Capítulo 45: Estátua da liberdade

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Pov Rafaella

Continuação

— Eu vi dois dinossauros, mamãe! Um deles era roxo!

Estamos voltando para casa. Nicholas tá com o braço direito quebrado. Nicholas se encontra com o braço engessado. Nicholas está na cadeirinha. Nicholas está quase PULANDO.

— E o que mais?— perguntei olhando o pequeno pelo retrovisor.

— E o outro era laranja. Eu conseguia montar nos dois.— esses sonhos dele... super concisos.

— Marcela mentiu...— Daniel murmurou.— Tenho duas hipóteses: não está doendo; ela drogou nosso filho.— ele me olhou com certa graça nos olhos e voltou a prestar atenção no caminho.

— Eu sei que os dois dinossauros parecem muito legais mas você precisa ficar quieto, Nico. Só assim para sarar rápido. Você não quer sair correndo por aí de novo?— psicologia com criança parece fácil mas não é! O grau de convencimento tem que ser de altíssima qualidade e manha.

Nicholas pareceu ponderar as informações e ficou um pouco mais quieto.

— Quero... mas não está doendo...— ele murmurou olhando para o próprio bracinho, tentando entender como aquilo ficaria bom novamente.

— Não está doendo porque você tomou algum remédio para isso, mas se você se mexer muito agora, quando o remédio não estiver no seu corpo a dor ficará intensa. Por isso você precisa ficar bem quietinho.— dessa vez Daniel explicou com calma, e de repente já estávamos em casa.

Eu tirei Nicholas do carro e o acompanhei durante todo o caminho até o banheiro do quarto dele.

— Não pode molhar, tá? Senão a Mah vai brigar e não é com você.— admito que falei quase rindo. Deus me livre de voltar lá e fazer ela engessar ele novamente...

Nessa parte Nicholas era bom demais, sempre atencioso e obediente. Não que eu cobrasse muitas coisas dele, não... às vezes sinto que ele simplesmente saiu do útero já educado e pronto para dar três palestras sobre dinossauros. E isso me deixa feliz de um jeito...! O banho foi tranquilo, embora eu queira muito chamá-lo de Estátua da Liberdade até esse braço voltar ao normal.

— Estátua d...— Daniel começou a rir.— Você não presta, Rafaella!— ele estava tirando os sapatos e a roupa para tomar banho e eu iria em seguida.— Acho que esse foi o dia que ele mais chorou na vidinha dele até agora.— ele ficou de frente.

— É um apelido genuíno e puramente carinhoso da minha parte.— fingi essa elegância na fala apenas para rir em seguida.— Ele ficou com o braço levantado até quando eu pedi para abaixar, não aguentei!— Deus, se for a sua vontade, sua filha não está pronta para deixar os apelidos de lado. Principalmente os apelidos que envolvem o coitadinho que chamo de meu filho.— Oh Deus... eu sou uma péssima, péssima mãe!

— Nah.. é a melhor que já vi.— então ele estava perto e muito provavelmente seu único objetivo agora, no presente momento, era me beijar ou...

— É, não vai rolar.— me afastei direto para o closet e fui seguida, já que era caminho para o banheiro.— Sem banho? Jura? Se for para gostar de cheiro de suor que seja enquanto estou goz—

— Banho!— ele saiu varado dali e cheio de esperança.

— Ainda não vai rolar, vou dormir com o Nicholas.— coloquei apenas a cabeça dentro do banheiro.

— E eu só quero uma noite de sono com oito horas seguidas.— Daniel entrou no box e eu saí rindo dali. Tomaria banho no banheiro do quarto de hóspedes.

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