SOFIA
Convenci Alexandre a me deixar trabalhar. Na verdade, o convenci de duas coisas. Depois de resolvermos as questões com os traidores, Alexandre e Augusto decidiram que poderiam abrir para novos membros.
Um jantar num dos principais restaurantes foi organizado. Nenhuma pessoa poderia se apresentar diretamente a Alexandre, teria que ser apresentado por um amico, alguém que já tivesse algum vinculo com a famiglia, e eu, junto com Sérgio, o meu hacker favorito cuidamos de fazer investigações sobre as pessoas.
Alexandre não queria que cuidasse de nada relacionado a famiglia mas o trabalho era tranquilo, poderia ser feito em casa, com horários flexíveis, além do que, me tranquilizava, pois eu sabia que Rodrigo e Carlos só estavam esperando uma oportunidade.
Terminei bem antes do previsto e entre quase duzentas pessoas, selecionamos setenta pessoas as quais poderiam em algum momento, passar pela iniciação. Antes, os capos iriam conversar com essas pessoas, como uma entrevista de emprego.
Não era comum, mas não eram tempos comuns.
Eu preferi não ir nas reuniões por sugestão de Augusto, os capos deveriam sentir que ainda decidiriam coisas e que estavam no poder, eu já estava fazendo mudanças demais e não queria deixá-los inseguros.
Aproveitei o dia para passar o dia em casa, só curtindo as crianças no jardim e brincando com eles na piscina infantil que Alexandre tinha mandado construir nos últimos dias.
Aquilo me cansou bastante e quando Alexandre chegou, já era tarde da noite e eu já estava dormindo.
Acordei de madrugada com Alexandre deitado ao meu lado, abraçado na minha cintura. Eu acordei estava muito quente e eu me sentia mal, com o calor.
Fui até o banheiro e lavei o rosto, quando fui enxugar o rosto, o vi atrás de mim no reflexo do espelho. Ele podia estar dormindo, falando ao telefone ou mesmo conversando com outra pessoa, mas mesmo assim ele me enxergava, ele me notava. Eu olhava para ele e ele imediatamente me olhava, como se ele estivesse esperando para começar a orbitar em volta de mim.
- você é linda. - eu sorri para ele.
- te acordei?
- não. Está tudo bem?
- Sim, acho que o calor me acordou.
Ele me virou para ele e envolveu minha cintura com seus braços e começou a me beijar. Ele beijava meus lábios como se eu fosse a coisa mais deliciosa que ele provasse no mundo, e eu me senti desejada quando senti o pênis dele ereto.
Alexandre subiu as mãos pela minha cintura e tocou meu ombro, deslizando as alças da camisola de seda que eu vestia. Ele começou a mordiscar a minha orelha, desceu pelo meu pescoço, beijando e mordendo, mas diferente das outras vezes, ela não fazia com voracidade, ele fazia com ternura e carinho, com medo de me quebrar.
Eu sentia falta da firmeza dela, mas eu estava aproveitando o momento, era um misto de carinho, saudade e gentileza, nós estávamos nos reencontrando. E valia o tempo que fosse.
Me erguendo pela cintura, envolvi seu quadril com minhas pernas e ele me colocou em cima da pia do banheiro. Com uma das mãos ele me envolveu e segurou minhas mãos atrás das minhas costas, me imobilizando. Esse era o momento em que ele queria o controle.
Esse ímpeto de ter sempre o controle na cama o consumia, mas eu notava e me divertia o quanto ele tentava se segurar. As vezes, como agora, eu me divertia, disputando o poder com ele. Como se eu quisesse me sentir no controle. Não era na cama que eu queria disputar o poder. Acho nosso equilíbrio era algo delicado e precioso. Ao mesmo tempo que eu queria vê-lo abrir mão do poder e me deixar ser o mais importante, eu tinha medo de ele me oprimir de novo. Se ele abrisse mão de tudo, ele não seria mais aquele a quem eu amava.
Eu também precisava me sentir entregue e vulnerável a ele. Eu precisava confiar nele, me entregar e mesmo assim ele não me tomar inteira, não me transformar numa sombra.
Ao mesmo tempo em que nos abríamos, nos expúnhamos, nós ficávamos fortes, inteiros, completos, vulneráveis. Nós eramos tudo e nada ao mesmo tempo.
Enquanto com uma mão ele me imobilizava, eu também não tentava sair. Quando ele começou a colocar um dedo na minha vagina, eu comecei a me contorcer de prazer. Quando com o outro dedo ele começou a me tocar, abri mais as pernas e joguei meus pés para seus ombros.
Ele já estava pronto e duro e começou a me acariciar com seu membro, eu quis forçar o quadril para senti-lo dentro de mim, mas ele ria, ele queria era me torturar. Eu tentei passar minhas pernas pela sua cintura, mas ele se ajoelhou e começou a me lamber.
Por mais que eu pedisse, ele se divertia em retardar o meu prazer, mas quando eu senti o orgasmo crescendo, eu não lutei contra, eu deixei vir. Eu sentia sua língua e seus dedos explorando todo o meu corpo e o prazer cresceu até explodir e me amolecer.
Quando comecei a normalizar a minha respiração, ele me puxou, me colocando de pé, de costas para ele. Ele me fazia como sua boneca. Então ele colocou, me penetrando, dessa vez com firmeza e com ritmo. Eu não conseguia controlar os gemidos que saiam de mim. Ele envolveu minha cintura e sem perder o ritmo ele também estimulava meu clitóris e ele estava muito sensível. Não demorou até sentir que ele estava quase gozando.
E assim, os dois no controle, os dois vulneráveis, nos gozamos juntos enquanto ele gemia na minha orelha e mordia meu ombro.
Acordei muito relaxada, descansada e satisfeita, notei que estava sorridente. Como era maravilhoso me sentir tão amada daquela forma, em todos os níveis. Apesar de muito feliz, sentia um pouco de tontura e falta de ar. Que calor era aquele! mesmo diminuindo a temperatura do ar condicionado eu ainda me sentia com falta de ar! Toquei em Alexandre que começava a despertar e ele estava com a pele gelada.
- buongiorno!
- Buongiorno bella! parece que acordamos em um iglu! - eu ri
- eu estava com calor
- notei!!
Ele me puxou com carinho para perto dele, começou a beijar todo o meu rosto, até os meus olhos, depois desceu para meu pescoço, ombros e eu comecei a ficar excitada. Mas também comecei a ficar com falta de ar e com tonturas. Meu primeiro pensamento foi que eu poderia estar grávida. Tentei disfarçar mas Alexandre notou.
- que foi bella?
- nada amor.
- Bella? - ele sabia que não era nada - ele me olhou nos olhos e eu não tive coragem de desviar o olhar.
- acho que estou cansada ainda... esse calor esta me causando mal estar - ele ficou olhando para o meu rosto e me medindo, como se estivesse me examinando.
- quer que eu chame um médico?
- não é necessário, eu vou tomar um banho e já vou melhorar.
- acho que devo deixar você descansar mais
- se for assim, você pode continuar me cansando sempre que quiser!!
- Ah bella... eu te quero o tempo todo!!
- Acho bom mesmo garanhão!! Preciso que você faça algo pra mim.
- Está com fome?
- Preciso de uns testes de gravidez
Ele parou, com a boca aberta e ficou olhando para mim, como se de repente não entendesse nada do que eu estava dizendo.
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Eu te faço livre
RomanceContinuação do livro "Me faça sua, me faça livre!". Aqui continuamos a história improvável de Alexandre e Sofia. Nesse momento Sofia sabe o preço que pagou para ter seus filhos e o quanto custou viver um amor de sonhos. Agora ela precisa lutar para...