Capítulo XXXIV

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       - Como você está?

       - O que está acontecendo?

       - Eu prometo que vou te explicar tudo ok? Por hora preciso que confie em mim. Você sabe quem eu sou?

         - Claro que sei! Você é minha esposa! Como eu poderia não saber quem é você?

        - Como é meu nome?

         - Sofia!

         - ótimo

           Continuei a examiná-lo, com calma. os momentos de lucidez estavam ficando mais frequentes e durando mais, logo poderíamos realmente conversar.

           - Está com sede? - ofereci para ele um copo de água com canudo, ele aceitou mas sem tirar os olhos de mim. Eu tinha me esquecido como o olhar dele era intenso.

           - Me Desamarre.

          - Ainda não.

          - Me desamarre agora! Eu estou mandando! - e lá se foi nosso momento de paz. Ele não quis mais tomar água e começou a se debater na cama. Parei ao lado dele e fiquei olhando para ele enquanto ele fazia pirraça como uma criança. Ele parou depois de alguns minutos. Gustav e Enrico terminaram tudo por ali e saíram nos deixando a sós.

         - Você vai se arrepender! Eu vou te matar! Você não pode me manter preso aqui como um animal! Eu vou te matar! - eu não me importava com os xingamentos e as ameaças, eu estava preparada para isso. Mas quando ele ficava delirando era realmente muito difícil para mim.

         - Quem é você? - minha pergunta pareceu surpreendê-lo e ele parou por alguns segundos.

         - Ora, você sabe quem eu sou.

          - Vamos, me diga seu nome.

         - Sou Alexandre Giovanni Foreggiani. - Me aproximei dele e comecei a limpar o suor do rosto dele.

         - E como é meu nome inteiro?

          - Sofia Caroline Foreggianni.

         - Sabe por que está aqui?

          - Não - ele começou a me olhar desconfiado.

          - Sabe o que está acontecendo aqui?

         - Não... mas você matou aquele homem.

        - Sim, matei.

         - Por que?

          - Porque ele iria te machucar.

          - Você me salvou- ele ficou em silêncio por alguns instantes, depois recomeçou a gritar - Me solte!!

         - Eu vou te soltar, mas preciso ter certeza que você está bem.

         - Me fala, o que está acontecendo? Eu não te achava... você tinha sumido... Oh meu Deus... eu te procurei tanto... - ele começou a hiperventilar e a sentir falta de ar. Eu esperava poder curtir um pouco mais da lucidez dele e não ter que sedá-lo tão rápido.

          - Ei! Eu estou aqui. Olhe para mim! Olhe para mim! - eu segurei o rosto dele entre as minhas mãos e o forcei a olhar para mim. - Sou eu! Aquilo pareceu funcionar um pouco.

          - Você está diferente! Sofia! é você! Você voltou! Grazie Dio! Você voltou!

          - Eu voltei! Você sentiu minha falta!

Eu te faço livreOnde histórias criam vida. Descubra agora