Balada do amor inabalável (Concluída)

63. Breathe

"Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass, glued to the table
No one can find the rewind button, girl
So cradle your head in your hands
And breathe, just breathe
Breathe, just breathe"

Andrew Pov.

Eu ouço um barulho muito alto de buzinas e sirenes e a ligação cai de repente. Eu olho para o telefone diversas vezes e tento ligar de novo para ela, mas sem sucesso.
Eu fico cada vez mais nervoso e as ligações só caem em caixa de mensagens, então decido ir até onde ela está, preciso vê-la bem.

-Gente, eu... eu preciso sair... preciso ver a Meredith.

-Andrew, o que aconteceu cara?

Link pegunta assustado.

-Não sei, mas eu estou com...com uma sensação estranha, eu, eu estava no telefone com a Meredith e aí a ligação caiu do nada e eu não... eu não sei o que houve, eu só ouvi um estrondo...eu preciso vê-la...

-Andrew, calma irmão...ei, respira fundo... Olha, você quer ir atrás dela, nós vamos com você ok? Vamos lá, eu dirijo.

Alex fala e eu concordo, eles vão comigo até o trabalho da Meredith.
Eu estou um poço de nervosismo e ansiedade no carro, ao mesmo tempo não consigo falar nada, eles também ficam calados me apoiando de qualquer forma.

Estamos nos aproximando e vejo uma grande movimentação na frente da cafeteria que ela frequenta que é ao lado da gravadora dela.
Tem carros de polícia, ambulâncias, meu coração quase parou e a sensação que eu estava sentindo desde cedo foi só aumentando, tem algo de muito errado acontecendo aqui.

Alex parou o carro e eu não espero por eles, saio correndo até a movimentação que está cheia de policiais e bombeiros para descobrir alguma coisa e procurar Meredith por alí, eu passo os olhos pelas pessoas e não a vejo.
Pergunto o que houve a um policial e ele me explica que estava acontecendo uma perseguição e então o carro com os bandidos invadiu a calçada batendo em algumas pessoas, se chocando com um poste em seguida e que de imediato os feridos foram para o hospital.

Eu não paro de imaginar que ela está entre os feridos, ela estava na calçada falando comigo ao telefone, minha visão fica turva, meu peito dói e fica cada vez mais difícil respirar só de imaginar que o pior tenha acontecido.

-Andrew.

Ouço a voz dos meus amigos ao meu redor me ajudando a permanecer de pé, eu passo as mãos na minha cabeça sem saber o que fazer.

-Alex, a Meredith, eu não sei onde ela está... Ela estava aqui nessa calçada eu tenho certeza...

Eu mal termino de falar e meu celular toca, vejo que é o Cristian que trabalha com ela, eu atendo imediatamente.

"-Cristian, cadê a Meredith, onde ela está?
-Andrew, calma...nós estamos no Hospital, chegamos há uns dez minutos atrás e ela está sendo atendida...
-Como ela está? Ela tá viva? Ela tá bem?
-Sim ela está viva, eles estão atendendo ela agora, ela se machucou no acidente...
-Eu tô indo pra aí agora"

Nós saímos os quatro em direção ao Hospital, ouvir do Cristian que ela está viva já me deixou um pouco menos angustiado, mas eu só vou ficar bem quando olhar pra ela pessoalmente e ouvir sua voz, eu quero vê-la bem.

Chegamos no Hospital e imediatamente eu vejo Cristian de longe conversando com uma enfermeira.

-Cristian, onde ela está?