Alexandre entrou e eu tinha me apossado do escritório. Eu tinha perdido o sono e parece que os bebês também. Era por volta das 04h da manhã, eu desisti de dormir, as crianças também, então dei uma mamadeira para eles, fiz eles arrotarem e fui para o escritório de Alexandre.
Coloquei um edredon para eles no chão, dei alguns brinquedos e deixei eles engatinharem. Eles ficaram brincando entre si.
Por volta das 06h, Augusto viu a luz acesa e passou por ela. Ele teve a brilhante ideia de dar canetas para as crianças e elas rabiscaram folhas de sulfite, e saiu. Elas gostaram da ideia e rabiscaram as folhas de sulfite, o chão, as mãos e o rosto, além dos pijamas. Por fim, voltaram a dormir. Ali mesmo, no edredom no chão.
As 9h, Alexandre entrou lá, procurando por nós. Ele estava com a cara amassada e estava ofegante.
- Ah... não imaginei que vocês estivessem aqui.
- Não conseguimos dormir. Se importa de usarmos o escritório? Eles estavam chorando e eu não quis acordar toda a Itália.
- De forma nenhuma. A casa é sua.
- Obrigada, é só por enquanto.
Alexandre ajeitou o cabelo e a calça de moletom que estava caindo. Ele estava sem camiseta e o seu abdômen tão lindo, estava ainda mais trincado e cheio de músculos. Mesmo ele tendo ganhado algum peso depois que ficou limpo, só serviu para dar mais músculos a ele e deixá-lo ainda mais gostoso.
- Parece que alguém andou se divertindo.
- Augusto vai ter que limpá-los depois... ele quem deu as canetas.
- Isso vai sair do rosto deles né?
- Espero que sim!
- O que tirou o seu sono?
- Tem alguma coisa que ainda não encaixa na história toda. Eu quis reler as coisas. Parece que ainda falta alguma peça. E você? Dormiu bem?
- Tive um pesadelo.
- Quer me falar sobre o que está acontecendo?
- Sonhei que Rodrigo tinha levado vocês embora. - antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele se aproximou de mim e me abraçou tão apertado. Ele me puxou para seu peito, me deixando de pé diante dele e me abraçou. Eu fiquei sem reação. Ele enterrou o rosto no meu pescoço e ficou ali me respirando. Eu deixei que ele ficasse pelo tempo que quisesse, até que se acalmasse. Depois de um tempo, ele suspirou e me soltou.
- Quer companhia?
Alexandre pegou os bebês, um de cada vez, e os colocou deitados num divã de veludo que havia no escritório. Ele colocou algumas almofadas para que não rolassem e não caíssem e sentou se ao lado deles.
- Você fica bem nessa cadeira.
- Fico com cara de poderosa não é?
- Você é poderosa. Tudo é seu. Eu sou seu. Está tudo nas suas mãos. - aquilo me deixou desconfortável, eu não queria lidar com nosso relacionamento. Mas ao mesmo tempo fez com que eu me sentisse poderosa sim, a dona do mundo, a dona dele. Amada.
- Alexandre...
- Eu sei... não precisa dizer nada agora. Como eu te disse, está tudo nas suas mãos. Vamos ser o que você quiser, quando você quiser. Eu sei que fui um idiota...
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Eu te faço livre
RomanceContinuação do livro "Me faça sua, me faça livre!". Aqui continuamos a história improvável de Alexandre e Sofia. Nesse momento Sofia sabe o preço que pagou para ter seus filhos e o quanto custou viver um amor de sonhos. Agora ela precisa lutar para...