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Aúnica coisa que eu sabia e conseguia fazer naquele momento era olhar para os meus dedos entrelaçados com os de Jungkook. Havíamos acabado de chegar para almoçar no restaurante favorito dele e estávamos esperando nossos pratos ficarem prontos.
— Você gostou daqui? — perguntou ele, sorridente.
Eu olhei ao redor antes de responder, para a iluminação baixa, os lustres e a decoração rústica extremamente aconchegante.
— Acho que consigo entender porque é o seu restaurante favorito — comentei, ainda encantado com todo aquele luxo. — Eu gostei muito.
Quando finalmente pudemos comer, eu não consegui esconder minha frustração ao ver o quão menor o prato era, diferente da fotografia no cardápio. O mal de ter um péssimo hábito alimentar era que eu sempre achava que deveria comer bastante caso não sobrasse tempo para comer depois.
Enquanto comíamos, Jungkook me contou poucos detalhes sobre sua relação com seu irmão mais velho e em como os dois se desentenderam quando mais novos. Eu estava interessado em praticamente tudo sobre a vida dele, queria perguntar mais coisas mas precisava controlar minha curiosidade para não ser inconveniente.
Eu queria poder ter mais coisas para dizer sobre a minha família mas eu não tinha irmãos e muito menos estudava fora. Portanto, a cada coisa que eu julgava ser interessante para ser dito em voz alta, Jungkook dava toda a sua atenção e sempre procurava a saber mais.
Não era como se ele fosse perfeito, longe disso, mas era maravilhoso conversar com alguém que conseguia estar na mesma sintonia comigo, que não deixava o assunto morrer ou deixar que as coisas se tornassem monótonas. Eu acho que todo mundo tem alguém que a conexão é instantânea e se comunicam através de olhares, e um namorado ou namorado não era uma regra.
Jungkook e eu estávamos nos tornando bons amigos, nos conhecendo e nos explorando em busca de fortalecer ainda mais aquela conexão. Porém, eu não seria capaz de negar que estava ansioso para descobrir o que viria depois disso.
Depois que dividimos a conta por minha insistência, Jungkook manteve sua mão dentro da minha e me guiou para fora do restaurante e seguimos pela calçada até uma loja de celulares.
De repente, eu fiquei nervoso e minha barriga começou a doer. Talvez pela comida apimentada, eu não sabia exatamente mas me obriguei a pressionar o braço contra o abdômen para tentar conter o desconforto.
— Você pode escolher um. — Jungkook estava me olhando com expectativa e eu apenas conseguia sorrir e desviar meus olhos para o vendedor. — Jimin?
— Você tem certeza disso? — deixei escapar em um tom rude.
— Escute, é um presente de Natal — disse ele. — Apenas isso.
Seria grosseiro recusar e por isso acabei cedendo. Eu era indeciso para algumas coisas e celulares estavam entre elas. Se o aparelho não fosse maior do que a minha mão, eu me desinteressava.
Jungkook parecia estar à vontade, enquanto eu lutava para decidir entre os aparelhos, ele se distraía com outras coisas da loja mas a minha incapacidade de decidir algo sozinho sempre me fazia ir até ele e pedir sua opinião.
— Você gosta desse? É o mesmo que o meu. — disse ele, se referindo ao aparelho preto.
— Posso ficar então?
Depois que Jungkook pagou o aparelho, nós seguimos para fora da loja e percorremos um trajeto até o parque onde a árvore de Natal havia sido montada e embora ainda estivesse claro, eu já conseguia ter ideia do quanto estava bonita a iluminação.
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Senses | jjk + pjm
FanficJimin é um barmen habilidoso que trabalha na boate SENSES, uma das mais badaladas de Busan. Ele está acostumado a servir bebidas para clientes de todos os tipos, mas sua vida muda quando conhece Jungkook, um estudante de direito com gostos e interes...