Capítulo 34

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Fernando 🔥

Quando deu uma e quarenta da manhã, decidir vazar, tava com a cabeça um pouco doendo já e só pensava na minha cama depois de uma ducha.

Falei com todos e depois fui descendo as escadas da casa do Bruno, quando no quintal da casa dele, vi de longe alguém vomitando na mini grama que tinha alí. Espremi bem os olhos e deu a em pressão de ser a Elle.

Como não foi certeza se era ela, pra falar a verdade eu não sabia nem onde a garota estava, deixei pra lá e fui seguindo meu caminho, mas parei novamente quando ouvi a voz dela.

- Ah, que droga - Olhei pra trás e tive a certeza ser a Elle pela voz dela - Atende Lis, caralho - Ela disse digitando algo no celular.

- Elle? - Falei enquanto ia me aproximando dela, que me olhou e também veio chegando perto.

- Ah, Oi Nando - Ela falou enquanto ainda olhava algo no celular.

- Precisa de algo? - Ela negou e deu um mini sorriso - Certeza? Vi você falando o nome da Lis - Ela novamente negou, ela foi andar de um lado pro outro, quando acabou cambaleando e eu me aproximei segurando ela - Caralho, você tá bem?

- Ah, me deixa - Vi que dessa vez sua voz saiu um pouco boloada, acredito que muito bêbada - Seu irmão levou a minha irmã me deixando sozinha - Ela riu me encarando e depois voltou sua atenção ao celular.

- O que você bebeu cara? - Ela me olhou e fez bico dando de ombros, o que me fez ri achando a situação engraçada - Vou chamar um Uber, qual endereço do apê da sua irmã mesmo? - Ela novamente fez careta nem aí - Sabe pelo menos o endereço da casa do seus pais - Ela negou rápido com a cabeça fazendo careta.

- Não, não, lá não podeeeee - Ela falou negando com o dedo, segurei novamente sua cintura e peguei meu celular ligando pro Davi.

☎️

Davi: Alô?

- Davi, dá pra você descer aqui no quintal Rapidão?

Davi: Aconteceu algo?

- Não, mas se você puder descer aqui...

Davi: Belê, já já marca dois.

- Valeu

☎️

Desliguei a chamada e guardei o celular no bolso, olhando a Elle mexendo em algo em seu celular já sentada no chão, parecia criança mimada.

O Davi não demorou nada pra chegar e assim que ele viu a cena, chegou perto já juntando a sobrancelha sem entender nada.

- Priminho, você não me abandonou - A Elle deu um gritinho quando viu a presença do Davi, fazendo eu e ele ri da situação.

- O que porra é isso? - Ele apontou pra ele no chão e eu dei de ombros, também sem entender nada.

- Tava indo pra casa, quando desci por aqui, vi ela dando um PT alí no canto - Ele baixou a cabeça negando e depois me olhou novamente - O que é irmão?

- O que você vai fazer? - Olhei pra ele juntando a sobrancelha - Ah, eu sou primo dela mas não babá tá.

- E eu conheço ela faz nem cinco meses - Ele novamente riu da situação - Onde é o endereço da casa da irmã dela? Eu peço um Uber e deixo ela lá.

- Cadê a Lis, já ligou pra ela? - Neguei - Ah, agora sim tudo vai ficar resolvido.

Ele pegou seu celular e começou ligar pra Lis, mas pelo visto deu em nada - Caixa postal - Ele falou guardando o celular novamente - Elle, você tem a chave da casa da sua irmã, né?

- Não sei, ela me abandonou priminho - Ela falou com cara de choro e eu segurei pra não ri, nem eu tava 100% bem.

- Assim fode - O Davi pegou a bolsa da Elle e catou algo dentro, até achar uma chave e sacudir no ar pra me vê - Aqui a chave da casa da Lis.

- Sim, e o que eu tenho a ver? - Perguntei sem entender o que ele queria dizer.

- Você pede um Uber pra ela, deixa ela lá no prédio da irmã dela e tudo certo - Olhei pra ele óbvio e ele ficou me encarando.

- Tá e por que você não faz isso? - Ele negou terminando de beber algo.

- Não dá, não trouxe o carro e amanhã não vou pra faculdade, por que tenho que acordar cedo - Ele parou de falar por alguns segundos - Bom, se eu for dormir né!

Ele sem me deixar falar, saiu deixando eu sozinho com ela, tava afim de matar esse garoto. Olhei pra Elle no chão que tava arrancando algumas gramas do chão, bem intertida.

Peguei o meu celular, chamei o Uber e sentei ao lado da Elle ela esperar o Uber chegar.

- Eita dona Elle, vai ficar me devendo uma hein - Falei mais pra mim do que pra ela - Tá sentindo alguma coisa? - Perguntei quando vi ela colocar a mão na barriga e fazer careta.

- Aí, meu estôm... - Sem esperar, só sentir o jato do vômito na minha camisa, olhei pra Elle e juro que não enxerguei ela na minha frente.

- Caralho - Olhei pra ela que fez careta mordendo o lábio inferior - Oh porra, virava pra lá.

- Desculpas - Ela disse baixo olhando pro lado.

Meu celular subiu uma notificação e eu peguei o mesmo vendo que já era mensagem do motorista, dizendo que chegou.

Levantei, ajudei a Elle levantar e fui ajudando ela até fora da casa, abrir a porta do carro e coloquei ela dentro veículo, entrando logo em seguida. É claro que não iria deixar ela nesse estado, sozinha a essa hora e dentro de qualquer carro.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora