Balada do amor inabalável (Concluída)

52. Pra você guardei o amor

"Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir"

Meredith Pov.

A Mel dormiu um pouco, eu não consigo desgrudar dela. A Carina me ligou dizendo que a Kali acordou, foi só um susto e dos grandes.
A soma dos medicamentos novos que ela está tomando com efeitos colaterais muito fortes, somados ao seu problema de pressão, desencadeou nesse desmaio que ela teve.

Deixo a Mel dormindo no sofá e aviso o Andrew por mensagem, ele ficou tão preocupado com a Kali e com a Mel, assim como todos nós, que agora podemos respirar um pouco mais aliviados.

-Tia Mer? Eu acordei, já posso ir ver minha tia?

-Oi princesa. Sua tia acordou e está bem, mas hoje você ainda não pode ir no Hospital, ela está sob os cuidados médicos e logo logo volta para casa.

-Você não tá mentindo pra mim não  tia?

-Não meu amor eu tô falando a verdade, juro de dedinho.

Ela encosta o dedo no meu, depois sorri e me abraça.

-Que bom tia, eu me assustei, eu posso falar com ela então? Pelo celular? Por favorzinho tia.

Ela pede com as mãos unidas e uma carinha que eu sei que vai ter tudo de mim pelo visto. Ligo para Carina e pergunto se a Kali pode falar. Ela imediatamente passa o telefone para ela e as duas conversam rapidamente. A Mel ficou muito mais aliviada e até a expressão de assustada do rosto dela mudou. Ela me entrega o telefone e me abraça no sofá.

-Tudo bem, vai ficar tudo bem Mel. Quer dormir na minha casa hoje? Seu pai vai chegar de madrugada e vai encontrar com a gente.

-Eu quero sim tia, mas meu pai não ia voltar só naquele outro dia?

-Sim, mas ele adiantou a passagem e vai chegar mais tarde.
Vamos lá pegar sua bolsa, eu já coloquei algumas coisas que você precisa.

-Toma aqui, tem que levar minha manta, você sabe não é?

-Sim, não poderia esquecer jamais.

Eu respondo e vamos no quarto dela pegar a bolsa, ela pede para levar um jogo, um livro de elefantes e um urso de pelúcia.
Coloco ela na cadeirinha do carro e dou um beijo na cabeça dela, ela segura minha mão e me olha sério.

-Você pode me dar um abraço? -

Ela pergunta com uma carinha triste e eu quase desmaio.

-Claro meu amor.

Eu a abraço e sinto as mãos pequenas no meu pescoço.

-Eu te amo tia Mer.

-Eu também te amo Mel, vai ficar tudo bem ok?

-Tá bom.

Ela mostra um sorriso fraco e eu sigo para o banco do motorista. Tento esconder as lágrimas que se formaram não quero que ela fique triste nunca mais. Caramba isso é tão difícil.
Tento manter a normalidade e coloco uma música que ela gosta, vamos cantando até chegar na minha casa.
Nós chegamos e eu peço para ela ir comigo até o quarto, estou o dia todo com a mesma roupa.

-Mel, você fica aqui enquanto eu tomo banho?

-Tá bom, não demora não tia, não quero ficar sozinha.

-Ok, então vem cá - eu pego uma cadeira e coloco na porta do banheiro - Você pode ficar sentada aqui enquanto eu tomo banho e aí ficamos conversando até eu acabar tá bem?