Capítulo 51

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Lis ✨

Peguei a minha blusa e coloquei me arrumando, enquanto o Felipe já estava pronto me olhando e mordendo o lábio inferior.

- Dá pra você parar com isso? - Falei pela vigésima vez e ele riu levantando e vindo me agarrar.

- Não dá pra parar de babar em você cara - Assim que ele falou baixei minha cabeça rindo com vergonha - Mentira que você tá com vergonha, ah caralho eu nasci pra vê isso.

- Deixa de ser besta Felps. - Dei um tapinha leve nele e ele riu segurando meu queixo e dando um selinho. - Precisamos voltar Lipe.

- É, eu sei e não tô nem um pouco feliz com isso. - Ele bufou segurando minha cintura com uma mão só. - Se bem que depois de um chá desse, eu vou trabalhar animadíssimo.

- Cara, deixa de ser assim. - Eu dei uma risada e ele deu de ombros. - Deixa eu te perguntar, aquilo de você falou, foi real?

- O que eu falei? - Ele fingiu arrumar a gravata e me olhou com cara de "?"

- Ah, vai se fazer agora? - Já olhei seria pra ele que ficou sério, mas logo não aguentou e riu.

- Você precisava vê sua cara - Fiz careta pra ele que se aproximou novamente. - E sim, tudo o que eu falei é verdade. Você fudeu o meu psicológico.

- Perdeu a postura de bandido mal, bebê? - Eu tirei uma com a cara dele que concordou com a cabeça.

- Perdi a postura, o juízo, você fudeu com tudo loirinha, pode se achar. - Ele riu e eu joguei meus cabelos por cima do ombro.

- Vou nem dizer com o que fudeu, vai parar de se achar mais nunca. - Ele gargalhou e puxou um pouco as pontinhas do meu cabelo beijando meu pescoço. - Bom, agora temos que voltar, né?

- Aah, só você pra lembrar isso. - Ele Murmurou e eu neguei com a cabeça com o drama, puxei ele até a porta e saímos voltando pra sala normal.

- Boa tarde, Sr. Felipe! - Fingir formalidade só pra provocar o mesmo, ele riu e passou por mim dando um tapa forte na minha bunda que me fez pular um pouco.

- Uma boa de uma bela tarde, Sra. Lis! - Ele disse arrumando seu terno e eu abrir um mini sorrisinho, voltando realmente pro trabalho.

FELIPE 👽

Trabalhar foi um pouco difícil, depois da minha conversinha com a Lis alí no canto, pior mesmo é olhar pra ela e vê que mesmo sem ser proposital, ela acaba provocando quando faz as coisas mordendo o lábio inferior e quando cruza as pernas, deixando uma boa parte amostra na minha direção.

Alguém bateu na porta e logo depois abriu a mesma colocando a cabeça no espaço que sobrou, olhei e vi ser a Barbara, uma amiga antiga da empresa que já não trabalha mais aqui um bom tempo.

- Mentira que tô te encontrando novamente. - Ela entrou na sala e veio logo me dá um abraço. - Quanto tempo não te vejo cabeçudo.

- Ih, olha lá a anã de volta. - Ela civilizadamente me mostrou o dedo médio e eu ri dando uma tapinha na sua testa. - Veio matar a saudades do lindo aqui?

- Lindo? Aonde que não vejo? - Ela fingiu procurar um pouco e depois me olhou e eu revirei os olhos pra ela. - Mas véi, quanto tempo que a gente não se esbarra nem nas festas por aí.

- Pois é, depois que o pai tomou rumo na vida, não tem tempo pra rolê não filhona. - Falei fingindo ficar sério.

- Tenho minhas dúvidas, mas... - Ela deixou no ar olhando toda minha sala e só aí reparou na Lis sentada digitando algo no computador - Secretaria nova?

- É né! - Falei rindo e ela gargalhou chamando a atenção da Lis.

- Mano, eu já vi rodízio de comida, agora de secretaria é a primeira vez. - Neguei com a cabeça olhando pra Lis que fez uma careta pra mim sem a Barbara vê.

- Bom, Lis essa é a Barbara, ela já trabalhou aqui bastante tempo, e bárbara, essa é a Lis minha secretária. - A Lis educadamente levantou e veio até a gente cumprimentando a Barbara.

- Olá, prazer! - A bárbara levantou e apertou a mão da Lis, as duas se cumprimentaram e depois sorriram. - Mano, você é muito linda.

- Ah, que isso! Obrigada, você também é muito Maravilhosa. - A Lis meia tímida falou e a Barbara me olhou e eu já até entendi o que ela quis dizer, neguei com a cabeça e a Barbara apertou um pouco os olhos.

- Você era modelo ou algo do tipo? - A Babi perguntou a Lis que negou se sentando na cadeira ao lado.

- Eu nem jeito pra isso tenho, então não. - Ela riu colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Ah, para né! Você é perfeita, daria uma bela modelo pra umas fotos. - A Lis negou novamente. - Aliás, eu trabalho com foto, o que acha de experimentar uma vez essa vida de modelo?

- Ah... Eu? - A Lis me olhou e eu fiquei encarando o quanto sua bochecha estava vermelha com vergonha - Ah, não sei não hein!

- Ah, Lis né? - Ela concordou - Vamos fazer assim, eu tenho meu cartão aqui. - A barbara puxou um cartão da bolsa e entregou a Lis. - Caso você pense e queira, é só ligar que a gente acerta tudo direitinho.

- Ah, tudo bem então, prometo pensar direitinho. - A Lis sorriu tímida mais uma vez e depois levantou saindo e voltando pra sua mesa.

- Caralho, que mulher é essa, Felipe! - Eu ri do espanto que ela fez. - Você já pegou, né seu cachorro?

- Eu? Ah, pronto, agora vai sobrar pra mim! - Fingir um drama.

- Aham, você pensa que engana. - Dei de ombros. - Eu pegava essa mulher, puta que pariu.

- Lá vem ela com o espírito bissexual, fudeu! - Ela me olhou rindo e logo deu de ombros.

- Não vem não, você que se cuide pra eu não pegar a nega que cê tá pegando. - Ela riu e olhou pra baixo quando o celular dela vibrou, logo levei minha vista pra Lis, que estava me encarando e acabou revirando os olhos e apontando pro cartão, eu ri silenciosamente ficando na minha.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora