- Como você está?
- O que está acontecendo?
- Eu prometo que vou te explicar tudo ok? Por hora preciso que confie em mim. Você sabe quem eu sou?
- Claro que sei! Você é minha esposa! Como eu poderia não saber quem é você?
- Como é meu nome?
- Sofia!
- ótimo
Continuei a examiná-lo, com calma. os momentos de lucidez estavam ficando mais frequentes e durando mais, logo poderíamos realmente conversar.
- Está com sede? - ofereci para ele um copo de água com canudo, ele aceitou mas sem tirar os olhos de mim. Eu tinha me esquecido como o olhar dele era intenso.
- Me Desamarre.
- Ainda não.
- Me desamarre agora! Eu estou mandando! - e lá se foi nosso momento de paz. Ele não quis mais tomar água e começou a se debater na cama. Parei ao lado dele e fiquei olhando para ele enquanto ele fazia pirraça como uma criança. Ele parou depois de alguns minutos. Gustav e Enrico terminaram tudo por ali e saíram nos deixando a sós.
- Você vai se arrepender! Eu vou te matar! Você não pode me manter preso aqui como um animal! Eu vou te matar! - eu não me importava com os xingamentos e as ameaças, eu estava preparada para isso. Mas quando ele ficava delirando era realmente muito difícil para mim.
- Quem é você? - minha pergunta pareceu surpreendê-lo e ele parou por alguns segundos.
- Ora, você sabe quem eu sou.
- Vamos, me diga seu nome.
- Sou Alexandre Giovanni Foreggiani. - Me aproximei dele e comecei a limpar o suor do rosto dele.
- E como é meu nome inteiro?
- Sofia Caroline Foreggianni.
- Sabe por que está aqui?
- Não - ele começou a me olhar desconfiado.
- Sabe o que está acontecendo aqui?
- Não... mas você matou aquele homem.
- Sim, matei.
- Por que?
- Porque ele iria te machucar.
- Você me salvou- ele ficou em silêncio por alguns instantes, depois recomeçou a gritar - Me solte!!
- Eu vou te soltar, mas preciso ter certeza que você está bem.
- Me fala, o que está acontecendo? Eu não te achava... você tinha sumido... Oh meu Deus... eu te procurei tanto... - ele começou a hiperventilar e a sentir falta de ar. Eu esperava poder curtir um pouco mais da lucidez dele e não ter que sedá-lo tão rápido.
- Ei! Eu estou aqui. Olhe para mim! Olhe para mim! - eu segurei o rosto dele entre as minhas mãos e o forcei a olhar para mim. - Sou eu! Aquilo pareceu funcionar um pouco.
- Você está diferente! Sofia! é você! Você voltou! Grazie Dio! Você voltou!
- Eu voltei! Você sentiu minha falta!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu te faço livre
RomanceContinuação do livro "Me faça sua, me faça livre!". Aqui continuamos a história improvável de Alexandre e Sofia. Nesse momento Sofia sabe o preço que pagou para ter seus filhos e o quanto custou viver um amor de sonhos. Agora ela precisa lutar para...