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— E como está no trabalho, meu bem? — Ouvi a voz de Jungkook do outro lado da linha soar um pouco cansada.
— Está indo bem... — respondi, olhando para a avenida através da janela do táxi. — Você está bem? Parece cansado.
Jungkook suspirou pesadamente.
— Eu estou um pouco chateado, as coisas na faculdades estão mais pesadas e eu preciso arrumar um estágio — explicou ele e eu pude entender o motivo de seu cansaço com mais clareza. — Eu sinto muito por não ter estado com você, meu bem.
Um sorriso surgiu nos meus lábios quando meus olhos capturaram a imagem da torre de Namsan e meu coração saltou dentro do peito ao pensar que Jungkook não fazia ideia de que eu estava indo até ele naquele exato momento.
— Tudo bem, você esteve ocupado — falei tentando conter o sorriso. — Quando estivermos juntos, damos um jeito de compensar.
— Você é incrível, Jimin — ele disse. — Você pensou na proposta que Hoseok fez a você?
— Pensei — respondi rapidamente, segurando um gritinho no fundo da garganta quando passei em frente a placa de Gangnam. — Vou aceitar.
Pensar em aceitar a proposta agora que eu estava em Seul era mais fácil. O lugar era lindo e para todo lado que eu olhava via prédios e mais prédios — a cidade tinha um tom acinzentado —, mas eu superaria rapidinho assim que pegasse o ritmo da capital.
O apartamento onde Jungkook morava, segundo o endereço que ele tinha me passado, era próximo a faculdade Yonsei e talvez numa atitude irresponsável e descuidada, eu acreditei que o taxista realmente sabia onde ficava.
Estar atrasado era o suficiente para me deixar irritado e frustrado, porém, eu não poderia dizer que não queria mais ir até Jungkook porque a passagem havia custado os meus dois olhinhos da cara e por esse motivo, eu respirei fundo várias vezes e repeti para mim mesmo que tudo daria certo.
Entretanto, caminhar nunca pareceu tão difícil — quer dizer, minhas pernas estavam congeladas no mesmo lugar há dois minutos desde que dei o fora do táxi. Ergui o rosto para o observar melhor o topo do edifício onde Jungkook morava e engoli seco.
Ele era muito rico.
O prédio era espelhado e eu não conseguia enxergar nenhuma portaria ou acesso para o interior do condomínio. Era simplesmente lindo como se todos aqueles vinte andares tivessem sido feito pelo melhor e mais renomado engenheiro da Coreia.
Caminhei pela calçada em busca da portaria ou alguém simpático o suficiente para me explicar onde ficava. Eu estava tão envergonhado que mesmo que ninguém estivesse olhando para mim, eu sentia como se todo mundo estivesse com os olhos vidrados no garoto do interior que nem sabia encontrar a portaria de um prédio.
Abri as mensagens de Jungkook e deslizei o dedo pela tela. Eu gostava de ler nossas conversas, relembrar coisas fofas que tínhamos dito um para o outro mesmo que isso tirasse completamente minha atenção do mundo exterior.
Eu senti alguém trombar no meu ombro e então o choque me fez cair para trás, colidindo meu cotovelo esquerdo com a calçada. Ao menos meu celular continuava a salvo dentro do aperto firme da minha mão.
— Você está legal? — A voz que soou até meus ouvidos era desconhecida porém o sotaque era bonito. — Olá?
Eu ergui meu rosto, um pouco atordoado e confuso, e vi uma expressão preocupada no rosto de alguém. Era um rapaz e ele estava estendendo a mão na minha direção.
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Senses | jjk + pjm
FanfictionJimin é um barmen habilidoso que trabalha na boate SENSES, uma das mais badaladas de Busan. Ele está acostumado a servir bebidas para clientes de todos os tipos, mas sua vida muda quando conhece Jungkook, um estudante de direito com gostos e interes...