5|4 wildfire

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No domingo à noite, eu estava em frente ao notebook de Jungkook resolvendo algumas questões da boate Dynamite. Os eventos que Hoseok havia marcado estavam a todo vapor e a venda de pulseiras vip's esgotou em trinta minutos. Isso tudo era incrível, mas significava trabalho em dobro.

Eu tinha sorte de ter amigos que compreendiam a minha falta de tempo para fazer qualquer coisa fora de casa. Seulgi e Jin queriam conhecer a boate, mas antes disso eu precisava organizar as cartilhas de drinques e esperar para que o estoque fosse abastecido.

Cansado e com o pescoço rígido, eu olhei para Shiro que dormia em cima da pilha de roupa suja que deixei no canto do quarto. O filhote dormia em paz, com o focinho apoiado nas patinhas.

— Que vida fácil — murmurei, ainda olhando para ele.

Seulgi e Jin estavam numa disputa acirrada de Mortal Kombat na sala de estar, enquanto eu esperava ansiosamente pela chegada de Jungkook. Embora nossos horários estivessem fora de sincronia, dávamos um jeito de aproveitar a noite um com o outro, mesmo que isso significasse ficar deitado assistindo qualquer dorama que passasse na televisão.

A minha vida com Jungkook era calma numa proporção que eu não imaginava que seria. Éramos diferentes, mas conseguíamos encontrar nosso equilíbrio e fazer com que as coisas fluíssem.

Minhas aulas na faculdade começariam no próximo ano e isso significava que minha rotina mudaria mais uma vez e eu teria que me readaptar aos novos horários de trabalho. Por mais que tudo isso fosse o que eu queria, ainda assim me assustava.

Na noite anterior enquanto jantava com os pais de Jungkook, percebi que ainda tínhamos muitas coisas para colocar nos eixos, no entanto, ver que Young-sik e seu filho estavam se esforçando para manter uma boa relação me deixava tranquilo porque isso significava ter um Jungkook mais relaxado.

Eu percebia essas coisas. No começo, quando tentava entender porque sua família era complicada, ele mostrava desconforto e desviava do assunto, seu tom de voz mudava e seus olhos perdiam o brilho. Atualmente, a serenidade era perceptível.

Mesmo que eu não gostasse desse tipo de comparação, eu não podia negar ter muita sorte de ter os pais que tenho. Afinal, mesmo que contar-lhes sobre meu relacionamento com Jungkook fosse algo que eu considerei extremamente difícil, eu recebi um apoio imensurável.

Isso era ser uma família. E eu queria que Jungkook tivesse isso também.

Refletir sobre determinados pontos me fizeram esquecer completamente do notebook e só voltei a atenção para ele novamente quando Shiro chiou.

Apoiei os cotovelos sobre a mesa e ao meu lado, o celular vibrou com uma mensagem de Jungkook.

— Na hora certa — falei com um sorriso.

Eu senti um frio na barriga e meu coração tropeçou assim que meus olhos viram o conteúdo da mensagem de Jungkook. Era um nude. Bom, não era bem um nude, era um semi-nude. Meu corpo estremeceu e mesmo que o calor tenha sido instantâneo, achei divertido o modo ousado de Jungkook de me tirar do tédio. E eu tinha amado.

Não era um nude frontal — Jungkook ainda era discreto quanto a isso —, mas a foto estava no limite do provocante, parando logo acima do caminho da felicidade, me fazendo implorar por mais. Eu dei zoom na tela no intuito de ver todos os detalhes possível do corpo dele, salivando ao notar que os músculos do abdome estavam tensos, sinal que Jungkook tinha acabado de ter uma ereção.

Inclusive, eu sabia que a resposta adequada seria mandar uma foto também. Um bumbum (no máximo) só para deixá-lo louco para voltar para casa. Levantei rapidamente e fui até o espelho do quarto, considerando qual posição ficaria sugestiva.

Senses | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora