - Acredita que nunca me chamaram assim? - Olhei pro lado alguns segundos e depois voltei o olhar pra ela com um sorrisinho de canto.

- Ué, pra tudo se tem uma primeira vez - Ela negou com a cabeça e eu novamente dei mais alguns selinhos nela, nem aí pra nada.

- Cê nem tá gostando que tô te dando mole, né? - Fiz cara de dúvida pagando de doido.

- Se eu tô gostando? - Ela concordou - Feliz eu tava se tu tivesse me dando outra coisa - Sem esperar ela me deu um tapinha no ombro, que até doendo um pouco - Ai caralho.

- Você merece por ser pervertido - Eu ri e ela fingiu cara de seria.

- Eu sou sincero e você sabe disso - Ela ficou calada - Tira essa carinha de seria ae, vai! - Comecei da alguns selinhos nela, que virou o rosto e os beijos foi parar na sua bochecha.

- Que fome - Do nada ela soltou e me olhou na hora.

- Você não tem fundo? Você vive comendo cara - Ela deu de ombros nem aí - Quer ir agora mesmo? - ela concordou rápido me fazendo ri - Então bora, vou só falar alí com o Fernando - Ela concordou e eu soltei dela indo até onde o meu irmão tava.

Falei que já ia embora e ele disse que tava tudo tranquilo e que se virava pra ir embora com a Elle, que também preferiu ficar. Dei um tchau pra geral, falei com o Bruno, dono da casa e chamei a Lis indo pro carro.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora