Balada do amor inabalável (Concluída)

64. Antes das seis

"Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
"Quero ficar só com você"
Quem inventou o amor?"

Meredith Pov.

Acordo sentindo a mão do Andrew segurando a minha e logo sinto uma sensação de conforto mesmo em meio a dor no corpo que eu estou sentindo.
Lembro dele falando comigo antes da cirurgia me pedindo para voltar para ele, imagino o quanto ele deve ter se preocupado, nós estávamos no telefone quando tudo aconteceu.
Abro meus olhos e vejo ele dormindo próximo de mim, eu mexo minhas mãos e ele logo desperta com o sorriso maior do mundo e com lágrimas nos olhos.

-Vo...vo...você me deve um jantar, ai...

Eu digo tentando me mexer na cama e sinto um pouco de dor, ele sorri e me beija na testa.

-Você vai ter todos os jantares do mundo. Como você está se sentindo?

-Eu...anestesiada, mas sinto como se tivesse sido... atropelada - eu digo tentando fazer piada e ele fica sério - não teve graça, desculpa.

-Não se atreva a me assustar assim de novo Meredith Grey? Eu...eu achei que fosse perder você, foi...foi terrível, ver você desacordada indo para cirurgia, nossa eu...eu não aguentaria perder você, só de pensar nessa possibilidade meu coração dói.

Ele passa as mãos na cabeça e chora.

-Eu sei...amor, eu tô bem. Eu tô aqui, você não vai se livrar de mim tão cedo, você ainda vai ser meu marido, eu ainda vou me estressar muito com suas fãs mandando fotos comprometedoras, vamos ver a nossa filha crescer e quem sabe ter outro mini DeLuca correndo pela casa...

Eu digo pausadamente, ainda estou um pouco grogue por conta das medicações, ele pega em minha mão e fica calado por um tempo e depois fala.

-Eu adorei a ideia do mini DeLuca correndo pela casa, acho que já podemos começar a colocar a mão na massa e praticar muito que tal?

-Bom, acho que vai demorar um pouquinho visto que eu tô...assim...Então... como está a Mel? Ela sabe?

-Ficou com Carina e Addison, pedi para elas não contarem ainda, queria que você acordasse primeiro, ela vai ficar mais tranquila se souber que você está acordada e logo vai querer visitar você.

-Não quero preocupá-la, você fez bem, mas não sei se é uma boa ideia ela me ver assim...nossa, eu...

-Mer, tudo bem? Vou chamar alguém.

-Só, muita dor, acho que precisam aumentar essa dose o efeito está passando...ai, droga...

Eu sinto uma dor insuportável em todo meu corpo, tento aparentar ser forte, mas é impossível, o menor movimento possível meu corpo dói. Eu choro e grito de dor, Andrew me olha desesperado.

-Ela estava falando normalmente agora a pouco.

Andrew fala segurando minha mão que eu aperto.

-Como eu havia falado mais cedo ela ainda vai sentir bastante dor por conta das lesões que sofreu no corpo, ela vai precisar passar um tempo aqui para monitorarmos, mas agora já vai passar...pronto.

Eu sinto um alívio imediato quando ele aplica a medicação e só olho para o Andrew e durmo novamente.

-Ela vai acordar não vai? Ela dormiu por causa do remédio?

Ouço a voz do Andrew longe, mas não tenho forças para abrir meus olhos.

-Sim, é efeito do remédio e quanto mais ela dormir melhor sua recuperação, ela precisa descansar bastante.