Augusto e eu seguimos para uma pista de voo irregular. Era usada para transportar coisas e pessoas que não deviam estar sendo transportadas.
Rodrigo aparece quando estou prestes a entrar no avião e ouço seu grito de longe. Eu o olho, e sinto tristeza por deixá-lo, por ele ter sido outro engano meu.
Quando finalmente entro, Augusto me olha e há tristeza em seu olhar. Ele segura dois bebês enquanto um homem que não conheço ajeita o outro na cadeirinha.
- Eu sinto muito Sofia, pela bagunça que fiz na sua vida.
- Não sinta, me ajude a arrumar.
- Me diga o que posso fazer.
- Primeiro quero que cuide e seja o padrinho deles.
- O padrinho deles?
- Sim, seja o Don deles. - digo sorrindo. - tudo o que eu quero é que eles possam crescer em paz, ser crianças, ter a infância que você teve.
- Eu entendo. Juro pela minha vida.
Nós nos abraçamos e Augusto está apaixonado. Nos sentamos depois de um tempo abraçado, nos soltamos pois o avião vai decolar.
- E então?
- Vamos lá. Nos sentamos na mesa e ele nos serve uma bebida. Eu apenas tomo água.
- Primeiro preciso garantir que eles estejam aquecidos, alimentados e seguros.
- Certo, posso cuidar de que eles tenham tudo o que precisam.
- Se algo me acontecer também.
- Eu vou cuidar deles. Você vai dizer a Alexandre
- Vou, e preciso que ele aceite que ele não pode tomar meus filhos de mim
- Mas você sabe que ele vai querer fazer parte da vida deles.
- Sim, sem problemas, não vou me opor. Mas quero que eles sejam crianças normais. ralem os joelhos, não vivam cercados de excesso, tenham limites e noção de certo e errado. E sei que vai ser difícil para ele me perdoar.
- E você conseguiu perdoá-lo?
- Digamos que podemos colocar uma pedra em cima disso.
- Você ainda o ama?
Eu não sei o que responder. penso por um segundo. fecho meus olhos e respiro fundo. Olho para meus filhos, que estavam em sua cadeirinha.
- sim.
- oh meu Deus! Eu sabia! Eu sempre soube!
- calma ai teenager!! Isso não quer dizer nada, apenas sou sendo honesta a sua pergunta. - ele faz uma celebração espalhafatosa e toma um longo gole de uísque. - quando nós convivíamos, ele gostava de tomar vinho. O trabalho estava pesando sobre ele.
- Tenho alguma chance de ele não me amarrar a cama e me manter drogada e presa a ele?
Augusto me olha surpreso. Intrigado.
- É esse seu medo?
- Ele toma tudo de mim. Ele me tira a vida sem me matar. Eu não quero mais fugir, mas eu não consigo ficar perto dele sem me perder.
- E se ele não aceitar?
- Eu vou enfrentá-lo até o fim.
- Sofia...
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Eu te faço livre
RomanceContinuação do livro "Me faça sua, me faça livre!". Aqui continuamos a história improvável de Alexandre e Sofia. Nesse momento Sofia sabe o preço que pagou para ter seus filhos e o quanto custou viver um amor de sonhos. Agora ela precisa lutar para...