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Seul conseguia ser desgastante em todos os sentidos da palavra. Eu literalmente não aguentava mais um dia sequer naquela cidade, e muito menos frequentando a faculdade.

Eu precisava de férias imediatamente. Férias da faculdade, dos meus professores e de Seul.

Portanto, os meus planos para as férias de inverno não eram muito animadores. Eu iria para Busan e com isso, eu teria que visitar minha família porque segundo a minha mãe, era rude eu ir até Banyo-dong e não visitá-los. Eu queria perguntar à ela até quando fingiriam ser uma família perfeita e feliz.

Mas a verdade era que não era somente isso que me incomodava na minha família. Eu não podia controlá-los e coisas que não estavam sob o meu controle me assustavam.

Jaehyun dizia que eu era autoritário e que escondia meu lado sombrio com uma expressão adorável de garoto gentil e amoroso. Eu era as duas coisas em situações diferentes, no entanto, Jaehyun só conhecia o lado autoritário porque a vida dele era uma bagunça e dividir o apartamento com ele e com mais um rapaz, me deixava com os nervos à flor da pele.

Mas o lado bom é que eles sempre estavam dispostos a fazer o que eu mandava mesmo inconscientemente. E eu gostava disso.

O planejamento da viagem até Busan levou um fim de semana todo entre arrumar as malas, comprar as passagens e listar lugares que frenquentaríamos enquanto estivéssemos lá.

Eu havia encontrado informações sobre uma boate chamada Senses e me animei imediatamente quando soube que ela pertencia a rede de boates de Jung Hoseok, cujo qual nunca deu sinal de interesse em abrir um estabelecimento em Itaewon ou Gangnam. Então, quando Yugyeom deu a ideia de que deveríamos ficar longe um do outro por trinta dias, eu aceitei na mesma hora.

Eu via a cara daqueles dois todos os dias e seria uma dádiva ficar longe deles nessas férias.

A única pessoa da minha família que eu avisei que estava indo para Busan foi minha mãe e mesmo tentando parecer animado com a ideia, eu não conseguia disfarçar o asco que sentia só de pensar que veria a cara do meu pai e de Jaebeom depois de três anos longe. Portanto, mesmo tendo a relação com meu pai mantida a trancos e barrancos, eu ainda tinha optado por seguir a carreira que ele havia me indicado com a justificativa de que jamais confiaria em alguém fora da família para cuidar dos investimentos do restaurante Fiancé.

Eu não queria ver o patrimônio da minha família nas mãos de pessoas ruins. Meu pai poderia não ser um bom pai mas era perspicaz e exigente com o que pertencia a ele.

Dois traços de personalidade que eu herdei dele e que após a viagem para Busan, seriam colocados à prova e tornaria tudo naquela viagem diferente e interessante.

No meu primeiro fim de semana em Haeundae, eu decidi estrear meu carro novo pela orla da praia, me beneficiando dos olhares curiosos que inflavam o meu ego. Porque além de autoritário, eu era um exibicionista e adorava ser observado. Isso podia ser bem mais prazeroso do que uma foda casual.

Eu estacionei meu Jaguar no estacionamento vip da boate pagando duas vezes mais do que pagaria no estacionamento convencional, mas não podia correr o risco de deixar meu carro tão exposto sem que eu estivesse dentro dele.

A música estava em um volume agradável e a decoração era bonita, dando um ar ainda mais luxuoso ao lugar. Tinha um aroma adocicado no ar, o gelo seco flutuando no chão e ficava ainda mais denso conforme eu me aproximava da pista de dança em busca do bar.

Eu não era o tipo de cara que se fazia de tímido ou tinha problema em falar com alguém que me interessasse, pelo contrário, eu era muito descontraído e simpático mesmo não gostando quando as pessoas tentavam fazer amizade ou saber da minha vida pessoal. Elas apenas sabiam o que eu deixava elas saberem.

Senses | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora