My Interpreter (Rabia Version)

Capítulo 27: Fique em casa, Bianca.

Pov Rafaella

1 semana depois

E quatro horas depois, cá estamos nós. Paris. O coração da França. O lugar que Bianca parece desprezar por exalar tamanho amor. Segundo ela, é tudo falso.

— Não odeio Paris.— era a terceira vez que ela falava isso só hoje.— Mas como vamos acreditar em coisas faladas no calor do momento? Eu reconheço a excitação que esse lugar representa.

— Justamente por isso que é o que é.— e essa era a segunda vez que eu falava isso.

— Talvez eu seja amargurada, então.— ela balançou os ombros. Ela estava dirigindo para algum lugar, talvez para o hotel...

Me calei ali, não posso mudar a visão dela.

Mais alguns minutos, chegamos.

— Esse hotel faz parte da minha agência, se você não se importar, pode descer aqui. Ou quer procurar outro?

Não entendi a pergunta dela. Qual o problema?

— Não, aqui está bom...

— Tudo bem. Vou te ajudar, então.— ela desceu do carro.

Eu também e logo saquei o que estava acontecendo. É claro que ela está com medo, a qualquer momento ela verá a irmã.

— Ela sabe que você está aqui?— perguntei.

— Não, mas... se eu atravessar a rua, ela saberá.— ela sorriu ao dizer, então notei do outro lado a famosa agência de turismo. Era bonita, as cores um tanto neutras me remetia a Bianca.

Ela tem isso, parece ser uma cor neutra, mas... não é tão assim. Bianca é fogo.

— Bom...— ela me tirou desses pensamentos.— Vou te levar até o quarto e depois... vou para casa.— ela sorriu ao dizer "casa", e eu sorri junto.

— Primeiro dia off, certo?— perguntei ainda com o mesmo sorriso. Nós estávamos dentro do hotel, sem muitas emoções até ali.

— Se você quiser... estou em casa, não tem muita diferença agora. Se quiser sair, nós podemos.— ela suspirou e se apoiou em uma das paredes.

— Exatamente. Você está em casa agora. Fique por lá.

Pov Bianca

Rafaella piscou para mim e saiu com aquele sorriso no rosto.

Eu cansei de ficar para trás e sem ação sempre que ela faz isso.

Eu estou tremendo por dentro, puro nervoso. Eu quis fazer essa surpresa para Íris, só não sei como ela vai receber...

Atravessei aquela rua tão conhecida por mim, com aquele sorriso tão conhecido por todos. Miguel foi o primeiro a me ver.

— O que você está fazendo aqui, sua doida? Você não estava em Nantes?— eu ri do jeito assustado dele de falar. Ele deu a volta na recepção e me abraçou.

— Estou aqui agora.— sorri.

Uma terceira voz se fez presente, descendo uma das escadas em espiral que dava acesso a parte "pessoal" da agência. Eu congelei imediatamente. Dos pés a cabeça, senti o oxigênio se esvair completamente de mim. Justo hoje...

— Oh...— parece que ela ficou do mesmo jeito.

— Oi, mãe.

Então Íris desceu logo em seguida.

— Bia... você voltou?— ela parecia feliz, pelo menos...

— Por algum tempo sim... quis te fazer uma surpresa.— sorri, mas fiz isso do jeito mais falso possível.