Senses | jjk + pjm

5|3 serotonia

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No sábado à noite, recebi um convite inesperado: os pais de Jungkook me chamaram para um jantar no Fiancé e a primeira resposta foi não. Os motivos pelo qual eu hesitei em aceitar foi porque eu sabia que a relação da família Jeon era complicada e eu não queria dar mais motivo para que eles se desentendessem.

Portanto, ao contrário de mim, Jungkook parecia disposto a comparecer ao jantar e com uma lista de motivos, me convenceu a ir.

— Acha mesmo que é uma boa ideia? — perguntei, brincando com os botões da minha camisa. — Na última vez em que estivemos com seus pais não foi muito confortável.

Jungkook ergueu os olhos para mim e suspirou.

— Acho que preciso resolver isso de uma vez por todas — ele respondeu, abotoando os últimos botões da minha camisa, roçando a ponta de seus dedos suavemente na pele do meu peitoral. — Não posso viver assim para sempre, preso nessa confusão que é minha família.

— Você está certo, mas... — olhei para baixo, para as minhas mãos —, e se seu pai não aceitar que estamos juntos de verdade? Olha, estamos morando juntos e usando alianças.

— Jimin — disse Jungkook, me puxando para sentar em seu colo. — Não se preocupe com isso, ele só precisa respeitar. Se gostar ou não, está fora do nosso alcance.

Minha preocupação poderia estar sendo boba, mas não podia deixar de me preocupar em como Jungkook se sentia em relação aos pais. Eu passei muito tempo da minha vida sem saber o que os meus pais pensavam, precisei de muita coragem para enfrentar meu medo e meu receio de decepcioná-los para conseguir ser sincero. Era bom e trazia uma sensação de proteção saber que meus pais estavam do meu lado, e eu desejava isso a Jungkook também.

— Tudo bem — eu disse um pouco mais tranquilo.

— As coisas vão se acertar aos poucos — ele disse e sorriu de uma maneira carinhosa. — Podemos ir agora? Estamos atrasados.

Nós saímos de mãos dadas do apartamento, meus dedos sendo agraciados com beijinhos que Jungkook distribuía por cada um deles. Eu sabia que na próxima semana o nosso tempo juntos seria escasso porque o meu horário na Dynamite havia mudado e Jungkook começaria a trabalhar no escritório da família. Então, eu precisava aproveitá-lo o máximo que conseguisse.

Quando chegamos ao restaurante, meu coração congelou. Eu fui golpeado por uma sequência de memórias incômodas que eu daria tudo para esquecer porque foi naquele lugar que eu quase desisti do amor da minha vida. Lembrar daquela noite me fez estremecer e apertar a mão de Jungkook um pouco mais forte. foi um impulso incontrolável.

— Tudo bem? — ele perguntou.

— Sim, eu só estou um pouco nervoso — exibi um sorriso fraco. — Vamos entrar.

Nós cruzamos o salão em passos relativamente rápidos. Jaebeom estava na mesa ao lado de seu pai, enquanto Eunji abria um sorriso simpático para nós. Eu nunca me cansaria de enfatizar que a mãe de Jungkook era muito mais agradável do que o seu pai.

— Querido — disse sua mãe, levantando-se para beijá-lo na bochecha. — E Jimin, que bom que aceitaram se juntar a nós.

— Obrigado pelo convite — falei, tentando afastar qualquer incômodo que existia na minha voz.

O olhar de Young-sik para mim ainda era o mesmo; desconfiado. A única coisa que consegui fazer foi me curvar educadamente e puxar a cadeira para me sentar antes que desabasse no chão.

— Fico feliz em ter vocês aqui — ele disse, olhando para mim e depois, para Jungkook. — Antes de fazermos os pedidos, eu queria dizer algumas coisas.