Capítulo 30

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Lis ✨

Resolvi sentar numa cadeira que tinha alí perto, estiquei as pernas colocando em cima de outra cadeira e peguei meu celular pra mexer um pouco.

Respondi algumas mensagens no insta, vi alguns story e depois fiquei passeando no feed só pra passar o tempo.

- Ué, já cansou? - Tomei um susto quando ouvi a voz do tal Matias e logo em seguida a risada dele - Calma, calma loira.

- Caraí, chega assim não - Respirei e levei a mão até o peito olhando pra ele pegar uma garrafa de Stella na freezer e depois se apoiar no murinho de frente pra mim.

- Cansou já? - Concordei bloqueando o celular e colocando ele na minha perna - Mas já? E o show lá na pista pô?

- Ata cara - Dei uma risadinha sem graça, não gosto muito que me elogie eu dançando - Cê é amigo do Bruno?

- Não só do Bruno, do Davi e do Caio - Fiz um coque e cruzei os braços por causa do frio.

- E do Felipe? Conhece ele não? - Ele abriu um sorrisinho e concordou - Mas não se dá bem com ele? - Ele me olhou sem entender - É por que cê disse que era amigo de todos os meninos, dele... - Ele riu e Murmurou um "Aaah"

- É que aquele mané é meu primo pô - Olhei rápido pra ele e buguei por alguns segundos - Por que todo mundo faz essa reação quando digo que sou família dele?

- Sei lá, o Felipe não é o tipo de cara que sai por aí com família, a não ser que seja o Fernando - Ele afirmou bebendo sua cerveja.

- Felipe é meio difícil de entender mesmo - E coloque difícil nisso, pensei eu - Mas é um cara massa as vezes.

- Tendi - Abrir um meio sorriso e ficamos calados por alguns segundos.

- A Elle eu conhecia, mas você... - Ele deu uma olhada pra mim ficando em silêncio - Que loira é essa meu amigo.

- Ah, que isso. Obrigada - Abrir outro sorriso simpático - Cê também é mó gatinho.

- Cê achou? - concordei - É, até que quando eu corto o cabelo e dou aquela arrumada, dá pra disfarçar a feiúra.

- que nada, deixe disso homi - Ele riu do jeito que falei e pegou uma cadeira vindo se sentar ao meu lado - Faz faculdade?

- Fazia, tranquei - Ele disse - Resolvi fazer algo que realmente eu gosto - Ele apontou pro corpo e eu fiquei meio sem entender e ele percebeu, pois, deu uma risadinha baixando a cabeça - Não dá pra perceber que gosto de tatuagem? - Aí sim, entendi. Lerda talvez.

- Mano, sou um pouco lerda, desculpas - Eu disse pra ele que negou com a cabeça fingindo não ligar - Resolveu ser tatuador? - Ele concordou - Sério? Que maneiro cara.

- Pois é, por isso sou um gibi - Eu dei uma risada secando minha lata e colocando no chão - Vai mais uma? - Olhei pra ele sem entender e ele apontou pra lata, concordei e ele levantou e pegou mais uma lata me entregando.

- Quer me vê dar PT, né? - ele negou.

- Que nada, tenho certeza que cê não tá fraca pra bebida - Concordei abrindo a lata e já dando aquela golada boa - Gosta de tatuagens? - Fiz uma caretinha - Ele me olhou e pareceu não acreditar - Mentira, vai dizer que não gosta.

- Tenho nada contra, mas não sou lá a maior fã de tatu - Ele me olhou e continuou não parecer acreditar, fiz sinal de rendição e ele riu.

- Meio estranho, as pessoas que converso ama tatuagem - Dei um gole na breja e continuei olhando pra ele - É né, gosto é gosto e não se discute - concordei coçando a nuca -  Mas como você é branquinha, uma tatu no seu pulso ia ficar do caralho - Eu ri da forma empolgada que ele falou.

- Pelo visto você realmente é louco por tatuagem - Ele riu - Já pensei em fazer, mas não e certeza.

- Faz pô, quem sabe tu se amarra e faz mais - Fiz cara de dúvida pra ele - Vamos fazer assim, cê me dá seu número e quando você quiser aparecer lá no studio, você marca um dia e vai - Dei uma risada um pouco alta da forma meia indireta que ele pediu meu número, pelo menos usou algo bom.

- É, quem sabe um dia eu chegue lá - Ele concordou, peguei o celular dele e salvei o meu contato. Até por que sempre é bom fazer amizades, se é que vocês me entendem.

Ficamos conversando por mais alguns segundos, depois chegou o Caio chamando a gente pra jogar alguns jogos que a galera tava afim. Resolvi ir só pra vê, tava já afim de vazar pra casa.

Eitaaaa ressaca, amanhã você vai morar em mim.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora