Capítulo 60: Namorada grudenta

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Pov Rafaella

Bom, depois do episódio pelado de ontem, Nicholas se vestiu e passou a considerar o dia de amanhã. Piscina, Íris, Bianca... eu e... será que a mãe dela estará aqui?

— Mamãe, por que a Íris está aqui?— Nicholas estava sentadinho ao meu lado porque... não, eu ainda não tenho permissão para andar de carro sozinha.

Quantos anos eu tenho mesmo? Não importa, sei que todas elas estão apenas me protegendo e de qualquer forma, eu não seria irresponsável desse jeito.

— Hm... como a Bi não mora aqui, trazer a Íris foi uma ideia...— impressionante como não tem uma mísera palavra passando pela minha cabeça agora.

— Bem legal!— Nicholas sorria animado com o dia de amanhã, mas no momento estávamos indo para a minha antiga casa, onde Daniel ainda está morando.

— É... bem legal.— sorri para ele e ficamos o caminho todo em silêncio.

Sinceramente, não pensei nas razões de deixar Daniel em casa. Apenas deixei, e não quero mexer nisso agora. Eu realmente quero um lugar meu. Um lugar novo, com a minha cara. E pensei sobre isso até chegarmos.

Nicholas desceu sozinho dessa vez. Apenas o segui, dessa vez não entraria. Mas também não esperava por ela...

— Rafaella...

— Trisha... como está?— minha cordialidade com ela não tem nada a ver com querer ser ou não, mas Nicholas não merece ver atrito entre nós.

— Cuidando das coisas.— a esse ponto, Nicholas foi atrás do pai.— Você realmente está levando isso a sério? Vocês têm um casamento a honrar!

— Tínhamos. Tínhamos um casamento e honramos muito bem. Por mais que me doa dizer isso... eu não o amo do mesmo jeito. Ele é incrível demais para viver uma mentira. E não... eu não vou ficar aqui debatendo com você sobre isso. Eu o amo, sempre amarei. Não do jeito que ele quer, mas sempre o amarei. Tudo bem? Eu não quero ter que viver uma guerra eterna com vocês por causa disso.

— Não viverá, você deixou bem claro que não quer nada disso.

— É. Eu não quero.

(...)

A minha sorte foi Marcela ter me ligado, o que me preocupou de certa forma. Mas ela me salvou de brigar com a mãe do Daniel, então...

— Já saiu o resultado?— questionei. Pela cara dela eu tô com uma ninhada na barriga, não é possível...

— Você é sortuda demais, Kalimann! Mas nem tanto. Ou melhor... Você é muito sortuda, Kalimann!— eu não entendi muito bem o que ela estava falando ou o porque de estar sorridente daquele jeito.

— Mah... só me dê as respostas, okay? O que deu no exame?— meu nível de desespero era evidente? Acho que sim. Mas como não seria? Se for gravidez eu preciso de um lugar para morar, e... tantas coisas englobam isso...

— Bom... é alguma coisa que te traria muita dor... mas como você apareceu aqui, detectamos cedo.— ela sentou e eu fiquei com aquela cara de "quê?".

— Na minha língua, por favor? É gravidez ou não?— a resposta é tão simples!

— Não, sua doida! Seu apêndice está começando a inflamar, é só isso. Pode doer pra caramba quando romper, você sabe...

E como sei... Giovanna teve apendicite. Não é nada bonito de se ver ou sentir. Mas espera...

— Tudo isso por causa de um apêndice? Essa ladainha toda por causa de um bagulho que parece um dedo? Sério? Eu preferia estar grávida e ter motivos plausíveis.— é claro que estou indignada! Como pode um órgão de dez centímetros me privar de dirigir?— Pode marcar a cirurgia? Não vou esperar estourar.

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