5|2 duality

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🍒

Uma semana.

Uma semana que Jungkook tinha vindo morar comigo no meu apartamento em Itaewon. Os dois primeiros dias tinham sido uma loucura — Jungkook tinha muita roupa e ocupou boa parte do meu closet —, além de ter que comprar uma cômoda para as camisetas.

Nossa cama foi mudada de lugar e eu decidi que seria melhor se ela ficasse sob a janela, para que os raios de sol não chegassem direto no meu rosto. Jungkook comprou mesas de cabeceira, dois abajures e uma luminária de estrelinhas para o teto.

A última coisa fora um pedido meu após ter visto num site de decoração. Na noite em que conseguimos organizar tudo, depois de um banho quente acabamos transando no chão da sala — foi a transa de estreia —, intensa e insana.

O beijo de Jungkook foi agressivo, seus dentes mordiscavam meu lábio inferior e voltando a chupá-lo repetidamente. Nós funcionávamos bem — perfeitamente —, juntos em todas as posições. Enquanto eu estava em seu colo, rebolando, com as unhas cravadas em suas costas, eu o ouvia dizer o meu nome. Quando eu apertava minhas pernas ao redor de sua cintura, sentindo-o mais fundo dentro de mim a ponto do meu corpo tremer.

Descobri que Jungkook fechava os olhos toda vez que estava prestes a gozar e eu abafava seus gemidos com vários beijos. Eram os beijos mais variáveis possíveis — caóticos, desesperados, desajeitados e urgentes —, como se não pudéssemos permitir que aquela chama se apagasse.

Suas mãos estavam enfiadas no meu cabelo, puxando firme desde a raiz, me fazendo derreter sob seu toque. Beijei Jungkook até sentir que não podia mais respirar, até sentir que eu poderia esquecer tudo ao nosso redor, até sermos somente duas pessoas sobre uma cama explorando o limite de nossos corpos.

Abri os olhos para olhar Jungkook — seu cabelo estava bagunçado e as pálpebras pesadas. Analisei cada detalhe do seu rosto, os lábios, a linha do maxilar e a pequena cicatriz na bochecha. Desci minhas mãos pelos seu braços, sentindo seus músculos tensos sob meus dedos, sentindo que poderia me despedaçar se não pudesse tocá-lo de novo.

— Jungkook — eu o chamei com um gemido arrastado.

De repente, tudo ficou turvo e minha cabeça desabou sobre o ombro dele, meus lábios presos entre os dentes para suprimir os gemidos. Eu podia ouvir Jungkook gemer no meu ouvido, alternando entre palavrões e o meu nome, me deixando fascinado cada vez que sentia suas pernas ficarem tensas sob meu corpo.

Eu sabia que ele não queria gozar rápido, suas mãos impediam os movimentos do meu quadril por cinco segundos enquanto sua respiração pesada tentava se normalizar. Eu o conhecia perfeitamente, mas mesmo assim Jungkook arrumava um jeito de me surpreender.

O modo que suas mãos sempre deixavam marcas na minha cintura, ou os seus lábios traçavam uma linha de beijos no meu peitoral até a altura do estômago, até mesmo quando ele usava a corda para amarrar os meus pulsos. Tudo era novo. Jungkook era bom pra cacete.

Assim que senti o orgasmo queimar dentro de mim, meu corpo formigou por completo e o primeiro jato saiu acompanhado de um gemido agudo que deixei escapar, estremecendo a cada gota que escorria pela minha barriga.

Senti a língua de Jungkook sobre meu lábio e então, ele gozou. Suas coxas ficaram tensas e vi seus olhos quase fechando, enevoados como se necessitasse ficar naquela sensação o mais tempo possível.

— Ei — eu disse, passando minhas mãos por suas costas. — Eu gosto de fazer amor fofinho.

Jungkook sorriu.

— Eu também — ele disse com um sorriso, respirando fundo enquanto eu sentia seu coração pulsar rápido demais contra meu peito.

Às vezes, tentávamos transar com calma, deixando todas as sensações virem em seu tempo, outras vezes Jungkook pedia para que eu comandasse e os deixasse com os punhos presos acima da cabeça. Mesmo que em muitas das vezes eu me deixei ser completamente dominado, Jungkook me surpreendia com intensos momentos repletos de romantismo.

Senses | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora