My Interpreter (Rabia Version)

Capítulo 63: Estranho seria se eu não me apaixonasse por você

Pov Rafaella

Algumas semanas depois

Enfim, o Natal chegou! E vou contar o que rolou nesses últimos tempos. Bianca ainda não foi embora, mas isso tem uma data para acabar. Segundo ela, infelizmente não poderá passar do ano novo. Isso me deixou, talvez, incomodada. Porém passou! Não tenho 15 anos, certo? Ela tem uma vida lá, e eu tenho aqui. Vamos descobrir como fazer isso dar certo. Com esses contratos novos na empresa, que me fazem perder mais da metade do meu dia apenas lendo, concordei finalmente em ficar com Nicholas somente aos fins de semana. Após a audiência Bianca me tranquilizou bastante sobre isso, já que pensei ser o fim. Foi apenas o choque do momento. E agora a falta que sinto dele está a mil. Já que Daniel não me odeia nós vamos passar o natal juntos com os meus pais. Eu insisti para que fosse diferente mas ele está se empenhando em mostrar ao nosso filho que tudo está bem e que ele não deseja minha morte de uma forma lenta e dolorosa... pensei demais, né?

— Aquele peru é gigante ou é impressão minha?— Bianca entrou na cozinha, onde eu estava, comendo algo que julguei ser uvas passas. Minha cara se contraiu na mesma hora. — O que?— ela me olhou e seguiu meus olhos, que estavam em suas mãos.— Me deixe em paz comendo uva passa!— Bianca colocou todas de uma vez na boca e se aproximou mais ainda.

— Eu sou preconceituosa com uva passa, não vou te beijar. Sai daqui!— lógico que eu estava brincando! Mas ela se afastou de qualquer jeito, e com um bico aparente.— Bianca! Não leve a sério o que eu falo! Eu aceito beijo de uva passa.— agora o bico era meu.

— Essa relação a base de chantagem não combina comigo mas eu te amo mesmo assim.— ela sorriu. Ganhei meu beijo e me vi sozinha novamente.

Eu não estava fazendo algo importante ali. Poderia estar cozinhando algo, né? Mas nah... eu tentei e quase fui expulsa da festa.

— Agora você pode ajudar, Rafaella!— vi minha mãe entrando com umas caixas, e ajudei imediatamente.

— A casa é sua, mam—

— Não venha com isso! Ajude seus irmãos a arrumar a mesa.

— Mas—

— Agora, Rafaella!

Ugh! Odeio quando ela me chama assim, nesse tom...

— Rafaella, não dê trabalho...— Bianca entrou com uma caixa nos braços também e... espera!

— Odeio quando me chamam assim.— murmurei e saí dali.

Ah... outra coisa que estava me deixando nervosa, era a presença da família da minha namorada. E não, não convidamos. Meus pais... eu não odiei a ideia, mas é assustador como o inferno.

A mesa já estava praticamente pronta então não demorou muito para eu  voltar a ficar atoa ali.

— Isso vai ser interessante.— de repente Daniel estava ao meu lado. Eu não respondi, não me deu vontade de falar.

Minutos depois Daniel saiu e Mônica tomou o lugar.

— Tenho certeza que Bianca te contou nossa história...— aquilo não era uma pergunta mas eu concordei mesmo assim.— Quando ela me contou sobre você eu confesso que no fundo não me familiarizei com a ideia. Mas quem era eu para apontar alguma coisa... e agora estamos aqui!— se eu falar que me assustei com a risada repentina dela alguém acredita?

Pov Bianca

Não tem outro jeito de falar, eu estou quase desmaiando aqui de tanto nervoso. Genilda não me odeia, disso eu sei! Mas eu sou humana e não posso deixar de considerar a Lei de Murphy. Conhece essa lei? Não? Bom, ela diz praticamente que tudo que puder dar errado, dará. Geralmente não falha.