Capítulo 15

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Felipe 👽

Tomei aquele banho bem maneirinho, deu até vontade de ficar jogado na cama e hibernar, mas só de lembrar que tenho que novamente trabalhar, chega bater até um desanimo.

Coloquei só uma bermuda de moletom, peguei meu celular e voltei pra sala encontrando a Lis intertida mexendo no celular, mas assim que sentiu minha presença ela bloqueou o celular e me olhou.

- Como é bom tomar uma ducha véi - Ela riu e me olhou negando com a cabeça.

- Primeiramente que hoje não é sábado e segundo, você não precisa fingir que gosta de banho só por que tô na sua casa - mandei o dedo médio e ela gargalhou.

- Tá muito folgada já pô, se liga que você tá na casa do seu chefe - ela deu de ombros e eu me joguei no sofá ao seu lado.

- Chefe dentro da empresa, fora é só um coleguinha de classe - Espremi os olhos e ela riu novamente.

- Tá se achando demais - Negou com a cabeça - Vamos começar? - ela concordou fazendo careta - Mas antes - Levantei e fui até a adega que tinha no canto esquerdo da sala, abrir um vinho e peguei duas taças voltando pro sofá e sentando no mesmo, coloquei as taças na mesa e coloquei o vinho e estendi na direção dela.

- Beber enquanto trabalha? - Ela fez uma careta e eu ri concordando - Não da muito certo, não acha?

- Vinho não mata ninguém - Ela revirou os olhos e pegou a taça dando um gole, coloquei pra mim e também fiz o mesmo que ela. Começamos os trabalhos e eu peguei o notebook pesquisando algo que fosse útil no processo.

Depois de horas tentando achar algo útil, joguei os papéis em cima da mesinha de centro e joguei meu corpo pra trás no sofá.

- Chega, já deu - Falei chamando a atenção dela pra mim que riu e pegou sua taça dando um último gole, essa é a segunda garrafa que nós secamos.

- Também tô cansada - Ela levou as mãos até o cabelo e fez um coque deixando ele um pouco folgado, fazendo ela ficar sexy.

- Você deveria usar mais coques, cê fica bem - Se sóbrio já sou sem vergonha na cara, imagina com um pouco de álcool no sangue.

- Obrigada, mas você deveria dizer isso pra sua namorada - Eu ri e ela me olhou sem entender.

- Namorada? Qual? - Ela deu uma risadinha e cruzou as pernas, sacanagem das grandes ela fazer isso com aquela saia torando na sua coxa.

- A sua uai - Neguei e ela ficou me encarando - Vai dizer que não tem?

- Tinha - Ela na hora levou a mão até a boca tampando a mesma - Fica sussa, isso não me incomoda mais.

- Desculpa mesmo, não sabia disso - Dei de ombros e logo a gente se calou um pouco.

- Como sabia que eu namorava? - quebrei o silêncio olhando pra ela, que demorou um pouco pra responder olhando pra mim e pra mesinha de centro.

- Comentários que rola em grupo de amigos, acho que ouvi o Caio e o Davi comentando - Fiz um "Hum" com boca e dei uma risada silenciosa.

- Bom saber que andam comentando sobre mim, e você se interessa - Ela negou com o dedo e eu ri ainda mais.

- Me interessar em que, uai? Só ouvi e pronto - Continuei rindo e ela me olhou séria - E você, já ouviu de mim no nosso grupo de amigos?

Bom, e que comece os jogos, se ela desse brecha eu com certeza não ia recuar.

- Já sim pô - Ela me olhou com cara de "Surpresa" e eu baixei a cabeça rindo.

- Sério? - Concordei - O que andou ouvindo sobre minha pessoa por ia? - Eu olhei pra ela já com um sorriso divertido.

- Várias coisa - Ela riu e me olhou com cara de mais curiosa.

- Escutou aonde? - Dei de ombros e fiz sinal de rendição - Conte, esconda nada não.

- Faculdade toda fala de tu - Ela concordou e eu fiz careta - Já ouvi que você é gata, gente boa, maneira, uma amiga top e... - Fiz suspense e ela me olhou séria segurando o riso - Que beija bem pra caralho.

- Mentira, né! De quem você ouviu isso? - Fiz sinal de rendição novamente - Agora diga.

- Sei quem foi não, são apenas boatos - Falei e ela gargalhou - Mas é verdade a última parte? - Ela apoiou o queixo na mão e deu uma risada mordendo o lábio inferior.

- Pra que quer saber, se interessou? - Balancei a cabeça concordando e ela negou rindo - Parou a brincadeira, né!

- E quem disse que eu tô brincando? - Ela riu novamente e diria que ficou um pouco sem graça - Quando alguém pergunta algo a mim eu entendo que é por que tem interesse em saber sobre aquilo que perguntou - Ela me encarou seria por longos segundos.

- E como vou saber se beijo bem, eu não me beijo pra saber uai - A vez de ri foi minha - Mas por que a pergunta?

- Curiosidade - Ela Murmurou um " Hum" baixinho.

- Vamos voltar o foco pros papéis? - Concordei e pegamos mais algumas coisas pra vê. Na verdade eu já estava bem cansado, mas ainda dava pra dar uma revisada rápido em algumas coisas.

A Lis ficou pesquisando algumas coisas, enquanto eu fiquei olhando e tentando entender mais alguns capítulos daquele processo.

- Olha o que achei aqui - A Lis falou chegando mais perto e estendendo um papel na minha direção. Assim que ela negou perto, deu pra sentir o calor de seu corpo e um pouco do cheiro do seu perfume doce, mas não enjoativo - Aqui diz que ele batia nela e que ela era amordaçada todos os dias assim que ele saia pra trabalhar pela manhã - Ela passou a caneta em cima do parágrafo que dizia isso.

- Uhum... - Assim que ia falar o cabelo de desfez totalmente do coque que a pouco tempo atrás estava soltando, e caiu em seu rosto, empatando um pouco de lê o papel - Teu cabelo tá atrapalhando, pera aí... - Peguei algumas mechas de cabelo que tinha caído em seu rosto e coloquei todo atrás da orelha. Era pra me tirar a mão dali, mas acabei fazendo uma leve carícia em sua orelha com a ponta dos dedos, fazendo ela me olhar no olho de volta.

Foi muito instantâneo a forma que minha respiração pesou um pouco, e vê que ela tava alí na minha frente, com aquela boca rosada me chamando atenção foi uma tentação. Intercalei o olhar de sua boca e seus olhos por alguns segundos e sem esperar muito, desci minha mão pro seu pescoço e puxei a mesma pra mim colando nossos lábios.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora