🍒
Com cuidado, as minhas mãos deslizaram pelas costas de Jungkook e então o apertei contra meu corpo para que não houvesse mais distância alguma entre nós.
O aroma amadeirado e menta estava por todo lugar e eu o inspirava como se sobrevivesse daquilo. O cheiro amadeirado vinha do pescoço de Jungkook e o aroma de menta, de seu hálito.
Jungkook estremeceu e me apertou ainda mais, temendo que eu me afastasse. Não queria ouvir e nem dizer nada, apenas queria ficar ali aninhado dentro dos braços dele.
Quando o nó em minha garganta se desfez, eu ergui os olhos e estudei o rosto de Jungkook que pressionava a bochecha no alto de minha cabeça.
— Você não está com raiva? — Me atrevi a perguntar mesmo que no fundo Jungkook não agisse como alguém que estivesse irritado.
Aos poucos eu me afastei e me encolhi de frio, mantendo os olhos fixos no rosto de Jungkook. Ele permanecia impassível, a expressão serena enquanto tentava entender o que eu queria dizer com aquilo.
— Não, Jimin. Por quê eu estaria com raiva? — indagou, calmamente.
— Bom… — eu suspirei, tentando achar uma maneira de dizer que havia derrubado meu celular numa privada de maneira menos constrangedora. — Eu não respondi a sua mensagem e… — eu fui interrompido pelo toque de Jungkook em minhas mãos.
— Admito que fiquei preocupado. Na verdade, eu estava desesperado. — Sorriu, sem jeito. — Achei que tivesse acontecido algo. Por quê não respondeu?
— Eu derrubei meu celular na privada — eu disse rapidamente e desviei os olhos. Se enrolasse mais, não diria nunca. — Eu estava pronto para respondê-lo e do nada, splash — eu reproduzi a sonoplastia do celular caindo na água. — Eu sinto muito.
A reação de Jungkook não foi surpreendente mas deveria confessar que no mínimo, intrigante. Ele estava rindo, com a mão fechada em punho pressionada contra os lábios para evitar que gargalhasse.
Se eu pensasse melhor, através de toda aquela névoa de irritação e angústia, a situação era realmente engraçada.
— O quê foi? — eu quis saber. — Qual é a graça?
Jungkook riu.
— Imaginei que você perguntaria — respondeu com a voz embalada pelo riso. — Eu não vou perguntar como você conseguiu derrubar o celular mas fico aliviado em saber que ainda quer falar comigo.
Era mútuo, eu estava tão aliviado em saber que as coisas não tinham sido interrompidas entre nóss dois. Quer dizer, nós estávamos nos conhecendo e descobrindo coisas um sobre o outro e isso era definitivamente bom.
Eu pisquei os olhos algumas vezes, recobrando a consciência.
— Quando você chegou? A viagem foi legal?
— Eu cheguei faz trinta minutos. Eu vim direto para cá. — respondeu Jungkook, afagando as costas da minha mão. — Bom, estar em família não é algo que me agrada muito mas no geral, foi divertido.
Eu podia imaginar como poderia ter sido, a família de Jungkook representava ter saído de um comercial de margarina. Era um estereótipo? Era, mas era a impressão que eu tinha e esta não mudaria até que a conhecesse com seus próprios olhos.
Não que estivesse sendo prepotente, mas nunca se sabe o dia de amanhã.
— Você não foi para casa?
— Não — respondeu ele. — Agora podemos conversar no meu carro? Estou congelando.
Me deixando guiar por Jungkook, eu aproveitei a sensação da mão dele cobrindo a minha. Sorri quando percebi que nossos dedos se encaixavam perfeitamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Senses | jjk + pjm
FanfictionJimin é um barmen habilidoso que trabalha na boate SENSES, uma das mais badaladas de Busan. Ele está acostumado a servir bebidas para clientes de todos os tipos, mas sua vida muda quando conhece Jungkook, um estudante de direito com gostos e interes...