𝑴𝒚 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓𝒊𝒕𝒆 𝒋𝒐𝒌𝒆 - 𝑭𝒓𝒆𝒅 𝑾𝒆𝒂𝒔𝒍𝒆𝒚

Capitulo 22

*juro solenemente que não vou fazer nada de bom!*
//espero que tenham gostado do capítulo da Katherine, agora voltamos à 1995.//
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Lyra POV

"Querida Kat,

Sei que o que eu fiz foi errado, te abandonei no momento em que mais precisou de mim, mas entenda, por favor, com o estado em que me encontro, fazendo o que faço, não poderia arriscar perder você e a criança.

Sei que nosso relacionamento nunca foi como com um certo alguém para você, devo dizer que nós dois não estávamos na mesma página e eu lamento por isso, mas não me arrependo de nada.

Sei que a criança se chama Lyra e agradeço por ter escolhido esse nome e continuado com a tradição.

Você já deve ter ouvido falar que me tornei um comensal e devo dizer que não é nada do que imaginei que seria. Isso aqui é o inferno, mas descobri algo que pode ajudar o mundo bruxo e talvez você não entenda agora, mas um dia irá.

Com amor,"

Acordei ofegante e um pouco desesperada. Olhei para o lado e vi deitado serenamente minha figura de paz, Fred.

Decidi levantar-me e ir fazer minhas higienes. Merlin! Eu havia sonhado com uma carta de meu pai e nem ao menos pude ver o nome no final da carta. Isso me parecia inútil, mas agora sabia que ele havia se tornado um comensal e isso batia com a história de Sirius...

Talvez ele realmente seja culpado de seus crimes e eu tenha sido só mais uma idiota. Eu estava tão desesperada por um pai que agarrei a primeira oportunidade que viu.

Saí do banheiro e parei na frente do espelho. Se quer saber eu não me pareço tanto assim com Walburga...quem eu quero enganar? Me pareço sim.

Voltei para a cama e olhei para Fred que parecia estar totalmente em paz em seu mundo dos sonhos. Certamente alguém estava, pois eu não tinha paz nem nos próprios sonhos.

- gosta da vista, Reviere? - disse Fred abrindo os olhos.

Merda, eu estava tão absorta em meus pensamentos que nem ao menos notei que estava encarando Fred.

- há quanto tempo está acordado? - perguntei.

- eu te vi se olhando no espelho, não faz muito tempo. - ele respondeu sentando-se na cama.

Eu o olhei e dei um sorriso para o mesmo que me beijou.

- como está hoje? - Ele perguntou tirando o cabelo do meu rosto.

- estou melhor, mas tive um sonho. - disse olhando para minhas pernas.

- quer contar?

- sim...- comecei. - era uma carta do meu pai para minha mãe e ele dizia lamentar por tê-la abandonado, mas que era necessário. - eu parei e respirei fundo. - Fred, ele dizia que havia se tornado um comensal, mas que não era como ele esperava e havia descoberto algo. - enfim levantei os olhos e vi aqueles olhos castanhos me fitando.

- você precisa sair um pouco. - Fred disse. - seus sonhos, seus dilemas! Isso tudo toma muita energia de você, vamos!

Então ele se levantou e foi em direção ao banheiro. Alguns minutos depois ele saiu com outra roupa.

Com um pouco de relutância eu me levantei novamente e em pouco tempo estava pronta para ir seja lá onde for.

- vamos até o Beco Diagonal. - ele disse e aparatamos.

Assim que pousamos, Fred segurou firme minha mão e me guiou pelo local. Eu só havia vindo aqui uma vez, então não sabia andar nesse local.

Nós fomos andando e Fred me levou em frente à um prédio.