Balada do amor inabalável (Concluída)

27. Go with The flow

Andrew Pov.

Eu acordo e a Mer vem entrando no quarto com um café e uns biscoitos. Logo atrás dela vem a enfermeira com uma bandeja e meu café da manhã.
Ela me entrega e sai, a Meredith senta na cama e me ajuda.

-Você está tomando café?

Eu pergunto para ela que me olha um pouco desconfiada.

-Me rendi ao café por hoje.

Ela morde os biscoitos e continua me olhando.

-Você conseguiu dormir Mer? Eu acabei apagando do nada né?

Eu pergunto e ela fixa os olhos nos meus.

-Consegui sim...você dormiu bem rápido.

-É eu senti meu corpo todo adormecendo sabe e minha mente embaraçada.

Ela morde os biscoitos e continua me olhando fixamente.

-Imaginei que sua mente estava mesmo embaraçada, você disse que me ama ontem a noite antes de você capotar. Lembra disso?

Eu engasgo com o café e olho para ela que me encara e morde seus biscoitos como se isso fosse a coisa mais simples do mundo.
Ela é sempre assim muito direta e prática, as vezes fico abismado, mas e se eu disse isso mesmo, caramba o que eu faço? Parece que meu coração quer escapar do peito.

-A julgar pela sua reação você não lembra não é?

-Desculpa Mer ... Eu não lembro, e bom... é... Eu...

Ela me interrompe e respira fundo, mas agora mostra um sorriso de leve para mim.

-Tudo bem Andrew. Você estava cheio de morfina. Eu relevo, até porque se isso fosse verdade ia ser no mínimo um pouco estranho afinal ainda é tudo muito recente.

-Então...é...isso mesmo concordo com você.

Eu falo, acho que ela notou meu nervosismo e logo muda de assunto.

-Eu vou ficar com você hoje, já liguei para a gravadora, posso ajudar a Carina a cuidar de você na sua casa afinal a culpa é toda minha.

-Eu vou adorar ficar com você lá em casa, mas você tem que me prometer que vai parar de ficar se culpando. Já passou e ocorreu tudo bem no final. Eu só fico mal por não poder beijar você como eu quero, mas quando eu tirar esse pontos...

-Você é um safado, tá todo quebrado e pensando em safadeza né italiano.

-Mas a nossa safadeza é tão boa, não posso deixar de pensar.

-Sério Andrew? Você não cansa? Deveria investir na sua carreira de stand up fracassado.

-Ei qual é? Você nem pode falar nada, você sempre ri das minhas tiradas toscas.

-É verdade, você me pegou. Bom, então pelo menos alguém ia dar risadas na sua platéia.

Nós rimos juntos sobre essa conversa que ficou mais leve. De qualquer forma eu tomo um gole de café e não consigo parar de pensar no que ela me disse, sobre eu ter falado que a amo. Ainda não tinha pensado nisso e ela tem razão é muito cedo, agora porquê eu falei isso enquanto estava dopado? Vou ter muito o que pensar esses dias, será que meu subconsciente quer me dizer alguma coisa?

A tarde sou liberado para ir pra casa, a Meredith me acompanha, passamos na farmácia e compramos todos os remédios que vou precisar.
Chegamos em casa e sentamos no sofá da sala, eu coloco uma música para me distrair de alguns pensamentos, é a primeira vez que a Mer vem aqui.