Alexandre
Parece que me dei bem com as crianças. Elas eram levadas mas amorosas. Eu não queria sair de perto delas, mas tinha que ver como Sofia estava.
Segundo os médicos, ela estava bem e estável, estava com um problema cardíaco e provavelmente com níveis de stress e ansiedade altos, mas com medicação e alguns cuidados ficaria bem.
A médica dela, Débora, ligava para o hospital todos os dias para saber dela e das crianças, isso me incomodava, pois sabia que ela devia dar informações para Rodrigo, mas pelo menos ele continuava longe e eu sabia que ele não ficaria longe por muito tempo.
- Augusto, nós precisamos conversar
- Sim, eu estou tentando manter tudo sob controle para que você possa cuidar da sua família.
- Mia famiglia.- Eu testei as palavras nos meus lábios. - eu não acredito que Sofia esteja de volta.
- E ela voltou por você. Como você se sente?
- O homem mais feliz do mundo, como se o tempo não tivesse passado.
- Que bom, mas você sabe que não é assim... quer dizer... você não pode...
- Prende la a mim?
- Alexandre, pelo amor de Deus, você não pode mante-la refém de novo! Eu jurei a ela pela minha vida que não iria permitir isso
- E agora você é o Don...
- Não se trata disso! Você sabe muito bem porque eu tive que aceitar um lugar que não é meu...
- Calma, irmão... eu sei... e não pretendo mante-la como refém... Mas eu vou conquistar essa mulher!
- Ai sim! Senti falta da sua determinação! O que você tem em mente?
- Primeiro, fazer com que ela acorde, e depois, fazer o que ela quiser! -
- Sr. Forregianni, por favor! - a enfermeira me chamou. Eu não era tão atencioso como ela e não sabia o nome dela.
- Algum problema?
- Sua esposa acordou! - eu fui correndo em direção ao quarto, deixando-os para trás e falando sozinhos.
Entrei no quarto mas parei um segundo antes de cruzar a porta, eu tinha que fazer tudo certo dessa vez. Respirei fundo, ajeitei os ombros e entrei sorrindo.
- Bella mia! Você voltou!
- Alexandre - ela deu um sorriso tímido para mim e claro, tentou levantar - Onde estão as crianças?
- Elas estão bem! Muito bem! Estão no quarto aqui ao lado, mas só para ficar perto de você. Elas estão muito bem de saúde. - tentei impedir que ela se levantasse. Eu tremia um pouco e senti medo de que ela me rejeitasse, mas a segurei para que não se levantasse. - Calma bella, devagar! Não me dê outro susto desse! Eu não posso cuidar delas sem você.
O sorriso dela foi maior dessa vez. Ela voltou a se deitar. E ela não me rejeitou.
- Me ajude a sentar e me traga elas, por favor.
- Claro - eu a ajudei a se sentar - eu vou traze-las, mas primeiro vou chamar o médico.
- Mas eu estou com saudades!
- E elas de você. Façamos o seguinte, chamo o médico e peço para Augusto ir buscar. Mas procure ficar calma, ou o médico não vai te dar alta.
- O que houve? - ela perguntou mas colocou a mão no peito. - Olhei para a enfermeira e fiz um sinal para que ela nos deixasse a sós. Fui ousado novamente, me sentei na lateral da cama e me virei para olhar para ela.
- Quando você ia me contar?
- Alexandre... eu... eu juro que tentei... mas... - acariciei o rosto dela, não queria brigar, não estava bravo, ela pareceu ficar aflita.
- ei! Está tudo bem!
- Você não está bravo?
- Claro que não bella, eu nunca fui tão feliz na minha vida!
- Eu queria te contar, mas eu estava com muito medo! Eu sabia que teria que te contar... eu te mostrei as fotos porque não sabia como dizer... e você achou que eram de Rodrigo! - eu ri, eu fui mesmo um idiota.
- Era tudo o que eu mais sonhei na minha vida... eu não ousei sonhar que seriam meus... eu ficaria devastado se não fossem...
- Eu estive fora por um longo tempo, está tudo bem você ter dúvidas, se você quiser fazer um exame de paternidade, não vou me opor! Por que você está me dizendo isso? eles são a minha cara!
- Sim, eles são você em miniatura, até mesmo na personalidade! Mas está tudo bem quanto ao exame! Quero que eles tenham pai e mãe e que nos tenhamos uma boa convivência.
- Eu estou todo sujo de cocô! - ela riu, como senti saudades da risada dela. - No que depender de mim, vou fazer o possível e o impossível para que tenhamos a melhor convivência do mundo!
- Eu não me refiro a sermos um casal... - eu nem esperei ela terminar de dizer, e dei um bejinho casto nos lábios dela.
- Ah sim querida eu sei o quanto podemos nos dar bem. - ela ficou séria, mas não me empurrou.
- Alexandre!
- Eu sei que temos muito o que resolver, e nós podemos. Se você me der uma chance. Eu sei que fui um idiota, um imbecil e não sabe o quanto lamento... eu prefiro morrer a fazer você sofrer de novo. Mas você me deu uma nova chance na vida. Por favor, me dê uma outra chance de ser seu homem.
- Ale... nós temos muitos assuntos para resolver entre nós, e entre outras pessoas que afetam a segurança dos nossos filhos, mas eu não duvide que você consiga resolver todas. Mas vamos nos focar nesse momento nisso? Em manter nossos filhos em segurança?
- Claro amore, é que eu eu posso fazer os dois! - peguei a mão dela e a beijei, e claro, beijei os lábios dela de novo, e antes que ela me enxotasse de lá, o médico entrou.
O médico era um excelente cardiologista trazido de Milão para examiná-la, junto com a equipe do hospital. Nós já tínhamos conversado antes, mas ele quis vir olha-la depois que ela acordou.
Ele queria sugerir que ela fizesse uma cirurgia para corrigir uma falha entre o átrio e o ventrículo, mas como imaginei, ela disse apenas que iria pensar no assunto. O que queria dizer que a resposta era não. E eu compreendia, ela não se colocaria em situação de risco e deixar os filhos sozinhos. Mas eu tinha esperança de ser um pai maravilhoso e assim ela sentir se mais segura para se cuidar mais.
O tal médico era jovem e comecei a sentir ciumes da forma como ele falava com ela, muito atencioso e ela cheia de sorrisos. Principalmente quando ele começou a examina-la pelo decote da camisola para auscultar o coração. sabia que teria que me controlar se quisesse te-la de volta.
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Eu te faço livre
RomanceContinuação do livro "Me faça sua, me faça livre!". Aqui continuamos a história improvável de Alexandre e Sofia. Nesse momento Sofia sabe o preço que pagou para ter seus filhos e o quanto custou viver um amor de sonhos. Agora ela precisa lutar para...