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Eu acordei com a bochecha pressionada contra o tapete enquanto abraçava uma almofada e foi barra aguentar Jimin rindo a cada minuto que se passava enquanto falava o quanto eu estava engraçado.

Às nove e quarenta da manhã, eu estava cortando uma banana para jogá-lo dentro do liquidificador enquanto Jimin estava sentado sobre a bancada, me observando.

— Está de ressaca — comentei —, de novo. — Após a vitamina ficar pronta, enchi um copo para ele. — Eu poderia ter feito um suco de tomate para aliviar mas você odiaria.

— Acho que hoje não conseguirei comer nada — ele disse enquanto fazia uma careta para a vitamina.

Eu assegurei de que tentaria voltar para Haeundae a tempo de encontrá-lo mas ainda estava incerto. O meu pai adorava usar o discurso de que eu não ficava em família nem mesmo se fosse o meu último dia na terra. Antes de ir embora, me aproximei e espalmei minhas mãos sobre o mármore, uma de cada lado do corpo de Jimin enquanto o observava.

— Vou acabar esperando — ele murmurei.

— Seja paciente, Jimin, e será recompensado.

Eu sabia que ele não era muito paciente, seus olhos expressavam toda a sua curiosidade e ansiedade. Eu amava cada reação que ele tinha quando suas expectativas não eram atingidas.

— Jimin, perdeu o dom da fala? — indaguei, ficando curioso com o silêncio repentino.

— Certo — ele respondeu. — Vou ser paciente.

— Ótimo. — Me afastei e andei até a sala de estar antes que perdesse a luta contra meus impulsos. — Preciso ir agora, minha mãe já me ligou três vezes.

— A terceira é a da sorte — ele disse. — Caso consiga chegar a tempo, não me avise. Eu quero me surpreender.

Aquilo era dolorosamente tentador. Minha mão congelou sobre a maçaneta e meu rosto virou instintivamente para olhá-lo.

— Acredite, Jimin, eu tenho outras ideias de como surpreender você — revelei, percebendo que embora meu tom de voz tenha sido suave, o desejo sibilou em cada palavra. — Algumas delas você vai pedir para eu ter avisado. — Pisquei para ele e dei o fora do apartamento quando o único fio de sanidade pareceu estar prestes a romper.

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Quando eu soube que não poderia encontrar Jimin em Haeundae porque meus pais decidiram que ficar quinze dias em Banyeo-Dong era perfeito para todos da família matarem a saudade que sentiam de mim, eu fiquei desanimado. Eu realmente queria vê-lo e prometi recompensá-lo na próxima vez que fosse ao litoral.

Eu estava com Jaebeom na casa dos meus avós, estávamos sentados no sofá da sala de estar enquanto nossos pais conversavam na sala e enchiam a cara com soju.

— Melhore essa cara, irmãozinho — disse Jaebeom, sorrindo na minha direção. — A vovó sentiu sua falta.

Eu também senti a dela, só Deus sabe o quanto eu quis ter vindo para casa deles e não ter ido para Seul de uma hora para a outra, portanto, os meus pais me achariam aqui em dois tempos e tudo o que eu queria era distância deles, principalmente do meu pai.

— O que você tem feito desde que chegou em Busan? — Jaebeom continuou insistindo em puxar assunto. — Você mal tem ido para casa e quando vai, fica trancado no quarto.

Olhei para meu irmão mais velho, suas sobrancelhas negras estavam arqueadas na minha direção, o cabelo preto e longo davam-lhe um ar mais descolado e mais velho. Jaebeom era bonito e se parecia com nossa mãe.

Senses | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora